quarta-feira, 30 de abril de 2008

Avaliação, o RVCC e os EFA...

No espaço de debate foram várias vezes colocadas questões relacionadas com o tipo de certificado emitido para o RVCC de nível secundário. Aqui ficam algumas respostas:

«A equipa pedagógica deve criar/definir um sistema de avaliação uniforme (critérios, grelhas, nomenclatura específica - Bom, Suficiente, etc.) ou devem ser criados critérios "à medida" para cada Área de Competências-Chave?
A equipa pedagógica deve criar/definir um sistema de avaliação uniforme para todas as Unidades de Competência.

Como se avaliam as UC/UFCD?
Na componente de formação de base de cursos EFA de nível secundário - habilitação escolar é obrigatória a validação de 2 competências por cada UC. Na componente de formação de base de cursos EFA de nível secundário e nível 3 de formação é obrigatória a validação de 4 competências por cada UC. Na componente de formação tecnológica de cursos EFA de nível secundário e nível 3 de formação é obrigatório ter aproveitamento em todas as UFCD da componente tecnológica

A avaliação final é quantitativa, podendo os alunos ingressar no ensino superior, ou é traduzida no número de competências que o adulto adquiriu e isso depois terá uma equivalência para o acesso?
A avaliação final é de carácter qualitativo. Os adultos que concluírem o ensino básico ou o ensino secundário através de cursos EFA que pretendam prosseguir estudos estão sujeitos aos respectivos requisitos de acesso das diferentes modalidades.»
Fonte: ANQ

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um recurso para Cidadania.

Um excelente recurso para Cidadania (Básico e Secundário) é uma visita ao site do Centro de Informação Europeia Jacques Delors.

"O universo Internet do Centro de Informação Europeia Jacques Delors está organizado em canais específicos - "Informação", "Formação", "Cidadania", "Institucional" - compostos de secções e respectivos conteúdos. Engloba ainda uma biblioteca em linha em cooperação com Direcção Geral dos Assuntos Europeus (DGAE) e o sítio "Aprender Europa", vocacionado para a comunidade escolar."

Fica uma apresentação retirada deste site e que partilhamos aqui:




domingo, 27 de abril de 2008

Uma Estratégia Pós- RVCC/EFA

«PINTO, Helena Rebelo, Isabel Ferreira do Vale, Maria da Conceição Soares, Etelvina Cristovão Morais (2008). Instrumentos de apoio à construção de um projecto vocacional nos Centros Novas Oportunidades. Lisboa: ANQ.

Considerando que os Centros Novas Oportunidades são espaços privilegiados para a execução de uma perspectiva de orientação ao longo da vida, o Instituto de Orientação Profissional, a pedido da Agência Nacional para a Qualificação, produziu um documento intitulado "Instrumentos de apoio à construção de um projecto vocacional nos Centros Novas Oportunidades".
Esta publicação integra um conjunto de instrumentos que permitem aos profissionais dos Centros Novas Oportunidades trabalhar com os adultos, numa fase posterior ao processo de RVCC, o seu desenvolvimento vocacional. Em concreto, estes instrumentos podem ser úteis na fase respeitante à elaboração do Plano de Desenvolvimento Pessoal de cada adulto, permitindo definir caminhos que tornem mais significativa a qualificação adquirida através do processo desenvolvido no Centro Novas Oportunidades, numa lógica de consolidação da aprendizagem ao longo da vida.
Nesta perspectiva, o documento apresenta três módulos. O primeiro relaciona-se com o conhecimento que o adulto tem de si próprio; o segundo com a forma como se relaciona com os outros e, por fim, o terceiro com a aprendizagem ao longo da vida e a construção de um projecto vocacional.» Fonte: ANQ

Disponível aqui:

Read this doc on Scribd: Pós RVCC

Modalidades de Formação - Guia

Ao visitar a nova organização da página do IEFP encontrei uma lista completa de modalidades de formação que aqui registo:

Vale a pena uma consulta para quem procura soluções para a sua certificação ou conclusão de estudos.

sábado, 26 de abril de 2008

Reuniões de Acompanhamento


Uma das práticas que tenho levado a cabo nos últimos anos tem sido a de realizar, com alguma regularidade, reuniões com as equipas dos CNO que acompanho, quer para cumprimento das directivas da ANQ sobre o processo RVCC, quer para, de uma forma simples e mais directa, poder apoiar, tirar dúvidas e/ou orientar os técnicos, formadores e coordenadores na implementação/gestão do processo RVCC.

Assim foi por um amável convite que descobri uma equipa de gente jovem e com aquele olhar brilhante e inteligente que quer, com qualidade, realizar um trabalho sério, capaz e de resposta concreta ao problema da qualificação e certificação dos adultos que os procuram. Estou a falar da equipa técnica do CNO do Agrupamento de Escolas de Ansião.

Com muito gosto aceitei o convite para acompanhar os grupos de RVCC Secundário que estão em processo e com maior gosto ainda para dar algum apoio a esta equipa que me pareceu capaz de implementar um projecto de muita qualidade, rigor, inovação e qualificação efectiva. Para todos os elementos da equipa, os meus parabéns pelo trabalho já desenvolvido e espero que, em breve, a qualidade do trabalho que iremos realizar possa resultar em sucesso pessoal e profissional para os adultos que terminam uma etapa da sua escolaridade, assim como, o sentimento de um dever bem cumprido por todos os elementos do CNO.

Três Questões - RVCC/EFA

«Qual a diferença entre o diagnóstico num processo de RVC, realizado num Centro Novas Oportunidades, e o Diagnóstico prévio, realizado no âmbito de um curso EFA?
O diagnóstico de um processo de RVC só pode ser realizado num Centro Novas Oportunidades e não numa entidade formadora promotora de cursos EFA. Não há qualquer semelhança entre o processo de RVC realizado num Centro Novas Oportunidades e o diagnóstico prévio realizado num Curso EFA. Tratam-se de procedimentos totalmente distintos, nas suas finalidades, metodologias e resultados.
O diagnóstico realizado num Centro Novas Oportunidades é orientado para o encaminhamento do adulto (RVCC, formações modulares, Cursos EFA, .) e é realizado pelo técnico superior responsável pela condução das etapas de diagnóstico/triagem e encaminhamento. Quando o adulto tem condições para integrar um processo um processo RVCC (tendo em conta, por exemplo, a experiência de vida, a idade, a experiencia profissional, etc) deve ser encaminhado para um Centro Novas Oportunidades.
O diagnóstico prévio realizado por uma entidade formadora, no âmbito de um curso EFA, é orientado para o posicionamento do adulto na oferta EFA que lhe fôr mais adequada (nível de formação, componente de certificação, etc.) e é desenvolvido pelo mediador, em colaboração com a restante equipa pedagógica do curso. Neste diagnóstico, é definido se o adulto deverá iniciar um percurso EFA de dupla certificação, EFA escolar ou componente tecnológica de um EFA (neste último caso, desde que o adulto apresente à entidade formadora/escola um diploma de conclusão do ensino básico ou do ensino secundário) ou se, pelo contrário, tem condições para ser encaminhado para um Centro Novas Oportunidades (tendo em conta, por exemplo, a experiência de vida, a idade, a experiência profissional, etc).

Quando acaba o trabalho da equipa técnico pedagógica do Centro Novas Oportunidades e começa o trabalho da equipa técnico-pedagógico do curso EFA - NS?
A equipa de um Centro Novas Oportunidades é uma equipa técnico-pedagógica e não uma equipa formativa, e o seu trabalho termina quando o adulto acaba o processo de RVC, com um total de créditos inferior a 44, distribuidos por todas as Unidades de Competência do Referencial de nível secundário, ou quando não consegue a validação de todas as Unidades de Competência do Referencial de nível básico (e as 50 horas de formação complementar não são suficientes para adquirir a certificação), necessitando assim de encaminhamento para UFCD integradas em Cursos EFA de nível secundário.
Os Centros Novas Oportunidades certificam as competências validadas no processo de RVCC e identificam a formação necessária para a obtenção da qualificação pretendida.
O trabalho da equipa pedagógica do curso EFA inicia-se quando o adulto chega, vindo do Centro Novas Oportunidades com um Plano Pessoal de Qualificação onde são identificadas as UC em falta, ou quando o adulto inicia um curso EFA sem ter passado por um processo de RVCC.

Uma escola que não tenha um Centro Novas Oportunidades, mas que esteja situada numa localidade onde exista um Centro Novas Oportunidades, deve preferencialmente avançar com o diagnóstico prévio, com vista ao posicionamento no curso EFA ou deve encaminhar os adultos que estejam em condições de fazer um processo RVC para o Centro Novas Oportunidades da localidade?
No diagnóstico prévio, é definido se o adulto deverá iniciar um percurso EFA completo, escolar ou componente tecnológica de um EFA (desde que o adulto apresente à entidade formadora/escola um diploma de conclusão do ensino básico ou do ensino secundário) ou se, pelo contrário, tem condições para ser encaminhado para um Centro Novas Oportunidades (tendo em conta, por exemplo, a experiência de vida, a idade, a experiência profissional, etc). Todos os adultos que têm condições para integrar um processo RVCC devem ser encaminhados para os Centros Novas Oportunidades.
Os adultos que se enquadrem nas condições previstas do DL nº 357 de 29 de Outubro de 2007 sobre a conclusão do secundário, devem ser encaminhados para Centros Novas Oportunidades (caso tenham condições para integrar um processo de RVCC) ou para estabelecimentos públicos, privados ou cooperativos com oferta de ensino secundário ou Centros Novas Oportunidades inseridos em estabelecimentos públicos, privados ou cooperativos que disponham de ensino secundário.
Este diagnóstico realizado pela entidade formadora é fundamental para definir o local onde cada adulto irá desenvolver o seu percurso de qualificação.»
Fonte: ANQ.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A Escola em Abril

«Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não!»

Canta Adriano Correia de Oliveira

Um aluno com 14/15 anos pára diante de um cartaz com um fundo vermelho e umas letras a negro. «25 de Abril, Sempre!». Pára para ver se entende que turma terá desenhado aquele cartaz. Vê que é uma exposição. Sala 23. Passa, sem parar, para o pateio onde se fala do jogo de Futsal que irá ter lugar no pavilhão de ginástica lá mais para o fim do dia.

Quando passava pelo cartaz, do lado oposto, um grupo de professores colavam mais cartazes sobre o Dia da Liberdade. Entre fita cola, papel e algum jeito para nivelar o cartaz, falava-se de como era no tempo em que não se podia falar, naquela mesma escola, sobre a Liberdade.

Estes dois mundos não se cruzaram na escola. O aluno foi à exposição porque tinha que ir. Os professores queriam ver nos olhos dos alunos a força, o gosto, o anseio de saber mais que outrora tiveram.

Eu, com a distância que me permite estar só de passagem naquele corredor, penso comigo que a escola de hoje esqueceu Abril. Não o dia. A essência.

Dirá o leitor que hoje a escola é livre. Que hoje, na escola, já não se ensina o pensamento único. Que já não se transmite o culto e a imagem de um Estado que queria ser Novo. De um líder que queria ser eterno. Dir-me-á o leitor, que a escola de hoje é democrática. Que todos têm acesso à escola e nela podem entrar. Dir-me-á que hoje, as condições materiais são muito melhores. Que hoje, as sala de aula estão cheias de tecnologia e de democracia no acesso à leitura, ao conhecimento, ao saber, à aprendizagem.

È aqui, caro(a) leitor(a) que digo que a escola esqueceu Abril. É agora que elevo a minha palavra, como Adriano Correia de Oliveira, que cito, e falo do pensamento.

O aluno que passa pelo cartaz e não o entende. A visita à exposição que não o motiva, tudo parte, essencialmente, da falta da maior liberdade de todas. O Entendimento. Para entender o mundo é preciso saber. É preciso estudar. É preciso aprender. É preciso pensar.

A escola hoje esqueceu esse Abril. Aquele que queria o pensamento livre, rico, pleno, completo. Aquele que queria uma escola democrática mas onde o conhecimento fosse rei e senhor como cantava Ary dos Santos.

É preciso viver Abril na escola. Libertar aqueles que passam sem pensar, sem aprender, sem saber. Só sabendo, só ensinando, só dando conhecimentos a tantos alunos que hoje reconhecem a escola só como lugar de passagem se pode, efectivamente, cumprir a Escola de Abril, libertando o pensamento do carrasco da ignorância.

Publicado pelo autor no Jornal Trevim.


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Alfabetização e Analfabetismo "Digital".

“Alfabetização é um Direito Humano, uma ferramenta de capacitação pessoal e um meio de desenvolvimento social e humano. Oportunidades educacionais dependem da alfabetização. Alfabetização está no cerne da educação básica para todos, e essencial para erradicar a pobreza, reduzir a mortalidade infantil, a igualdade dos géneros e assegurar um desenvolvimento sustentável, a paz e a democracia.”Why is literacy important?, UNESCO

Um dos papeis do Processo RVCC tem sido mobilizar competências (muitas vezes, novas competências, em TIC). Fica a indicação de um bom artigo a ter em conta aqui.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Um trabalho exemplar.

Foi uma sessão de júri que ficará na minha memória. No CNO da Escola Secundária de Arganil, uma sessão de júri de validação provou que existem muitos candidatos com largas competências e que podem ser um exemplo do que de melhor se faz em termos de processo RVCC e de preparação para o "momento final" da equivalência ao 3.º Ciclo do Ensino Básico.
Orientados pelo Dr. Nelson e pela Dra. Carina, com um apoio sempre presente de toda uma excelente equipa de formadores, os adultos apresentaram a júri um conjunto de trabalhos que quero e devo destacar neste espaço. Ficam imagens e a explicação. Parabéns a toda a equipa do CNO por um momento memorável.
O candidato Abel Pereira brindou o seu momento de apresentação final com a montagem de toda uma maquete elaborada por ele para o neto e que, do ponto de vista das competências supera em muito todo o que era pedido. A associar a esta apresentação, a consciência crítica e conhecimentos no âmbito da Guerra Colonial, da situação do país e da reflexão sobre a aprendizagem fizeram deste adulto em processo um exemplo para toda a equipa, assim como, para mim enquanto Avaliador Externo.
Outra das apresentações, do Sr. Fernando Costa, levou todos os elementos do júri a uma viagem à história da imprensa em Portugal. Trabalhando na "Comarca de Arganil" demonstrou ser um adulto consciente e crítico sobre a evolução da tecnologia e que dedicou muito do seu tempo na elaboração do seu dossier pessoal. Em sessão de júri apresentou um trabalho prático de impressão numa "relíquia" dos tempos em que o trabalho manual era fonte de produção de linhas de textos que compunham o jornal. Um excelente trabalho. O exemplo de originalidade presente no dossier pessoal deste candidato esteve no facto de ele mesmo imprimir uma notícia sobre a sua própria sessão de júri de validação. Um trabalho imaginativo e muito interessante de como o processo RVCC pode mobilizar capacidades nos adultos para, com dedicação e sempre com o apoio da equipa do CNO, conseguirem trabalhos de muita qualidade.
Outro candidato, porém, foi mais longe na originalidade. Toda a capa do seu dossier foi decorada com cascas de ovo. Essa originalidade, associada a um conteúdo em crescimento, revelam que o processo RVCC, muitas vezes, é uma forma de acesso ao conhecimento e ao trabalho em torno das capacidades "adormecidas" de cada um dos adultos em função da sua história de vida, que, por este meio se revela.
Por último, um adulto que foi para mim um exemplo do que pode ser o processo de RVCC na vida de uma pessoa. Com uma história pessoal muito rica, centrada numa experiência profissional construída em torno de saberes tradicionais (Reconstrução de Casas em Aldeias Históricas, como por exemplo, na aldeia do Piodão), este adulto revelou o que de melhor o processo RVCC pode conseguir. O regresso do desejo de saber mais, de ensinar o que sabe e, acima de tudo, de continuação de estudos que a vida, por inúmeras razões não permitiu. Fica uma imagem do trabalho apresentado.

Pelo convite que o CNO me dirigiu, pelo trabalho de qualidade, por um momento inesquecível na minha passagem como Avaliador Externo deixo aqui os meus sinceros parabéns e o meu reconhecimento pessoal e profissional a esta equipa. Parabéns.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

e.Autobiografias...

Existem vários modelos e formas de construir uma autobiografia. As tecnologias permitem uma narrativa digital. Deixamos o exemplo de uma realizada com elevada qualidade e um excelente projecto que pode ser analisado como ponto de partida.

Autobiografia/História de Vida

Vários e-mails que tenho recebido vão no sentido de questões relacionadas com a construção da autobiografia/história de vida. Deixo aqui uma apresentação que penso poderá ajudar. Estes 7 passos servem para o processo RVCC, assim como, para a mediação dos cursos EFA.


domingo, 20 de abril de 2008

Curso Europeu - Empreendorismo Adultos

«No âmbito do projecto Promoção de uma Cultura Empreendedora na Educação de Adultos (PECAE), co-financiado pela Comissão Europeia através do Programa Socrates-Grundtvig, a Sociedade Portuguesa de Inovação irá promover, no Porto, entre os dias 7 e 11 de Julho de 2008, um curso de formação de dimensão europeia, centrado na temática do fomento do empreendedorismo. O objectivo principal será dotar os participantes de ferramentas que possam contribuir para o desenvolvimento de competências que estimulem iniciativas empreendedoras.
O curso dirige-se a formadores e professores de adultos de diferentes áreas de estudo e de diferentes países europeus, sendo admitidos um máximo de quinze participantes.
O curso será ministrado em Inglês, decorrendo em horário laboral com a duração total de 26 horas. Esta formação tem os seguintes módulos: Introduction to Entrepreneurship; Competence Audit; Communication Competences; Creative Thinking and Innovation Skills; Decision Making Skills e, ainda, Self-Related Competences.
Uma segunda edição deste curso irá decorrer em Viena, na Áustria, entre os dias 7 e 11 de Setembro.»

Para mais informações e inscrições contacte:
Sociedade Portuguesa de Inovação
E-mail: analeal@spi.pt
Sítio: http://training.spi.pt

sábado, 19 de abril de 2008

400.000 mil nas Novas Oportunidades...

«Mais de 400 mil adultos já se inscreveram neste programa de validação, reconhecimento e certificação de competências com equivalência ao 9º ou 12º ano.

A ministra entregou hoje em Mirandela 500 certificados, nove com equivalência ao 12º ano e a maioria dos restantes ao 9º ano.

Lembrando que o sistema de ensino português já ofereceu outros programas idênticos anteriormente, como a educação de adultos e o ensino recorrente, a ministra frisou que "nem nos melhores anos, com 70 mil inscrições, a adesão foi tão grande como agora".

"É muito mais do que um reconhecimento daquilo que nós sabemos", considerou Fernando Sá, um dos 50 agentes das forças de segurança (PSP e GNR) que receberam certificados, no auditório municipal de Mirandela.

As forças de segurança frequentam este programa ao abrigo de protocolos entre os ministérios da Educação, do Trabalho e Solidariedade Social e da Administração Interna.

Esta oportunidade trouxe motivação para "voos mais altos" ao agente da PSP, que, aos 47 anos, está a pensar continuar a estudar, concretamente num curso de Direito.

Indeciso ficou o colega da GNR, Domingos Alves, hoje certificado com o 9º ano, mas que aos 51 anos entende que "já é um bocado tarde" para continuar os estudos.

"Tenho pena é que tenha (este programa) vindo tão tarde", disse.

A ministra desafiou os críticos do programa a "virem junto desta gente dizer que foi com facilitismo que conseguiram estes diplomas".

Para Maria de Lurdes Rodrigues esta é a forma "de dar a oportunidade ao país para saldar a dívida para com estes adultos", que entraram no mundo do trabalho muito cedo e não puderam estudar.

É para eles, segundo a ministra, este programa que quer "acertar contas com as gerações anteriores excluídas pelo sistema dos avanços que levaram Portugal a conseguir em 30 anos o que muitos países europeus levaram mais de um século".

No país, existem 3,5 milhões de adultos sem o 9º ou 12º anos, meio milhão dos quais com menos de 24 anos". De acordo com a ministra da Educação, fazem parte de gerações anteriores à entrada em vigor da escolaridade obrigatória, em 1986.

Segundo números avançados pela governante, há 30 anos, apenas sete por cento dos jovens tinham acesso ao ensino secundário. "Hoje este número multiplicou por dez" disse.»

Fonte: RTP

Os Júris de Validação

Por definição, o Júri de Validação é o momento último do processo de RVCC. Não o considero nunca desta forma. É um momento essencial na definição dos objectivos individuais de cada candidato a certificação/validação em função da sua história de vida e do que conseguiu demonstrar no tranalho realizado no seu portefólio.

O meu trabalho, nesta área, levou-me nos últimos júris a vários CNO com que trabalho com alguma regularidade.
No CNO da Escola Secundária de Arganil (...que já tem um blog, basta clicar), o júri de validação permitiu uma análise do que são boas práticas que este CNO desenvolve, principalmente ao nível do acompanhamento dados aos adultos em processo. As sessão são individuais e centradas nas competências demonstradas em dossier/PRA.
Sem dúvida que o trabalho realizado por esta equipa se tem revelado essencial na vida de tantos candidatos que procuram uma forma de concluir a equivalência ao Ensino Básico, como, sempre a destacar a originalidade posta na construção dos dossiers/PRA. Os meus parabéns à equipa pelo trabalho feito.

Outro Júri de Validação em que estive presente foi na Escola Secundária Joaquim de Carvalho, na Figueira da Foz. Uma sessão em que re revelou essencial a realização de uma boa triagem inicial para diferenciar os candidatos ao processo RVCC que devem frequentar o Ensino Básico e aqueles que, por terem experiências de vida muito ricas, podem frequentar a equivalência ao Ensino Secundário. Foi também a primeira sessão de júri que acompanhei da Dra. Inês Pinho, a quem dou os parabéns pela melhoria da qualidade observada dos dossiers, assim como, a toda a equipa de formadores que fazem um trabalho contínuo de valorização e credibilização do processo RVCC. Destaco ainda um dossier que pela sua originalidade se destacou nas apresentações realizadas. Falo do dossier do Sr. Pedro, cuja imagem aqui partilho e a sua originalidade está no facto de ser todo construído em alumínio.

Mas os júris de validação continuaram e no CNO da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré fui encontrar um conjunto de candidatas que recordo agora. A equipa de formadores e profissionais demonstra uma capacidade de trabalho, mobilização e desocultação de competências nos adultos em processo que é de destacar pela forma como, em júri, estas se demonstram de forma clara e evidente. A forma como a sessão de júri é preparada demonstra uma dedicação ao processo que é, também, de evidenciar. Curiosamente todas as candidatas pertenciam à fábrica da Vista Alegre. Os projectos pessoais, são, neste caso, muito diversos. Cada qual tinha uma ideia do que desejaria fazer ou que tipo de trabalho gostariam, mais tarde, de vir a realizar. Portas que se abrem com a conclusão da equivalência ao 9.º ano do Ensino Básico, que até aqui estavam fechadas.

Por último, uma viagem mais longa, levou-me ao Agrupamento de Escolas João Franco, no Fundão. Relembro um texto que escrevi e em que refiro que, me muitos locais o processo RVCC é a única forma de regresso à escola para centenas de pessoas. A ruralidade que cerca, muitas vezes, sem possibilidade de saída, muitos dos candidatos que passam pelas mãos de uma equipa de excelentes profissionais e formadores, marca o trabalho deste CNO, que acima de tudo, quer pela qualidade técnica de toda a equipa, quer pela forma como o trabalho é desenvolvido, fazem primeiramente um trabalho de combate a uma exclusão geográfica e depois, dão novas oportunidades verdadeiras a quem, por motivos vários, deixaram os estudos sem possibilidade de os retomar até chegar o processo RVCC. Destaco ainda, quatro candidatos que fizeram validações parciais do RVCC de nível secundário e que, seguem agora para a conclusão através de um curso EFA de dupla certificação na área da Contabilidade. Senti, naquela tarde, que aqueles quatro adultos serão um exemplo e casos de sucesso pois são pioneiros e o interesse e vontade de estudar, aprender e qualificarem-se estava bem escrita nos seus rostos.

A todos, equipas e adultos, coordenadores e candidatos, os meus parabéns.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O PRA e as Pistas...

Novamente, para recordar uma ajuda já deixada, recoloco disponivel duas apresentações de como construir um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens e algumas pistas para o fazer. Esta republicação é feita por sentir que existem sempre questões em torno destes assuntos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

+ 23 anos - Orientações

Devido a um conjunto de e-mails recebidos deixo aqui informação sobre o processo de acesso ao Ensino Superior por via da candidatura "+ de 23 anos".

«O Decreto-Lei 64/2006, de 21 de Março, que regulamenta as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos, previstas no n.º 5 do artigo 12.º da Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo), alterada pelas Leis n.ºs 115/97, de 19 de Setembro e 49/2005, de 30 de Agosto, tem como destinatários os candidatos que completem 23 anos até ao dia 31 de Dezembro do ano que antecede a realização das provas, independentemente das habilitações académicas de que são titulares, conforme disposto no artigo 8.º.

Assim, na sequência da interpretação já estudada, resultante do artigo 12.º , n.º 5, da Lei de Bases e do preâmbulo do Decreto-Lei em apreço, onde se lê que um dos objectivos do XVII Governo Constitucional é a promoção da aprendizagem ao longo da vida e a atracção de novos públicos, clarifica-se o público alvo a contemplar. Também a Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto, veio a estabelecer uma flexibilização do anterior sistema – o que se tinha revelado extraordinariamente restritivo no acesso ao ensino superior de estudantes adultos – pelo que ela procedia à sua regulamentação “alargando a área de recrutamento de eventuais candidatos e possibilitando o ingresso a um maior número de pessoas”.

Há uma diversidade de situações que poderão integrar-se no âmbito deste regime que contempla condições especiais para maiores de 23 anos, desde que não tenham habilitação de acesso para o curso pretendido.
Os estudantes interessados deverão consultar o estabelecimento de ensino superior que pretendem frequentar e esclarecer-se sobre o Regulamento, bem como o calendário em que decorrerá a avaliação de capacidades.
À medida que forem publicados os Regulamentos, em Diário da República, os mesmos serão divulgados neste site, para além dos sites dos próprios estabelecimentos de ensino superior.
Nota: A consulta deste site não dispensa um contacto directo ao próprio estabelecimento de ensino superior para confirmação da informação divulgada.» Fonte: DGES

Fica também uma repostagem sobre esta forma de abertura do Ensino Superior.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Um esboço do processo...

A formadora/professora Leonor Alves, disponiblizou no Blog do CNO de Vila Franca de Xira, um "esboço" (muito bom) para explicar o processo RVCC. A autoria é da Dra. Ivaneide Mendes do CNO de Caldas de Vizela. Aqui fica. Obrigado pela partilha, Leonor e obrigado pela informação Ivaneide Mendes.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Uma estratégia de trabalho.

No espaço de debate deste blog tem-se discutido muito a questão dos "trabalhos", "fichas", "questões" e todo o conjunto de estratégias de trabalho para o processo RVCC de nível Secundário. Respondendo ao desafio de abrir aqui a discussão em torno destes assuntos, pela sua relevância e interesse para profissionais, formadores e adultos, aventurei-me a abrir as "hostilidades" com uma apresentação de metodologia de trabalho que penso adequada e que pode dar algumas respostas sobre as questões que se vão debatendo, com muito interesse, no espaço de debate. Podem deixar comentários como resposta... aguardamos contribuições...
(A qualidade do Slideshare não é a melhor pelo que a melhor opção é fazer download do ficheiro e ver no powerpoint.)


Vale a pena lembrar...

«Ainda que a certificação/validação constitua o culminar do processo, a intervenção do Centro, pela metodologia adoptada, permite ao indivíduo a possibilidade de redefinir um percurso de vida que promova a sua autonomia pessoal e profissional. A própria passagem pelo Centro de RVCC, pela adopção de uma intervenção individualizada e com base na história de vida do indivíduo, constitui certamente um instrumento de inclusão social. A participação no processo de reconhecimento, validação e certificação promove a valorização e crescimento dos indivíduos. Ao confrontar-se com o seu percurso de vida, o indivíduo simultaneamente auto-consciencializa-se dos conhecimentos e saberes adquiridos ao longo da vida, promovendo, desta forma, a (re)definição de um novo percurso de vida.»

Read this doc on Scribd: CRVCC[1]

domingo, 13 de abril de 2008

Um ponto de Informação.

Muitas vezes me perguntam onde podem encontrar informação sobre a Iniciativa Novas Oportunidades e o processo RVCC. Eis uma resposta útil:


«O Ponto de Informação Novas Oportunidades - Centro de Recursos em Conhecimento da Agência Nacional para a Qualificação é um espaço de partilha e de acesso à informação e ao conhecimento nos domínios da Educação e Formação.
Enquadrado no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades, o Ponto assume as seguintes áreas de intervenção:

- contacto e resposta directa ao cidadão, nomeadamente ao público-alvo abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades;
- informação sobre os percursos educativos e formativos de dupla certificação para jovens e adultos;
- divulgação de iniciativas, boas práticas, metodologias e de materiais técnico-pedagógicos da responsabilidade da ANQ ou de entidades externas que contribuam para a promoção dos percursos educativos e formativos integrados na Iniciativa Novas Oportunidades;
- auto-formação e reforço das competências do público-alvo interno e externo afecto aos percursos educativos e formativos da Iniciativa Novas Oportunidades;
- disponibilização de recursos especializados nos domínios da educação e formação de jovens e adultos, através da dinamização documental e da recolha e tratamento de informação especializada;
- produção editorial nas áreas de intervenção da ANQ e desenvolvimento de processos de divulgação das obras publicadas.

Para usufruir dos serviços e dos produtos disponibilizados pelo Ponto de Informação Novas Oportunidades - Centro de Recursos em Conhecimento deverá inscrever-se como utilizador(a).

Para o efeito, poderá dirigir-se às instalações deste espaço ou enviar um e-mail para o endereço pontodeinformacaono@anq.gov.pt com os seguintes dados:
- Nome completo;
- Número de documento de identificação (Ex: Bilhete de Identidade, Título de Residência, Passaporte, etc.);
- Data de validade do documento de identificação;
- Data de nascimento;
- Morada de residência;
- Contacto telefónico e de e-mail.

Posteriormente, ser-lhe-á entregue ou enviado um cartão de utilizador do Ponto de Informação Novas Oportunidades - Centro de Recursos em Conhecimento.»
Fonte: ANQ

Uma rede social...

Esta semana foi de encontros de bons projectos na Internet. Um deles é uma rede social sobre as Novas Oportunidades. Aqui pode conhecer pessoas, trocar algumas ideias e informações. Aqui fica mais um local a visitar.

Formação Comenius

Em comentário neste blog vi e coloco em destaque a importância crescente da mobilidade para os docentes e para a sua formação do Projecto Comenius. Aqui fica um relato e uma boa partilha. Obrigado pela informação. Relembro que se encontram abertas as inscrições para candidatura.


sábado, 12 de abril de 2008

Blog's - Uma Ferramenta de Apoio

Tenho acompanhado com curiosidade a evolução da utilização de blog's como estratégia de informação, comunicação e formação. Ficam aqui, para adultos em processo ou formação e para todos alguns dos que destaco pela qualidade e utilidade. Alguns estão a nascer, outros a evoluir... Basta clicar na imagem que estão com hiperligação.

Blog's sobre STC:

Blog de Leonor Alves

Blog de Cristina Pinto

Blog sobre CP:

Blog de Emanuel Santos

Blog sobre CLC:

Blog da ESDICA

Caso queria partilhar algum blog pessoal ou sobre as áreas de formação/competências no âmbito do processo RVCC/EFA pode enviar um e-mail com os dados do mesmo que serão divulgados neste espaço.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Três coisas que queria partilhar...

Ao longo dos anos como Avaliador Externo tenho acompanhado várias sessões de júri e conhecido vários profissionais e formadores. Ao longo destes últimos anos e particularmente nestes dois últimos, tenho sentido uma mudança de atitude, quer por parte dos candidatos, quer por parte dos profissionais, que, com o processo RVCC ou por via dos cursos EFA procuram qualidade, exigência, rigor e uma forma de voltar a estudar, a melhorar o seu conhecimento e entendimento sobre o mundo.

Este pequeno texto é o resumo do que de melhor nas últimas semanas encontrei como Avaliador Externo.

O primeiro destaque é, para o II Encontro de CNO da Região Centro. Ficam duas imagens que ilustram a mobilização que este evento teve ao nível de presenças. Estive presente como moderador convidado para uma apresentação sobre o RVCC Profissional. Para além da boa apresentação feita para Dra. Francisca Simões, em representação da ANQ, destaco o facto de ter conhecido algumas das pessoas que partilham comentários neste blog ou no espaço do Grupo RVCC/NO. Foi muito agradável ter conhecido os rostos dos que, muitas vezes já partilharam "saberes" nestes espaço, assim como dúvidas que, esclarecidas por mim ou por outros, ajudaram muitos mais.

Nesse mesmo dia, à noite, estava no Fundão. No CNO do Agrupamento de Escolas João Franco. O primeiro júri de nível secundário teria lugar, nessa mesma noite, pelas 20.30 horas. Duas candidatas, que não esquecerei, trocaram comigo e com a equipa um conjunto de ideias, debatendo questões e afirmando a importância de terminar a equivalência do Ensino Secundário. A equipa, composta pela Dra. Adelina Clemente, Dr. Emanuel Santos, Dra. Cristina Pinto e Dra. Maria de Jesus Gaspar fizeram um trabalho extraordinário. Quer com o PRA que foi apresentado, quer com todo o trabalho de bastidores que, muitas vezes não se vê, mas que é de elevada qualidade. Presentes neste júri, para além de mim, esteve também o Dr. José Brito, coordenador do CNO que tem sabido levar a bom porto e com qualidade elevada a resposta a uma procura de soluções pelos candidatos que muitas vezes pode mudar uma vida.

As duas candidatas revelaram claramente as competências referidas no PRA. Foi um bom júri com um bom trabalho realizado por todos.

Não posso deixar de me recordar do candidato à equivalência do Ensino Básico - 9.º ano que esta passada semana se apresentou a júri no CNO da Escola Secundária de Pombal. O Sr. Pedro Sousa andou todo o tempo do Processo RVCC a preparar uma maquete. Esta maquete fez parte da sua apresentação final em sessão de júri de validação. Foi criada para este momento. A Dra. Isabel Moio, profissional RVCC, referiu-me esse facto em conversa. Achei curioso que uma apresentação fosse feita assim. No final da sessão de júri desse dia, senti que há um verdadeiro investimento na aprendizagem que os adultos fazem para momentos como aquele. O meu destaque vai para a orientação de excelência que o CNO fez dos trabalhos daquela sessão, mas principalmente para o trabalho desenvolvido por aquele adulto e por todos os outros, investindo com seriedade no processo, aprendendo e ensinando muito mais do que esperava, a todos os presentes naquele dia.

Parabéns a todas estas pessoas e a muitas outras que no seu dia-a-dia lutam com as horas de cansaço, os dias de trabalho e conseguem realizar um verdadeiro trabalho de qualidade. O meu reconhecimento pessoal e profissional fica aqui, nestes exemplos, para todos os coordenadores, formadores e profissional e a todos aqueles que recorrem aos CNO para retomarem um caminho interrompido que com estas novas portas se reinicia.


O desafio da Qualificação

Existe, em Portugal, uma meta política. Qualificar, até 2010, um milhão de portugueses. Esta meta, definida politicamente representa um dos maiores desafios que o sistema educativo enfrenta actualmente. Qualificar adultos, activos empregados ou desempregados e mudar o panorama da escolaridade em Portugal.

Os Centros Novas Oportunidades e o Processo RVCC, assim como a revitalização dos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) foram desenhados para dar resposta a esse objectivo. A pergunta que colocamos é: e esta é uma estratégia de qualificação da população?

Existem hoje, inscritos nos Centros Novas Oportunidades, cerca de 360.000 pessoas que procuram concluir a equivalência ao 9.º ou 12..º ano. Ou seja, 360.000 pessoas que queriam voltar à escola e não tiveram oportunidades sem ser o RVCC. São 360.000 pessoas que queriam uma opção flexível, adaptada à sua história de vida passada, presente e futura. São 360.000 pessoas que precisavam de concluir estudos iniciados, inacabados ou quase concluídos.

E agora terminam. E chega? Podemos chamar a isto qualificar?

A minha resposta, pela experiência de Avaliação Externa no processo RVCC é: não. E porquê? A resposta é simples. Em breve a escolaridade obrigatória passará para os 12 anos. O problema que tinha quem conclui o 6.º ano quando esta era a escolaridade obrigatória será o mesmo de quem hoje conclui a equivalência ao 9.º ano, a curto prazo. E quem acaba o Ensino Secundário, terá o mesmo problema, mas por via da certificação profissional que o Catálogo Nacional para as Qualificação começa a impor. Hoje, cabeleireiros, electricistas, taxista e demais profissões já são obrigados a obter uma carteira e certificado profissional.

A concorrência dos jovens, vindos de cursos profissionais, qualificados em áreas em que a experiência não chega, ajudam a elevar o problema…

Então, como solucionar esta realidade e efectivamente qualificar quem hoje se inscreve nas novas oportunidades?

A resposta está dentro dos Centros Novas Oportunidades. É destes centros e dos seus profissionais, com um boa orientação e plano de formação que os candidatos a certificação podem transformar-se em profissionais qualificados ou com uma escolarização efectiva qualificada.

Hoje os Centros Novas Oportunidades devem ser, acima de tudo, centros de atendimento e orientação. Com um vasto leque de opções (desde o RVCC, ao EFA, à Certificação Profissional, às formações modulares) o candidato à qualificação pode efectivamente ver melhorada a sua situação perante a sociedade e o seu emprego.

Só assim, efectivamente, falamos de qualificação. Esperemos ser este o caminho a seguir pelos Centros Novas Oportunidades, a bem de quem a eles recorre, a bem da Iniciativa Novas Oportunidades, a bem do rigor e qualidade do trabalho efectuado e do reconhecimento social do mesmo e também, a bem da localidade, região e do país.

Do autor publicado no Jornal Trevim.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um recurso para STC/CLC/CP

No Blog Sociedade, Tecnologia e Ciência encontrámos este vídeo que, bem explorado, dá um excelente recurso para EFA e RVCC.




No mesmo blog encontramos uma boa descodificação do referencial de competências chave para o nível Secundário na área de STC. Parabéns à Dra. Cristina Pinto e obrigado pela partilha.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O papel do Mediador e Formadores em Cursos EFA

Tenho recebido e acompanhado algumas entidades que se encontram a realizar cursos EFA de nível Secundário. Deparo com excelentes práticas e algumas dificuldades. Deixo uma pista, de acordo com as orientações para estes cursos, que poderá ser útil no desenvolvimento das actividades neste tipo de formação, assim como, na definição do papel do mediador e dos formadores.

Blogs a Visitar

Na passada sexta-feira descobri um conjunto de soluções interessantes para criar portfólios digitais, assim como, um conjunto de profissionais e formadores que se destacam pela dedicação, qualidade e capacidade de intervenção.

No II Encontro de CNO da Região Centro, organizado pelo CNO da Escola Secundária de Pombal, ficou em aberto uma discussão sobre o uso dos blogues como ferramenta para a criação de e.portfólios. A discussão continua, também ela, num blog. Este pode ser visitado aqui. Parabéns pela iniciativa e conteúdo do mesmo.

No decurso do júri de validação para o Secundário, descobri que uma formadora, a Dra. Cristina Pinto do CNO do Agrupamento de Escolas do Fundão. Para a área de STC, o seu blog que pode ser visitado aqui, tem já um conjunto de recursos muito interessantes. Parabéns à autora e continuação de bom trabalho.

domingo, 6 de abril de 2008

Posicionamento do Adulto (Relação RVC/EFA)

Um comentário deixado num dos post deste blog sugere que existem dúvidas relativamente ao processo de posicionamento e relação entre o processo RVC e a transição para o curso EFA. Deixamos aqui alguns dados de acordo com a Portaria nº 230/2008, DR 48, Série I, de 2008-03-07.

Assim:

«1 — A estruturação curricular de um curso EFA tem por base os princípios de identificação de competências no qual se determina, para cada adulto, um conjunto de competências a desenvolver no âmbito de um percurso formativo.

2 — A identificação e valorização de competências deve ser realizada através de um processo RVCC levado a cabo nos centros novas oportunidades, os quais certificam as unidades de competência previamente validadas no processo e identificam a formação necessária para a obtenção da qualificação pretendida.

3 — Sempre que os adultos não tenham realizado um processo de RVCC, ou não se integrem num percurso formativo tipificado em função da sua habilitação escolar, nos termos dos artigos 9.º e 13.º, devem as entidades formadoras de Cursos EFA desenvolver um momento prévio de diagnóstico dos formandos, no qual se realiza uma análise e avaliação do perfil de cada candidato e se identifica a oferta de educação e formação de adultos mais adequada.

4 — No momento de diagnóstico previsto no número anterior devem ainda identificar -se as necessidades de formação em língua estrangeira, considerando as competências já adquiridas neste domínio.»

Assim temos dois casos: Adultos que fazem RVCC e são encaminhados para EFA com competências validadas parcialmente e Adultos que não passam pelo processo RVCC. No último caso o mediador e a equipa de formadores devem fazer esse prévio balanço de competências e diagnosticar percursos formativos individuais para os formandos. É também aqui que nascem as linhas orientadoras para o PRA e para o percurso formativo do formandos.

Deixamos uma tabela em anexo, que também existe na referida portaria e que ajuda na definição das horas e linhas de orientação programática da formação. Estas tabelas existem para todos os níveis em anexo.

Por último, destacamos a necessidade de articulação, em processo de formação EFA, entre este diagnóstico inicial, a autobiografia que o adulto realizará e será base para o PRA, assim como, entre esta autobiografia e as necessidades e actividades de formação a desenvolver pelos formadores. Esta semana deixarei uma linha de trabalho para a implementação desta articulação numa apresentação de powepoint.


Uma proposta: RVCC Secundário - Actividade

«Pensamos que o documentário “Uma Verdade Inconveniente” é um óptimo recurso para o processo RVCC de Nível Secundário, para qualquer uma das áreas. Apesar de poder ser controverso, essa é uma das suas principais vantagens: fomenta a reflexão e a argumentação relativamente à questão do aquecimento global. Para além do tema principal, Al Gore intercala a sua apresentação com momentos autobiográficos, que se assemelham ao que os adultos fazem durante o seu processo de balanço de competências. Esses momentos não são meras descrições de acontecimentos, são reflexivos e espelham as aprendizagens adquiridas. Foi muito interessante serem os próprios adultos em processo a identificarem-se com estes momentos!


Exemplo de alguns Núcleos Geradores que podem ser explorados tendo como recurso este documentário:
- Ambiente e Sustentabilidade (STC e CLC);
- Gestão e Economia (STC e CLC);
- Saberes Fundamentais (STC e CLC);
- Complexidade e Mudança (CP);
- Reflexividade e Pensamento Crítico (CP).»

Esta proposta de trabalho foi-me enviada por e-mail e penso que, pela sua utilidade e pertinência faz sentido divulgar aqui. Penso também que é com este tipo de partilha que podemos enriquecer o trabalho conjunto no que se refere aos processos RVC e EFA.

Por tal, obrigado à Dra. Mafalda do
CNO do Agrupamento de Escolas de Ansião pelo envio destas ideias e pistas de trabalho.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sessão de Júri - RVCC Secundário

Estou esta noite no Centro Novas Oportunidades do Agrupamentos de Escolas João Franco, no Fundão onde me encontro a assistir à primeira sessão de júri de RVCC Secundário desta entidade. As adultas candidatas Fátima Mendes e Céu Pissarra apresentam o seu dossier em sessão de júri. As adultas construiram blogues pessoais. Ficam aqui dois bons exemplos de trabalho: Blog da Céu e o Blog da Fátima. Parabéns ao CNO, à equipa e principalmente às adultas pela conclusão desta etapa, desejando um futuro brilhante com muitos sucessos pessoais e profissionais.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A importância das Habilitações

«Portugal continua a precisar de licenciados, diz OCDE:

O nosso país e a Áustria são os únicos analisados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde continuam a faltar profissionais com formação superior para as necessidades do mercado.

Esta é uma das conclusões de um estudo internacional da OCDE sobre o ensino superior, apresentado hoje em Lisboa.

Portugal é um dos países da Organização onde é financeiramente mais vantajoso tirar um curso superior, a par do Reino Unido, Irlanda e Finlândia.

De acordo com o documento "O Ensino Superior na Sociedade do Conhecimento", realizado pela OCDE, uma licenciada em Portugal ganha, em termos líquidos, mais 10% do que uma mulher que só tenha concluído o ensino secundário.

No caso dos homens, a diferença não é tão acentuada, mas, ainda assim, ronda os 8%.

O reforço da autonomia das instituições com a criação de fundações públicas com regime de direito privado é outros dos aspectos bem vistos por esta organização. É importante sublinhar que o processo segue com algum atraso já que até agora só a Universidade de Aveiro avançou.

Melhorias do sistema:

Sobre a capacidade cientifica e tecnológica, Portugal viu aumentar os licenciados nesta área em cerca de 8%; também o número de investigadores que estão ligados às universidades cresceu significativamente colocando o nosso país em 7º lugar nesta matéria.

A reforma do sistema de avaliação e acreditação é elogiado neste relatório da OCDE, apesar de a recentemente criada Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior ainda não estar a funcionar.

Por fim, o financiamento. As universidades e os institutos politécnicos continuam sem encontrar fontes de rendimento alternativas, sendo completamente dependentes do Estado.

De salientar que Portugal, juntamente com a Austrália, Chile, República Checa, Hungria e México, conseguiu diminuir a despesa pública por estudante - talvez devido ao facto de as propinas, em alguns níveis de ensino, poderem ser fixadas livremente pelas instituições.»
Fonte: RFM/LUSA

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um trabalho realizado RVCC NS

Destacamos este trabalho realizado para o processo RVCC Secundário. Parabéns ao autor.
(RVCC -- Helicobater Pylori, a bactéria - NS4B/2008-N)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Cursos de Especialização Tecnológica (CET)

«Quem autoriza a criação e a entrada em funcionamento de um Curso de Especialização Tecnológica (CET)?
A criação e a autorização de entrada em funcionamento de um CET cabe ao Ministério da tutela, sob proposta da instituição, ouvida a Comissão Técnica para a Formação Tecnológica Pós-Secundária.

Que instituições podem assegurar a oferta de CET?
Podem assegurar a oferta de CET: estabelecimentos de ensino superior, públicos, particulares ou cooperativos; estabelecimentos de ensino públicos e particulares ou cooperativos que ministrem cursos do nível secundário de educação; centros de formação profissional da rede sob coordenação do IEFP; escolas tecnológicas da responsabilidade do Ministério da Economia e Inovação e ainda outras instituições de formação acreditadas pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.
Dados os objectivos e as características dos CET, os estabelecimentos de ensino superior desempenham um papel preponderante no quadro da rede de oferta.
As instituições de formação de nível de ensino não superior devem firmar parcerias com estabelecimento de ensino superior, para além das estabelecidas com as entidades empregadoras.»
Fonte: ANQ