Amanhã, abrem-se as portas da corrida aos CQEP.
Como outrora, partiremos em busca de um tesouro perdido, amargurados com tantas promessas ocas, mas cheios da vontade de erguer, de novo, castelos de eficácia e proficiência, certos que estamos da nossa resiliência.
Passámos as provas do deserto vazio, caminhámos descalços na areia quente, sob um sol ardente, sem qualquer gota de informação, depois da dor inominável de ver partir os nossos companheiros de infortúnio, aqueles que tinham construído connosco, pedra a pedra, os palácios onde a magia acontecia. Guardámos as sete chaves connosco, podiam ser necessárias, mas vimos as paredes ruir, já longe no caminho, enquanto se enchiam, à força, as masmorras do desemprego.
Agora, já sem fôlego, chegados à beira de um precipício que parece marcar o fim de qualquer coisa, ainda com a visão turva pelo esforço da caminhada, sem saber se é miragem ou se é mesmo realidade, do outro lado da margem, aparece uma vegetação que promete vida e um caminho ladeado de pedras.
Numa epifania joyceana, surge, evanescente, a descoberta de que ainda é preciso construir a ponte para alcançar o outro lado.
Será que é possível? Conseguiremos alcançar essa margem onde parece haver vida? Quantos ficarão pelo caminho nesta travessia?
Haja ou não miragem, é pelo sonho que vamos, porque, quaisquer que sejam as pedras, elas podem servir para construir castelos.
Aos que se vão lançar nesta nova aventura, aos que acreditam em elfos e duendes, aos que querem um mundo onde a magia possa acontecer, os meus agradecimentos e desejos redobrados de sucesso.
1 comentário:
Parabéns por não ter deixado cair o seu blogue.
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