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sábado, 3 de outubro de 2009

CAF e Bench Learning

Numa fase em que as equipas dos Centros Novas Oportunidades desenvolvem o seu processo de auto-avaliação interna, através do modelo CAF (Common Assessment Framework), é interesante reflectir sobre uma das possibilidades a desenvolver depois desta reflexão crítica sobre o seu trabalho.

Uma das vantagens da estrtura da CAF é o facto de "poder ser utilizada para identificar as áreas problemáticas da organização e para procurar parceiros de bench learning adequados que tenham tido um bom desempenho nas áreas em causa.
A utilização da auto-avaliação da CAF deve conduzir à elaboração de um plano de acção que incida nas áreas que necessitam de melhorar. O bench learning com outras organizações é apenas uma das formas de realizar essas acções de melhoria. É inerente ao bench learning, assim como à auto-avaliação, a ideia de continuidade e de melhoria do desempenho a longo prazo."

O trabalho em rede é, cada vez mais, um imperativo entre os vários Centros Novas Oportunidades. Esta pode ser mais uma oportunidade para o implementar. Reuniões ou sessões de trabalho inter-Centros, com o objectivo de partilhar, melhorar e promover novas práticas/metodologias.

Fica mais uma sugestão!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Júris, Sessões de Trabalho e Histórias de Vida.

Uma das importantes mudanças que ocorrem hoje em muitos dos adultos que terminam o seu processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências é marcado por expressões como: “Agora vamos sentir falta dos “trabalhos” do RVCC” ou “Ficou cá dentro uma vontade de aprender mais coisas”. Há quem considere que estas afirmações lidas por quem está relacionado com o processo de RVC são puro romantismo. Mas não são. Nos últimos tempos tenho tido o privilégio de acompanhar vários centros e em todos eles esse movimento de reforço da aprendizagem é uma realidade. No final de uma sessão de júri, depois de tudo acabado e na parte informal que se segue ouvi um adulto dizer que já se tinha inscrito, mesmo antes de terminar o seu processo, num curso sobre Organização do Trabalho num Instituto Superior. Vale a pena quando assim é. E é por isso que vale a pena todo o trabalho que tem sido feito por muitas equipas.

Fui participar no primeiro júri com o Centro Novas Oportunidades do Agrupamento de Escolas da Pampilhosa. Esta equipa tinha-me convidado a acompanhar este júri no ano passado e considerei importante o trabalho de (re)estruturação que estava/está a ser feito com vista à qualidade e credibilidade do processo. Sem uma sessão de júri para o nível básico, considero que o trabalho da equipa foi muito positivo. Quer pela qualidade das apresentações, quer pela relação humana e estruturante da valorização da aprendizagem ao longo da vida que regista como muito positiva. Esta foi uma sessão onde se destacaram histórias de vida muito interessantes do ponto de vista do entendimento do que é a identidade de uma comunidade. Tenho referido isto várias vezes, mas as potencialidades de investigação e registos sociológicos e etnográficos são imensos se fossem pensados, estruturados e trabalhados em conjunto com centro que fazem um trabalho consistente, como é o caso.
As minhas visitas para sessão de júri ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal são sempre momentos de (re)encontro com uma equipa que considero de excelente qualidade. Há, em cada sessão, um crescimento contínuo no trabalho feito. Não posso deixar de destacar, neste momento, o trabalho de excepção que a Dra. Patrícia Amado tem feito neste centro, como profissional de RVC, embora neste momento já não tenha estas funções. Os adultos fizeram apresentações muito interessantes e revelaram, mais uma vez, as imensas potencialidades que se encontram nos e.portefólios para a aprendizagem e consolidação de competências adquiridas ao longo da vida.

Estive presente, também, numa sessão de trabalho com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Estas sessões de trabalho revelam-se fundamentais para o estabelecimento de confiança entre a equipa e o Avaliador Externo. São também fundamentais na consolidação de práticas, metodologias e preparação de júris. Encontrei uma equipa mais do que preparada para os desafios que o futuro reserva!

E o regresso, para uma sessão de júri, ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Mealhada. Quero destacar aqui o trabalho que esta equipa consegue hoje fazer ao nível do RVCC Básico. As sessões de júri revelam-se momentos de partilha e aprendizagem, assim como, espaços de demonstração de competências para cada um dos adultos. Esta preparação revela-se um elemento a destacar na qualidade global do trabalho realizado pela equipa. Mas não posso deixar de destacar que, nesta sessão, estiveram presentes para validação os pais de uma das profissionais RVC. Respeitando eticamente o trabalho, foi outra profissional que acompanhou o seu processo. Já não é a primeira vez que assisto a um momento como este. Mas é de destacar a importância e reconhecimento que estes momentos têm na vida de quem os vive e do próprio Centro Novas Oportunidades enquanto entidade. Os meus parabéns pelo trabalho realizado ao Carlos e Graça Tavares, assim como a todos os adultos que neste dia fizerem excelentes apresentações.

Por último, uma sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Tenho já referido várias vezes que considero que, neste momento, este centro faz um trabalho de excelência pelo humanismo que revela no trabalho com os adultos. Esta sessão foi marcada por vários momentos de diálogo com os adultos que revelaram histórias de vida muito ricas e muito bem exploradas pela equipa. De ouvir falar Mirandês, a falar-se de livros e trocarem-se ideias sobre como explorar as novas tecnologias da informação e comunicação, o resultado final foi uma tarde de uma excelente aprendizagem para todos os presentes. Reitero os meus parabéns a toda a equipa pelo trabalho feito, assim como, a todos os adultos pela conclusão desta etapa do seu percurso de qualificação.

Com o correr do tempo vou, cada vez mais, dando valor ao tanto que aprendo com todos os adultos em cada sessão de júri. A todos eles o meu obrigado por partilharem as suas competências e as suas histórias de vida, tão ricas e, por vezes, tão marcantes que me ajudam, também, a crescer como profissional e como pessoa. Obrigado e parabéns.

sábado, 22 de novembro de 2008

Júri, encontros e sessões de trabalho.

A qualidade do trabalho dos Centros Novas Oportunidades resulta sempre da capacidade de trabalho em equipa. Estes últimos tempos foram de análise desta evidência em vários Centros Novas Oportunidades que tenho acompanhado. Aqui fica um resumo das últimas actividades que realizei como Avaliador Externo.

Um júri levou-me até ao Centro Novas Oportunidades da Gafanha da Nazaré. Foi uma sessão de júri para adultos que estavam a concluir o seu processo de nível básico. Foi uma trabalho desenvolvido pelas profissionais e formadores que valorizou a história de vida de cada um dos adultos, sendo que destaco a importância que tem este momento de "regresso à escola" que representa este primeiro momento para cada um dos adultos. A equipa consegue, pelo seu humanismo e constante apoio, redefinir a relação com a escola e com a aprendizagem e isso esteve presente nesta sessão de júri. Os meus parabéns aos adultos e à equipa pelo trabalho desenvolvido.

Mais recentemente e por convite da equipa fui ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de São Pedro do Sul. Para além de ficar encantado com São Pedro do Sul que, no Outuno, é pintado por tons de castanho que tornam a viagem muito agradável, fiquei também, com uma ideia muito positiva da equipa que encontrei. Em primeiro lugar pela preocupação pela qualidade. Mas o que marca a equipa do Centro Novas Oportunidades é o humanismo e o anseio por querer dar uma resposta à medida de cada um dos adultos que procura o centro. Sem dúvida que aposto na emergência de «boas práticas» nascidas neste centro pois, pelo que a equipa mostrou na sessão de trabalho que desenvolvemos em conjunto, muito se pode esperar desta equipa dedicada e muito profissional.

Por último, uma viagem levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Marques Castilho em Águeda. A preparação de um júri envolveu o acesso e consulta dos portefólios e conversa com as profissionais que acompanharam os adultos. Considero que a consulta dos portefólios, por si, não revela o que resulta da história de vida que muitas vezes é partilhada com os/as profissionais de RVC muito para além do que é escrito ou descrito. Por isso, considero que as reuniões de preparação de sessões de júri são fundamentais para ajustar a actuação do Avaliador Externo ao processo de formalização que resulta da realização da sessão de júri.


domingo, 9 de novembro de 2008

Sessões de Trabalho, Júris e Formação

O trabalho de Avaliador Externo passa pela promoção da credibilização do processo de RVCC a nível local e nacional. Essa credibilização começa, muitas vezes, por procurar dar um apoio directo às equipas nas questões e dúvidas que emergem do trabalho do dia-a-dia com os adultos. Ficam os últimos desafios realizados.

Começo por um encontro com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Fernando Namora em Condeixa. Recebi recentemente um e-mail de um Centro Novas Oportunidades que pedia para reunir comigo. E queriam fazer uma convocatória para os formadores estarem presentes. Perguntaram-me como haviam de chamar a essa reunião. Eu respondo sempre... "Sessão de Trabalho". Gosto da palavra "Trabalho". E foi isso que encontrei na sessão que realizei com a equipa em Condeixa. Tinha levado para analisar um portefólio e duas autobiografias e deparei-me com o imenso e bom trabalho que esta equipa realizou para conseguir que o adulto fosse criando um verdadeiro portefólio. As dúvidas são sempre várias. Mas quando existe dedicação, trabalho e mérito os resultados surgem. Assim o será com os processos que esta equipa está a acompanhar pois, da análise que realizei, muito está já conseguido e com sucesso.

Segue-se um encontro muito breve com a equipa de profissionais do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Marques Castilho, em Águeda. Estão nesta escola a terminar os processos de RVCC de nível Básico, vários adultos. Tive, também para analisar, um dos portefólios destes adultos. Encontrei uma boa aplicação dos instrumentos de mediação e um processo estruturado em função da história de vida dos adultos. Há sempre essa ponderação a fazer entre os saberes adquiridos e a própria estrutura do processo de RVC. Esta equipa demonstrou conseguir implementar o processo tendo em conta essas duas vertentes fundamentais. Esperam agora pelos júris finais. Serão, como espero, um sucesso para a equipa e para os adultos.

Quero aqui destacar um júri em que estive presente. Falo do júri realizado no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. Já tenho referido aqui que considero este centro como uma caso modelo de qualidade, qualificação e rigor. Este júri marcou para mim uma fronteira do que pode ser uma verdadeira valorização pessoal, profissional e de qualificação para os adultos. O trabalho da coordenadora, Cristina Costa, e da profissional RVC, Patrícia Amado são de uma dedicação, profissionalismo e qualidade que não são comuns encontrar. Fica o meu louvor público para ambas, assim como para a equipa. Não me esqueço dos olhos brilhantes de orgulho dos adultos que ao terminarem o processo encontraram uma exigência e qualidade que os valorizaram ainda mais neste momento de conclusão de uma etapa da sua qualificação. Para eles os meus parabéns pelo trabalho realizado e pela conclusão da equivalência ao Ensino Secundário.

Outro júri levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Arganil. Deste júri vou destacar uma história de vida. Um adulto que demonstrou em sessão de júri o quão dificil pode ser a gestão da vida para o regresso à escola. E o esforço pessoal que é preciso fazer para superar, muitas vezes, a dificuldade que a vida impõe a cada um destes adultos em momentos em que tudo parece correr bem. São estas histórias de vida que nos levam a pensar que este processo têm, muitas vezes, uma função social. Como dizia a profissional RVCC, "verá que quando sair aquela porta com a equivalência ao 9.º ano, terá conseguido uma vitória".

Por último, estive este a ministrar um dia de formação sobre Organização e Implementação de Cursos EFA - Secundário, no NERGA, na cidade da Guarda. Destaco a organização que o departamento de formação têm. Esta acção de formação não está ligada à minha função de Avaliador Externo. Tratou-se de uma necessidade de procurar dar resposta a uma procura de orientação que as equipas dos Cursos EFA tendem a procurar para organização e estruturação das metodologias de trabalho a dinamizar. Foi um conjunto muito interessante de pessoas que tive o gosto de conhecer e foi um dia de trabalho muito construtivo.

sábado, 1 de novembro de 2008

Júri, encontros e reuniões...

Partilho, mais uma vez, os encontros que tive nos últimos tempos com equipas dos Centros Novas Oportunidades. Mais uma vez destaco a qualidade humana e profissional de todos os elementos das equipas que conheci. E deixo a minha palavra de reconhecimento pelo profissionalismo e dedicação que em todas elas encontrei.

O CNO da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré realizou mais um júri para a conclusão do processo de RVCC, nível Secundário. Mas este júri teve uma experiência particular. Um dos adultos, o Sr. Nelson Silva, convidou a equipa a visitar o seu local de trabalho, na fábrica da Vista Alegre e lá realizar o seu júri. Tenho sempre a ideia do necessário distanciamento entre um processo de RVCC escolar e do processo de RVCC profissional e como tal o receio da confusão entre ambos é sempre dificil quando os júris decorrem neste contexto. Foi aqui que a equipa do CNO da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, mais uma vez, surpreendou pela positiva. A qualidade dos portefólios e da organização das apresentações finais foram muito positivas e a qualidade do processo foi, mais uma vez, credibilizado. Os meus sinceros parabéns a todos os adultos que concluiram o seu processo nesse dia e uma palavra especial à Dra. Helena Silva e Dr. João Henriques pelo excelente trabalho que estão a desenvolver.

Segue-se depois o primeiro contacto com a equipa do CNO da Escola Básica 2, 3 de Maceira. Um dos novos Centros Novas Oportunidades que abriam as portas e procuram iniciar um trabalho de qualidade e sustentado em boas práticas. A sessão de trabalho com a equipa resultou numa excelente troca de ideias e na evidência do profissionalismo e rigor que esta escola quer dar ao reconhecimento do processo RVCC como estratégia de qualificação. Deixo os meus sinceros votos de bom trabalho e força para os desafios do arranque do trabalho que sei, pelo que vi, será de elevada qualidade e inovação.

Outra visita à equipa do CNO da Escola Secundária de Arganil. Tenho em excelente consideração profissional o trabalho desenvolvido por este CNO no que concerne à implementação do processo RVCC em regiões onde este processo aparece como única solução para muitos daqueles que procuram a sua qualificação e apenas têm esta via para "regresso à escola". A carência de soluções alternativas ao processo RVCC tem sido ganho pela intervenção desta equipa e pela qualidade dos profissionais que a integram.

E regressei à Escola Secundária Marques Castilho, em Águeda, ao Centro Novas Oportunidades para uma sessão de trabalho com a equipa. Destaco as questões que me foram colocadas que revelam um interesse na criação de uma articulação na equipa que permita uma resposta de qualidade para os adultos que procuram o processo RVCC ou qualquer outra via de melhoria da sua qualificação. As dúvidas que muitas vezes me são colocadas nestas sessões de trabalho são geralmente idênticas. Acima de tudo revelam, como se verificou neste caso, o desejo de qualidade, rigor e adequação entre as necessidades e a procura de uma resposta concreta e coerente para os adultos. Deixo uma palavra de reconhecimento pelo trabalho que esta equipa já fez e votos de sucesso para o futuro.

E por fim, já um convite mais ou menos "antigo" de visita ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Já tinha consultado a página on-line deste CNO e reparei numa frase que se destaca no texto sobre a missão do CNO: "O importante é aquilo que as pessoas podem fazer com aquilo que sabem". Foi, sem dúvida, esse espírito que encontrei na equipa. O desejo de não cair na tentação do facilitismo e trabalhar com rigor e profissionalismo. As dúvidas sobre as tomadas de decisão são, nesta fase, muito importantes. E creio que as decisões tomadas por este CNO vão no sentido de credibilizar o processo e a sua implementação. Foi também muito curioso reencontrar pessoas a quem tinha perdido o rasto. Desejo à equipa um bom trabalho, que sei que o vão conseguir, pela excelente dinâmica que encontrei já implementada.

Volto às palavras iniciais. Há neste momento, nas escolas que conheço, um conjunto de pessoas que integram as equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades, que se dedicam com todo o seu profissionalismo a este processo. Para eles, o meu reconhecimento e o meu agradecimento pelo tanto que partilham comigo e que aprendo com cada um deles. Parabéns. Parabéns também, a todos os adultos que, ao terminarem uma fase da sua qualificação o fazem já com vista de novos desafios.