Alerta, logo nas primeiras frases, para aquilo que
todos nós, Profissionais de outrora, sentimos na pele e no aperto e vazio que
nos deu: “a aposta anteriormente feita na qualificação de adultos foi
abandonada, com redução significativa quer da educação e formação qualificante
para adultos, quer do reconhecimento, validação e certificação de competências,
quebrando assim um ciclo de convergência com o padrão médio europeu que vinha a
registar-se desde 2007”.
Precisamente há 4 anos iniciava-se o desmantelamento
da rede de Centros, varrendo centenas de profissionais para as filas do
desemprego e afastando-os do que mais gostavam de fazer. Não me esquecerei.
Assim como não esquecerei que lidar com aquelas “gentes” que nos procuravam
repletas de verdadeiras histórias (e modelos) de vida é, para quem investiu e
acreditou na área, das coisas mais gratificantes.
Continua este novo instrumento: “em
2013/2014 havia pouco mais de 39 mil adultos inscritos, um terço do número
registado em 2000/2001”. Enquanto TORVC, assisti à desmobilização do suposto
público-alvo, à escassa oferta formativa (para onde encaminhar se não havia para
onde?), ao descrédito que os Centros indevidamente conquistaram (e muito
mais... mas isso ficará – também – no meu portefólio e no meu balanço).
Hoje, é nesta nova Portaria que se
lê que “revitalizar a educação e formação de adultos enquanto pilar central do
sistema de qualificações, assegurando a continuidade das políticas de
aprendizagem ao longo da vida e a permanente melhoria da qualidade dos
processos e resultados de aprendizagem é uma prioridade política de âmbito
nacional”.
Novidade? Também não... Mas isso sim! Que não se reduza, porém, a um
capricho político nem ao hastear de uma bandeira partidária. Enquanto a Educação
e Formação de Adultos (sobre)viver aos solavancos, em função de relógios
financeiros, qualquer revitalização dificilmente sairá das páginas de um
qualquer Diário da República. Haja consistência. E vontade.
Diz-se que é a última a fundir.
Que não aconteça, pois a isso (ainda) se chama esperança.
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