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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Planificar a qualificação

De acordo com a Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades, após a etapa de certificação de competências está ainda previsto o acompanhamento ao Plano de Desenvolvimento Pessoal. "Esta etapa consiste na definição de um Plano de Desenvolvimento Pessoal para cada adulto certificado pelo Centro Novas Oportunidades, tendo em vista a continuação do seu percurso de qualificação/aprendizagem ao longo da vida após o processo de RVCC.
Este Plano, articulado entre a equipa pedagógica e o adulto em sessões individuais, toma forma na definição do projecto pessoal e profissional do adulto, com a identificação de possibilidades de prosseguimento das aprendizagens, de apoio ao desenvolvimento de iniciativas de criação de auto emprego e/ou de apoio à progressão/reconversão profissional."

Esta etapa corre o risco, na minha opinião, de se tornar na prática apenas um pro forma, com o preenchimento de um documento, mas é da maior relevância para o percurso de qualificação do adulto, bem como para o seu projecto de vida, uma vez que um dos pressupostos da sua definição/ negociação é a importância da aprendizagem ao longo da vida.
Há um aspecto importante na concretização do Plano de Desenvolvimento Pessoal, que é necessário salientar. O Plano deve começar a desenhar-se logo desde a entrada do adulto no Centro, com a exploração das suas motivações, expectativas, projectos, ou seja, tudo o que consta da etapa de diagnóstico e encaminhamento, da responsabilidade do Técnico de Diagnóstico. Para além disso, é importante que continue a ser trabalhado ao longo de todo o percurso do candidato, sempre que necessário em articulação com o Técnico de Diagnóstico, para que no final seja "apenas" um reforço de tudo o que já foi trabalhado anteriormente. No fundo, o PDP deve ser um processo, não apenas um resultado, e a sua construção está inerente ao próprio conceito de balanço de competências e de orientação vocacional.
Na definição do Plano de Desenvolvimento Pessoal, é essencial que o Profissional RVC que acompanha o adulto conheça a rede de ofertas educativas/formativas para melhor o poder orientar, de acordo com as suas necessidades e motivações. Um instrumento fundamental neste trabalho é o Catálogo Nacional de Qualificações, cuja consulta deve ser incentivada.

Fica um exemplo de um modelo de PDP que já foi anteriormente divulgado, mas que pode ser um ponto de partida para a operacionalização desta etapa. Fica, também, o desafio às equipas de partilharem neste espaço outros modelos que utilizem na prática!
PDP


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segunda-feira, 9 de março de 2009

O Plano de Intervenção Individual: Documento(s)

Na sequência da apresentação criada para procurar operacionalizar a Orientação para a Validação de Aprendizagens Formais, criámos dois documentos de apoio e suporte ao registo das validações a realizar na reunião formal por parte das equipas. Os documentos apresentados servem como registo final e fundamentação das decisões tomadas. Assim, partilhamos o Plano e Intervenção Individual para o RVCC Básico e Plano de Intervenção Individual para o RVCC Secundário. Ambos os documentos estão disponíveis para download e podem/devem ser melhorados, adequados e adaptados.

Destaco a ideia que, apesar da existência destes planos e de outros instrumentos, o fundamental é o contacto com o adulto e a articulação entre a História de Vida e as Competências adquiridas. Assim, a formalização da validação ou não, deve ser um momento e não uma essência em si mesma destacando as estratégias de articulação das áreas de competência-chave pelos formadores e do trabalho em contexto com o adulto pelos/as profissionais.

domingo, 8 de março de 2009

Operacionalizar a Orientação sobre Aprendizagens Formais

Tenho acompanhado as várias equipas dos Centros Novas Oportunidades com que trabalho na implementação da Orientação sobre Aprendizagens Formais. Tenho encontrado equipas que desejam realizar um trabalho sério e adequado ao contexto de implementação da validação destas aprendizagens formais no âmbito do processo RVC. Deixo uma apresentação que pode ajudar na operacionalização e organização do trabalho. Em breve publicarei um modelo de Plano de Intervenção Individual.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A nova Orientação: Análise de Risco...

Ao consultar o documento «Orientação técnica para os Centros Novas Oportunidades: validação de aprendizagens formais» devo dizer que a minha primeira abordagem foi de alguma dúvida. Vou, como sempre o faço, nos próximos tempos observar com atenção como, no terreno serão acolhidas e principalmente, implementadas, algumas ideias desta orientação. E vou deixar aqui as minhas dúvidas com base no texto.

1. Cito:
«Torna-se, de facto, indispensável clarificar junto da rede de Centros Novas Oportunidades quais as estratégias que permitam, em articulação com as metodologias definidas para os processos de RVCC, valorizar de forma adequada os percursos formais de aprendizagem já concluídos com aproveitamento

Reflexão: Embora não tendo nada contra esta diferenciação, por exemplo, para quem tem apenas uma ou duas disciplinas do 9.º ano por fazer e não tem qualquer disciplina do Ensino Básico, parece-me que carece de alguma clarificação que a actuação em contexto prático do "terreno" vai trazer. Penso que estamos perante um processo de RVCC. E ou o pensamos na sua essência como tal ou teremos alguma dificuldade prática nesta articulação entre dois sistemas que na sua essência são distintos.

2. Cito:
«Após a recolha e análise de toda a documentação, deve ser realizada uma reunião da equipa técnico-pedagógica onde serão discutidos os casos nestas situações e cujo principal objectivo é validar as Unidades de Competência /Competências que foram efectivamente adquiridas por via das aprendizagens formais realizadas com aproveitamento desde que devidamente comprovadas no âmbito do processo de RVCC através da apresentação de certificados.»

Reflexão: O processo de RVCC tem por base uma abordagem interdependente e interligada dos saberes: Formais, Não-Formais e Informais. E tem na sua essência uma mais-valia de auto-valorização e consciencialização da importância dos princípios base da Aprendizagem ao Longo da Vida. Temo que esta reunião possa tornar-se demasiado centrada em análise técnicas e burocráticas e pouco virada para um trabalho contínuo e continuado para essa mesma abordagem auto-reflexiva. Penso que é fundamental o reforço da perspectiva apontada no mesmo documento com essência na criação do «planeamento individual da continuação dos processos de RVCC orientado face às validações realizadas, de duração variável, e em função do percurso formal de aprendizagem que cada candidato possui, garantindo de qualquer modo todos os pressupostos metodológicos contidos nos documentos orientadores produzidos pela ANQ e demais legislação enquadradora.» Se esta estratégia for bem aplicada e de forma sólida é possível manter a qualidade do processo em si mesmo, assim como a sua essência. Se não, temo que seja apenas uma formalidade.

Numa análise teórica são estes os pontos de reflexão que terei em conta na análise que farei em contexto. Espero que o trabalho a realizar pelas equipas tenha em conta a efectiva promoção desta orientação tendo como base os princípios de essência do processo de RVCC, mais do que, uma visão técnica de "equivalência" entre dois sistemas.