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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Validação de aprendizagens não formais e informais


Foram publicadas as orientações europeias para a validação das aprendizagens não formais e informais, encontrando-se o documento disponível na página do CEDEFOP.


Este pretende esclarecer as condições de execução, com destaque para as escolhas críticas a serem efetuadas pelas partes interessadas em diferentes fases do processo.

O dispositivo de validação de aprendizagens não formais e informais contribui para o aumento da visibilidade dos conhecimentos, das aptidões e das competências adquiridas e desenvolvidas pelos sujeitos fora do sistema de educação formal como, por exemplo, no contexto profissional e no exercício de atividades no domínio do voluntariado e da cidadania ativa.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sentidos e Significados da Aprendizagem ao Longo da Vida

Data de 2010, mas as palavras e a preocupação deste artigo continuam presentes. E bem. O cenário da Educação estende-se de forma ampla. E diversa. Os movimentos e mutações que a envolvem são complexos. E deixam, por vezes (quantas vezes, ultimamente em tão pouco tempo?!), os músculos perplexos.


Do ponto de vista teórico e conceptual…

…a aprendizagem ao longo da vida – embora não necessariamente com esta designação – tem estado presente no pensamento sobre educação de diversos autores ao longo dos tempos, bem como na reflexão que acontece nos organismos internacionais há já várias décadas.
A centralidade crescente da ideia de aprendizagem ao longo da vida nas políticas educativas europeias conduz a que alguns autores se interroguem sobre até que ponto estaremos a assistir à emergência de uma “era de Aprendizagem ao Longo da Vida” que contrasta com uma “era de Educação” que poderá estar em claro declínio (Tuschling & Engemann, 2006).
A emergência daquela expressão como ideia central dos discursos e políticas educativas é coincidente com a intensificação do papel da União Europeia na área das políticas educativas. Tal intensificação vem-se sentindo desde o ano 2000 na sequência do Conselho Europeu de Lisboa no qual se estabelece uma nova visão estratégica que só pode ser alcançada mediante o investimento significativo no setor educativo/formativo.
Ainda que a ação política europeia não se organize em torno de sanções e imposições aos diferentes Estados, verifica-se que através da discussão e construção partilhada de diagnósticos, recomendações e planos de intervenção, as orientações europeias acabam por se constituir como referentes incontornáveis para cada um desses Estados.




Do ponto de vista substantivo…
…a aprendizagem confunde-se com a própria existência humana e, neste sentido, teve sempre lugar ao longo da vida e em diferentes espaços da nossa existência.
Segundo uma perspetiva histórica, é possível identificar referências a pensadores, desde a Antiguidade Grega e Romana, que encararam os processos educativos de forma abrangente, simultaneamente, do ponto de vista dos tempos e espaços em que se aprende: nunca a aprendizagem se reduziu à idade inicial do ser humano.
A ideia de aprendizagem ao longo da vida, entendida como um processo que acontece em diversas fases do ciclo de vida dos indivíduos e nos diferentes espaços da sua existência, implica (re)alargar o âmbito dos conceitos de educação e aprendizagem, reconhecendo a relevância de espaços e tempos educativos que estão para além dos espaços e tempos escolares.




Do ponto de vista das práticas e sistemas educativos…
…o (re)conhecimento da abrangência da ideia de aprendizagem ao longo da vida dá origem a desafios relativamente ao seu modo de funcionamento que podem encerrar alguma novidade.
No entanto, de acordo com os autores do artigo, importa sublinhar que a ampla difusão da ideia de aprendizagem ao longo da vida pode encerrar alguns riscos associados a entendimentos redutores do termo:
  • Aprendizagem ao longo da vida vista como educação de adultos, como de resto está subjacente aos indicadores estatísticos (como por exemplo os disponibilizados pelo Eurostat) que a medem através da participação de adultos em ações de educação/formação.
  • Estreita associação entre aprendizagem ao longo da vida e sistemas educativos, esquecendo que a aprendizagem decorre também em espaços informais que não se estruturam em termos de objetivos educativos e que correspondem às atividades diárias relacionadas, designadamente, com o trabalho, a família ou o lazer.

A estes sentidos restritivos da ideia de aprendizagem ao longo da vida acrescem, pelo menos, dois grandes riscos de reducionismo no modo como esta ideia se tem tornado um elemento central das políticas educativas europeias, que têm sido objeto de estudo por parte de diversos autores (ver, por exemplo, Biesta, 2005 e 2006; Nóvoa, 2005; Canário, 2003; Lima, 2003):
  1. Subjugar a aprendizagem ao longo da vida a finalidades profissionais e de competitividade económica, reduzindo os processos de aprendizagem dos indivíduos a meios para assegurar a capacidade produtiva de cada um de nós.
  2. A aprendizagem ao longo da vida tende a ser entendida, sobretudo, como um processo que é responsabilidade exclusiva dos indivíduos. Nos termos de Biesta (2006), trata-se de considerar a aprendizagem como um assunto e uma responsabilidade do indivíduo, menorizando a necessidade de criar condições que favoreçam a emergência de dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida e a adesão dos indivíduos a essas dinâmicas. Essas condições, favoráveis à aprendizagem ao longo da vida, passam por uma multiplicidade de estratégias como as oportunidades educativas e formativas dirigidas a diferentes tipos de públicos, os mecanismos de reconhecimento e validação de aprendizagens informais, os apoios concedidos aos indivíduos (financeiros, mas também logísticos) para frequentar ações de educação e formação, entre outras.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Experiência = Aprendizagem?...

"A experiência apresenta um potencial formativo mas não é por si só formativa. A experiência tanto pode potenciar a formação, como funcionar como um obstáculo ao desenvolvimento de outras experiências. Através da interpretação do vivido é possível compreender se as experiências resultaram em aprendizagens, ou se pelo contrário, não passaram de vivências, sem que se tenha concretizado o seu potencial formativo. Perceber se se realizaram aprendizagens não conscientes ou se a experiência não resultou em aprendizagem, torna-se uma tarefa bastante difícil e morosa, quer para o adulto, quer para as equipas responsáveis pelo reconhecimento e validação de adquiridos.
A experiência é indissociável dos elementos cognitivos e emotivos, o que se reflecte no processo de reconhecimento de adquiridos. A emoção faz parte da essência da experiência. A experiência é constituída por acontecimentos, aos quais a pessoa atribui um valor positivo ou negativo. O sentido atribuído à experiência é fortemente marcado pelas emoções que lhe estão associadas e pelo valor que a pessoa lhe atribui, o que tem uma enorme influência na (re)elaboração da experiência. A realização do processo de reconhecimento de adquiridos, ao centrar-se numa reflexão e análise sobre a experiência e os adquiridos experienciais, envolve processos emotivos que, por vezes, podem ser difíceis de gerir pelo adulto e pela equipa técnica. A (re)elaboração da experiência está inevitavelmente associada ao sentido positivo e negativo dos acontecimentos marcantes, por isso as emoções são uma presença constante e influenciam todo o processo. As emoções e sentimentos são elementos incorporados nos processos de formação experiencial, o que reforça a importância das práticas de reconhecimento e validação de adquiridos se orientarem numa perspectiva humanista, de valorização e respeito pelo adulto, e confirma a importância do processo de acompanhamento do adulto."

Carmen Cavaco. (2009). Reconhecimento e Validação de Adquiridos. Aprender ao Longo da Vida, 11, pp. 44-47.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Factores da Educação de Adultos

«1. A Necessidade de Saber. Os adultos têm necessidade de saber porque precisam aprender algo, antes de se disporem a aprender. Quando os adultos se comprometem a aprender algo por conta própria, investem considerável energia investigando os benefícios que ganharão pela aprendizagem e as consequências negativas de não aprendê-lo.

2. Auto-Conceito do Aprendiz. Os adultos tendem ao auto-conceito de serem responsáveis por suas decisões, por suas próprias vidas. Uma vez que assumem esse conceito de si próprio eles desenvolvem uma profunda necessidade psicológica de serem vistos e tratados pelos outros como sendo capazes de auto-direcionar-se, de escolher seu próprio caminho. Ressentem e resistem a situações nas quais sentem que outros estão a impor os desejos aos deles.

3. O Papel das Experiências dos Aprendizes. Os adultos envolvem-se numa actividade educacional com grande número de experiencias mas diferentes em qualidade daquelas da juventude. Por ter vivido mais tempo, acumula mais experiência do que na juventude. Mas também acumulou diferentes tipos de experiências. Essa diferença em quantidade e qualidade da experiencia tem várias consequências na educação do adulto.

4. Prontos para Aprender. Adultos estão prontos para aprender aquelas coisas que precisam saber e capacitar-se para fazer, com o objectivo de resolver efectivamente as situações da vida real.

5. Orientação para Aprendizagem. Em contraste com a orientação centrada no conteúdo própria da aprendizagem das crianças e jovens (pelo menos na escola), os adultos são centrados na vida, nos problemas, nas tarefas, na sua orientação para aprendizagem.

6. Motivação. Enquanto os adultos atendem alguns motivadores externos (melhor emprego, promoção, maior salário, etc.), o motivador mais potente são pressões internas (o desejo de crescente satisfação no trabalho, auto-estima, qualidade de vida, etc.).»
Fonte: aqui.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Novas Tendências: Conectivismo...

“Um dos factores mais persuasivos é o encolhimento da duração do conhecimento para metade. A “meia-duração do conhecimento” é o tempo de duração desde que se obtém o conhecimento até que ele se torne obsoleto. Metade do que é conhecido hoje não era conhecido há 10 anos atrás. A quantidade de conhecimento no mundo dobrou nos últimos 10 anos e está dobrando a cada 18 meses, de acordo com a Sociedade Americana para Treinamento e Desenvolvimento (ASTD). Para combater o encolhimento para a metade da duração do conhecimento, as organizações tem sido forçadas a desenvolver métodos para disseminar a instrução.

Algumas tendências importantes na aprendizagem:

• Muitos aprendizes vão se mover por uma variedade de áreas diferentes, possivelmente sem relação uma com as outras, durante o curso de suas vidas.
A aprendizagem informal é um aspecto significativo de nossa experiência de aprendizagem. A educação formal não mais cobre a maioria de nossa aprendizagem. A aprendizagem agora, ocorre de várias maneiras – através de comunidades de prática, redes pessoais e através da conclusão de tarefas relacionadas ao trabalho.
A aprendizagem é um processo contínuo, durando por toda a vida. Aprendizagem e actividades relacionadas ao trabalho não são separadas. Em muitas situações, são as mesmas.
• A tecnologia está alterando (reestruturando) os nossos cérebros. As ferramentas que usamos definem e moldam nosso modo de pensar.
• A organização e o indivíduo são ambos organismos que aprendem. O aumento da atenção à gestão do conhecimento ressalta a necessidade de uma teoria que tente explicar a ligação entre a aprendizagem individual e organizacional.
• Muitos dos processos anteriormente tratados pelas teorias de aprendizagem (especialmente no processamento cognitivo de informações) agora podem ser descarregados para, ou suportados pela tecnologia.
• Saber como e saber o que está sendo suplementado pelo saber onde (o conhecimento de onde encontrar o conhecimento que se necessita).»
Fonte: Conectivismo - Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tipos de Aprendizagem: Formal, Não formal e Informal

Embora sendo dados de 2004 creio que é muito relevante e útil dar uma leitura no relatório do INE sobre o que se passa em Portugal relativamente à aprendizagem em contexto formal, não formal e informal.
Alv

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sobre a Aprendizagem: Formal, Não Formal e Informal, na Europa

«Considera-se aprendizagem formal o “processo cumulativo através do qual os indivíduos gradualmente internalizam unidades (conceitos, categorias, padrões de comportamento ou modelos) cada vez mais complexos e abstractos, quaisquer que sejam os seus conteúdos. É intencional e sistemática, integrando-se, por isso, no sistema de educação e formação”. A aprendizagem informal, ou aprendizagem por experiência ou aprendizagem experiencial refere-se “às mudanças mais ou menos permanentes no comportamento, como resultado da experiência, a qual gera novos conhecimentos, decorrentes do movimento dos indivíduos e da sua participação, também em mudança, nos múltiplos contextos das suas vidas do dia-a-dia; é um processo de desenvolvimento experiencial, evolutivo e de construção de sentidos que corresponde a um processo social de adaptação dos indivíduos ao seu meio ambiente em mudança; aprendizagem realizada acidentalmente, não intencionalmente, não planeadamente, resultante de experiências de vida, de actividades as mais diversas. A aprendizagem informal pode ainda ser chamada de aprender-fazendo, quando as aquisições de aprendizagem resultam da repetição da prática de uma tarefa, ou de aprenderusando, quando as aquisições de aprendizagem resultam da repetição do uso de ferramentas ou habilidades, em ambos os casos, porém, sem instruções específicas”. A aprendizagem não formal, “em sentido estrito, refere-se a aquisições intencionais, planeadas, realizadas em contexto de trabalho ou em qualquer outro contexto de vida, podendo mesmo ser veiculadas por acções de formação, que todavia não se integram (nem são oficialmente, formalmente, reconhecidas pelo) no sistema de educação e formação; em sentido amplo, compreende a aprendizagem informal”.»
Fonte: VALORIZAR A APRENDIZAGEM

De consultar o site da Presidência Portuguesa da União Europeia - Educação e Formação que já tem disponível um conjunto de apresentações sobre RVC e as experiências na União Europeia neste domínio.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aprendizagem ao longo da vida...

Reli recentemente um artigo e detive a atenção na pergunta que destaco:

«A aprendizagem ao longo da vida significa que, se uma pessoa tem o desejo de aprender, ela terá condições de fazê-lo, independentemente de onde e quando isso ocorre. Para tanto, é necessária a confluência de três factores: que a pessoa tenha a predisposição de aprendizagem, que existam ambientes de aprendizagens (centros, escolas, empresas, etc.) adequadamente organizados e que haja pessoas que possam auxiliar o aprendiz no processo de aprender (agentes de aprendizagem), para além de que esta aprendizagem deve ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalho se quiser fazer face ao desemprego. A pergunta, portanto, é: como criar essas oportunidades de aprendizagem para que as pessoas possam construir conhecimento como parte do seu dia-a-dia, desde o nascimento e estendendo-se ao longo da vida?»
Fonte: Aprendizagem ao Longo da Vida: Um conceito utópico?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Aprendizagem Informal: A potencialidade da Web

Encontrei este excelente esquema de resumo de um conjunto de instrumentos que a Web 2.0 permite a gestão e utilização a todos nós neste momento e lembrei-me das palavras ouvidas numa conferência...

«A aprendizagem informal, ou aprendizagem por experiência ou aprendizagem experiencial refere-se “às mudanças mais ou menos permanentes no comportamento, como resultado da experiência, a qual gera novos conhecimentos, decorrentes do movimento dos indivíduos e da sua participação, também em mudança, nos múltiplos contextos das suas vidas do dia-a-dia; é um processo de desenvolvimento experiencial, evolutivo e de construção de sentidos que corresponde a um processo social de adaptação dos indivíduos ao seu meio ambiente em mudança; aprendizagem realizada acidentalmente, não intencionalmente, não planeadamente, resultante de experiências de vida, de actividades as mais diversas. A aprendizagem informal pode ainda ser chamada de aprender-fazendo, quando as aquisições de aprendizagem resultam da repetição da prática de uma tarefa, ou de aprender-usando, quando as aquisições de aprendizagem resultam da repetição do uso de ferramentas ou habilidades, em ambos os casos, porém, sem instruções específicas”.» In: (RE)VALORIZAR A APRENDIZAGEM: PRÁTICAS E RESPOSTAS EUROPEIAS À VALIDAÇÃO DE APRENDIZAGENS NÃO FORMAIS E INFORMAIS; Lúis Imaginário

Agora que começam a "povoar" a Internet Blog's, Wiki's, Páginas e Redes Sociais em torno da Iniciativa Novas Oportunidades não será de perguntar se esta mesma aprendizagem informal não está já, neste contexto, a dar os seus frutos?