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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Uma questão de valores...

Retomei as minhas incursões aos tais livros de Filosofia que tornam mais fértil o campo do(s) saber(es). Desta vez, para me cruzar de novo com uma imagem que, aliando o humor ao contexto, poderá ser objecto de reflexão:
E, ao deambular por aí... encontrei o texto que, aqui, se encontra alojado.
Uma vez que todos os valores se encontram referidos a um sujeito e este é constituído por sensibilidade e espírito, podem classificar-se em duas categorias fundamentais:
  • valores sensíveis, que se referem ao homem enquanto simples ser da Natureza (valores relacionados com algo agradável ou que transmite prazer, valores vitais e valores de utilidade);
  • valores espirituais, que se caracterizam tanto pela imaterialidade que acompanha a sua perdurabilidade, como pela sua absoluta e incondicional validade (valores lógicos, valores éticos, valores estéticos e valores religiosos).

Todos os contextos em que nos inserimos estão imbuídos de valores. Incluindo a escola, enquanto espaço de socialização. Quando olhamos para a sociedade de hoje e para a de outrora... para a escola de hoje e para a escola de há alguns anos atrás... Terá mudado algo, efectivamente? O que mudou? Ou não mudou? Estaremos a atravessar uma mudança de paradigmas? Por vezes ouço e leio palavras de adultos em Processo de RVCC que referem, ao reflectirem sobre o seu percurso escolar, que “hoje não é como antigamente... os valores não são os mesmos...”. Mas referimo-nos a quê, em concreto?

E, hoje em dia, quando a escola se assume como um espaço onde muitas pessoas encontram uma "nova oportunidade", qual o valor com que esta instituição se veste?

Podendo os valores ser classificados em diferentes “categorias”, estarão a conhecer prioridades diferentes, fruto da acção, da atitude e dos objectivos do Homem? Ou seja, todos os valores existem, no fundo, mas num traço contínuo diferente? Afinal, que contornos pretende o Homem, efectivamente, imprimir na Sociedade da Informação e do Conhecimento (aquela em que vivemos e nos enquadramos)?

domingo, 22 de novembro de 2009

Trilhos e caminhos: da sociabilidade virtual à aprendizagem

“A comunidade é aquilo que constitui o tecido social da aprendizagem”
(Wenger, 2002)

“A cultura, no sentido das tradições e das representações partilhadas de uma sociedade, tem um efeito profundo no desenho, adopção e uso da tecnologia. Existe uma influência recíproca entre tecnologia e sociedade, que muitas vezes é caracterizada como uma co-evolução ou adaptação mútua. Mas, sociedade não é sinónimo de comunidade. As comunidades, para que possam ser consideradas como tal, terão de ter um objectivo, uma identidade, comunicação, confiança, reputação, formação de grupos, ambiente, limites, governo, troca ou comércio, expressão e história.
(...)
Passa-se a falar do ciberespaço. É um espaço social alternativo onde há indivíduos que trabalham, jogam, compram, se encontram, falam, aprendem, etc., de uma determinada forma e em locais específicos. Pode-se, inclusive, ser proprietário de espaço, pode-se ficar durante o tempo que se quiser ou puder, pode-se visitar uma cidade ou um amigo, e finalmente, também se pode ficar perdido e completamente desorientado. Mas, tal como no mundo real, podemos sempre voltar a casa.
(...)
Porém, os indivíduos constróem as suas vidas em grupos pequenos: inicialmente na família, depois nos grupos de amigos, nos grupos de colegas de trabalho e outros. A natureza dos grupos pequenos está em dar corpo à comunicação face-a-face utilizando expressões faciais, gestos corporais, tom de voz, sotaque e ritmo, imprimindo-lhe uma riqueza comunicacional que dificilmente será reproduzida em contexto electrónico.
Em contexto virtual estendido à educação, há como que um prolongamento da sala de aula. Na verdade, em contexto real, por vezes por inibição ou vergonha, não colocam as suas dúvidas em frente aos colegas… mas em ambiente virtual não se inibem de as colocar resultando daí, por vezes, uma troca de ideias entre pares facilitadora da discussão, reflexão e aprendizagem.”