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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Sessão de Júri ou o olhar dos OUTROS


Ontem, houve mais uma sessão de Júri no Centro Novas Oportunidades que coordeno e, tal como em tantos outros Centros Novas Oportunidades por esse país fora, recebemos imenso por parte dos candidatos que nos presenteiam com aprendizagens várias, decorrentes de suas diversas experiências de vida.
Foi uma Sessão de Júri diferente, porque a apresentação final foi efectuada em grupo: tratava-se de pessoas que, no seu dia a dia, trabalham na mesma empresa, uma empresa de cerâmica. Ali, à nossa frente, mostraram um caminho de criação, desde a concepção do objecto, passando pela escolha do barro, cuja consistência é medida com um aparelho chamado "penetrómetro" (as coisas que se aprendem nas Sessões de Júri!), todo o trabalho na cadeia de produção, até ao produto final, embalado e etiquetado.
Foi uma alegoria (embora concreta) do trabalho em equipa que é, afinal, o grande segredo do funcionamento da vida.
Se quisermos, encontramos equipas em todos os sectores de existência e descobrimos facilmente que dependemos todos uns dos outros, que dependemos da qualidade e da dedicação de todos os que nos rodeiam. Aliás, dependemos tanto dos outros que passamos facilmente para o recurso ao locus externo (primeiro procuramos no outro a solução), antes de nos centrarmos na nossa responsabilidade perante os percalços da vida e da actividade que desenvolvemos.
Mas quando existe harmonia, quando os elementos de uma equipa se juntam sinergeticamente para um resultado comum, então pode-se obter algo que é bem mais que a simples soma das partes...Basta lembrar que juntando Hidrogénio e Oxigénio de uma determinada maneira, se obtém água. Que trabalho de Equipa perfeito, este, que permite equilíbrio e transporta vida!
O processo RVCC pressupõe um trabalho de equipa, também, cuja composição ultrapassa muito os muros dos Centros Novas Oportunidades onde ele se realiza. O candidato precisa do trabalho de equipa do seu pequeno mundo familiar para se poder ausentar de casa, enquanto dedica tempo à construção do Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, por exemplo. A Profissional de Reconhecimento e Validação de Competências, já necessitou do trabalho efectuado pela Técnica de Diagnóstico, que já dependeu da Técnica Administrativa, mas vai ainda ser preciso articular com os formadores.... e cada um destes elementos tem o seu pequeno mundo familiar e social que precisa de garantir que esteja articulado e harmonioso.
Sim, fazemos todos parte de uma grande família com múltiplas articulações, temos objectivos por vezes comuns, por vezes diferentes, assim como são diferentes as funções de um pé de trigo ou as de uma orquídea. Todos temos histórias múltiplas nas histórias das nossas vidas...Mas temos uma faceta comum: precisamos de OUTROS.
Na Sessão de Júri, é por intermédio do olhar dos OUTROS que as competências são reconhecidas, validadas e certificadas. E aqui, passa-se para um patamar diferente: do pequeno núcleo familiar ou profissional, acontece o salto para o reconhecimento social e, last but not the least a certificação concede o reconhecimento nacional e internacional. Cada um dos candidatos é olhado e reconhecido como uma peça harmoniosa de uma equipa maior....

sábado, 26 de setembro de 2009

Formação Contínua para Docentes no CNO

"O Despacho nº 21028/2009, de 18 de Setembro, estabelece que as acções de formação contínua realizadas no âmbito da educação e formação de adultos, acreditadas pelo conselho científico-pedagógico de formação contínua, por docentes dos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas que desempenham funções de coordenadores ou de formadores nos Centros Novas Oportunidades, são consideradas, para todos os efeitos, como acções realizadas na área correspondente ao seu grupo de recrutamento."

Fonte: ANQ.

Sem dúvida, uma necessidade há muito sentida pelos docentes. Esperam-se novidades para breve!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Compasso de espera...



Estamos a viver uma época estranha.


Aproxima-se o Outono (os ingleses dizem: "Fall") e com ele, inevitavelmente, alterações na atmosfera e no ambiente que nos circunda. É uma estação que aprecio, devido ao meu gosto cro-maatico (Maat era, no Egipto, a deusa da Verdade), com as folhas a tapetar o chão, numa morte enigmática e magnífica, a preparar-se para um novo ciclo de existência. Neste princípio do fim outonal, há um não sei quê de aperfeiçoamento que nos desembaraça do que não podia continuar a existir. Algumas árvores parecem claramente expressar o alívio de se verem sem os apêndices decrépitos e ganham algum alento; outras parecem chorar, regando raizes com as folhas secas, como se de lágrimas de pétalas se tratasse, desesperando por ver partir partes de si, em quebra violenta de equilíbrio. No entanto, sabem que o acontecimento é apenas uma parte de um processo cíclico de evolução e crescimento. É nesse estado que nos encontramos também quando há alterações no ambiente social que nos circunda.


Algumas das Equipas Técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades ainda se encontram em fase de ocaso, contrariando a desejável e ecológica rentabilização da formação e experiência destes formadores... Há escolas que estão a ver edifícios a ruir porque vão entrar em obras... Outras organizações esperam, num bater cardíaco compassado, por resultados eleitorais...


Podemos, entretanto, aproveitar o intervalo do movimento para nos aproximarmos do essencial. No silêncio ínfimo que se faz ouvir entre a sístole e a diástole, existe um ponto universal de convergência, de onde surgem as ideias geniais. A vida é maior que um compasso de espera.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ver e Rever um texto...

Encontrei recentemente na Wikipédia um modelo de trabalho sobre artigos colaborativos que pode ajudar na criação de um fluxograma para a interacção equipa-adulto no âmbito do processo de construção do seu PRA e dos elementos que o vão integrando. Aqui fica:

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Organização Aprendente: Ideias para os CNO

«Este modelo simples pretende permitir às pequenas organizações e equipas tirar partido das vantagens da aprendizagem organizacional. Em particular a capacidade de inovar é crucial no desenvolvimento local; pois, sendo uma das correntes do desenvolvimento alternativo, não existem respostas pré-concebidas aos problemas. O empenho da equipa é outras das vantagens da aprendizagem organizacional; (...) uma organização aprendente reconhece-se pelo entusiasmo dos seus colaboradores.»
Fonte: aqui

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Modelo Relatório Final: RVCC de Nível Básico

A equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de São Pedro do Sul adaptou e utiliza um modelo (tendo por base um documento elaborado pela equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré) de relatório final para o processo de RVCC - Nível Básico - que considero muito útil partilhar neste espaço pois, um dos mais relevantes aspectos na documentação relativa a este tipo de processos é a forma como a informação é organizada e a forma como pode ser um elemento determinante na comunicação entre equipas (RVCC/EFA).

terça-feira, 31 de março de 2009

Conhecimento: Dinamizar a Consolidação nos CNO

Existe, cada vez mais, uma necessidade dos Centros Novas Oportunidades consolidarem práticas e organizarem o conhecimento produzido pelos diferentes elementos da equipa, assim como, da transferência de práticas entre Centros e entre elementos das equipas. Seria bom ter em conta algumas ideias como:

« O Conhecimento apresenta características como:
• O conhecimento é "divulgável" e auto-reproduz-se (isto é, expande-se à medida que é utilizado);
• O conhecimento é passível de substituição (novos conhecimentos, que elevam a produção e a produtividade, podem induzir ao abandono de antigos paradigmas);
• O conhecimento é transportável (pode ser transmitido para qualquer lugar do mundo na velocidade da luz); e
• O conhecimento é "compartilhável" (sem prejuízos àquele que desenvolveu um conhecimento, o mesmo pode ser transferido para outras pessoas).

Processos estratégicos devem ser mapeados e trabalhados do ponto de vista da gestão do conhecimento; também as competências, devem ser mapeadas, e determinados os gaps de capacitação a serem providos. A memória organizacional deve ser registrada e documentada, além de estar sujeita a mecanismos de recuperação e socialização (bancos de dados, sistemas de gestão electrónica de documentos, mecanismos de busca e indexação); uma ontologia (descrição dos objectos do sistema, com atributos e relações) deve ser estabelecida, já que o conhecimento, como visto anteriormente, tem também o seu lado objectivo. Heurísticas, algoritmos e procedimentos precisam interligar os objectos, na forma de relacionamentos. Finalmente, devem ser estabelecidos indicadores de desempenho estratégicos, como forma de se medir a eficácia do sistema.»
Fonte: aqui.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sessões de Desenho de Percurso e Orient(acção)

A orientação sobre a validação de aprendizagens formais destaca duas coisas a ter em conta e que podem não ser muito claras numa primeira leitura.

1. Que existem diferentes públicos e como tal, diferentes percursos e abordagem ao processo de RVCC, respeitando os vários tipos de aprendizagem, assim como, as competências do adulto. Esta é uma nota positiva a destacar. Se por um lado, muitas vezes se refere a uniformidade dos processos como modelo de rigor (que não o é), também muitas vezes se esquece que os adultos têm, de facto, condições de acesso diferente e devem “receber” do Centro Novas Oportunidades, orientações diversificadas em função das aprendizagens de base.

2. Que deve existir um momento formal de “validação” pela equipa. Aquilo a que chamarei “sessões de desenho de percurso e orient(acção).” Estas sessões formais, que esta orientação exige e destaca, serve para a equipa (profissionais e formadores), mediante as condições comprovadas de acesso, desenhar um percurso e estratégias/metodologias à medida de cada situação (e conformidade com a aprendizagem formal, não formal e informal analisada a cada um dos adultos). É fundamental que esta sessão tenha como objectivos a diferenciação de percursos de trabalho em processo de RVC, assim como, de metodologias e abordagens a realizar. No fundo, criar orient(acções) para a equipa abordar o processo com o adulto em função dos seus adquiridos. Esta visão potencia o trabalho orientado em função das condições de entrada do adulto no processo, assim como, dos seus objectivos para este, tal como os seus objectivos para o futuro. 

É fundamental que se olhe para a orientação para a validação de aprendizagens formais como uma forma, para alguns casos, de alguns adultos, verem valorizado a aprendizagem formal que realizaram. É, no entanto, necessária essa reflexão, prudência e articulação no desenho dos percursos para e com os adultos pela equipa, não caindo numa potencial gestão administrativa do processo e implementando com rigor as metodologias de RVC caso a caso em função desse “desenho de percurso” pessoal.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

E ainda sobre as equipas...

«O processo de RVCC exige profissionais muito competentes e estes elementos têm ainda de motivar, orientar e potenciar a mudança, a demonstração de competências, o conhecimento e a reflexibilidade dos adultos. Estas exigências fazem com que nem todos os técnicos sociais tenham o perfil de profissionais de RVC e nem todos os professores ou formadores tenham o perfil de formadores de RVC;
- Para que a motivação da equipa se mantenha têm de se cumprir as condições previstas contratualmente com os seus elementos;
- É muito importante o combate à rotatividade dos elementos, principalmente dos que contactam directamente com os adultos – profissionais e formadores – este é um ponto fundamental para que se garanta uma boa dinâmica na construção do portefólio;
- As equipas têm de ser coesas – têm de ter uma cultura, uma identidade e acima de tudo uma dinâmica própria.»
Fonte: A Construção dos Portefólios: Dinâmicas, Interacções e Soluções - Filomena Sousa

Sobre a Avaliação Externa

A Equipa e a Cooperação

Estive presente no I Encontro de Centros Novas Oportunidades do Oeste onde o Dr. Manuel Louro (DRELVT) fez uma excelente apresentação sobre as relações a estabelecer e a articulação entre os elementos das equipas RVCC e EFA. Fica a apresentação realizada para partilha.



sábado, 25 de outubro de 2008

Novos desfios, uma formação e troca de ideias...

Como já vem sendo hábito deixo aqui um relato de algum do trabalho que tenho feito nos últimos tempos no âmbito do meu apoio aos Centros Novas Oportunidades.

Começo por destacar o contacto que tive com três CNO que não conhecia e que, tendo entrado em contacto comigo, tive o prazer de visitar e conhecer.

Já tinha trocado algumas palavras com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Fernando Namora, em Condeixa-a-Nova, mas desta vez por contacto directo a troca de ideias e sessão de trabalho revelou-se uma agradável surpresa. Numa altura em que se ouve falar tanto em metas e número, encontrei uma equipa que me falou de qualidade, rigor e valorização do processo e das pessoas que o frequentam. Verdade seja dita que, nos vários (e já são muitos CNO) que acompanho, nunca ouvi falar de metas antes de ouvir falar de qualidade. O trabalho desenvolvido por este CNO vai nessa linha, sendo, pelo que constatei, uma trabalho de efectiva qualificação dos adultos em processo.

Outro contacto que tive foi com o elementos da equipa do CNO da Escola Secundária Marques Castilho, em Águeda. Voltei a encontrar uma equipa preocupada com a qualidade e com a resposta que estava a dar aos adultos que procuram o projecto Novas Oportunidades. Uma resposta que se quer de rigor e que, muitas vezes, devido à forma como a mensagem passa de um projecto que nem sempre é claro na sua organização e funcionamento, leva a uma luta constante das equipas em tudo fazerem para credibilizar o mesmo projecto junto dos seus utilizadores. Gostei dos objectivos traçados pela coordenação e do espírito que encontrei.

E mais um contacto do CNO do Agrupamento de Escolas da Pampilhosa. O encontro serviu para apresentação da forma como desenvolvo as minhas funções de Avaliador Externo e, ao mesmo tempo, para trocar ideias e esclarecer umas dúvidas com os elementos da equipa. Fui informado que se tratava de uma equipa nova que desejava consolidar o projecto. Destaco, como uma estratégia fundamental essa ideia de consolidação de um projecto quando este representa, de facto, uma mais-valia para a escola e para o meio envolvente. Tal me pareceu o caso deste CNO e o objectivo desta equipa.


Destaco, ainda, o Júri de Validação que realizei no CNO da Escola Secundária da Mealhada. De tempos a tempos somos surpreendidos por um grupo de pessoas, que no seu colectivo, nos lembra o que de melhor o processo RVCC nos tem para oferecer. Numa sessão muito interessante foi feita uma viagem entre aprendizagens de todos os adultos presentes em júri, de uma forma muito bem preparada pela equipa (como já vem sendo hábito e uma boa prática a destacar no trabalho levado a cabo por este CNO), onde houve uma efectiva transferência de aprendizagens entre todos. Foi uma manhã muito interessante e que, tão cedo não esquecerei. Parabéns aos adultos e à equipa.

Por último, uma sessão de trabalho para uma equipa dos Cursos EFA - Básico e Secundário. Desta vez, no Agrupamento de Escolas Fernão Pó, no Bombarral. Destaco aqui a forma como a equipa demonstrou abordar o trabalho em contexto de formação mobilizando estratégias de motivação, valorização e adequação dos objectivos às metodologias de trabalho com os formandos.

Não posso terminar sem uma pequena reflexão em torno da ideia que, ou por estar em contacto com CNO que são exemplos do que deve ser a implementação do processo de RVCC, ou por outro qualquer outro factor que não consigo entender, não encontrei ainda, nenhuma equipa que vá pelo caminho do facilitismo, nem que não aposte na qualidade como factor fundamental de toda a intervenção na Iniciativa Novas Oportunidades. Dificuldades, dúvidas, anseios? Todas as equipas o demonstram. Mas em todas elas destaca-se a qualidade dos recursos humanos, o investimento de horas, trabalho e muita dedicação que tenho que destacar aqui. A todos eles o meu reconhecimento profissional e pessoal.

domingo, 6 de julho de 2008

A relação: Processo RVCC e Cursos EFA.

A implementação do Processo RVCC e nível Secundário vem trazer um desafio de articulação entre este processo e o percurso de formação dos Cursos de Educação e Formação de Adultos. Esta articulação não é necessária. É fundamental. Sem ela a qualificação de muitos adultos ficará comprometida na sua qualidade e na sua validade. Deixamos uma apresentação que dá umas linhas de orientação de como, onde e por que meios essa interacção se pode estabelecer. Está disponivel, como todas as outras, para partilha. Fica também aqui a apresentação em torno do PPQ/PDP para relembrar a importância destes recursos.