No passado sábado, 08 de dezembro
de 2012, na Fundação para os Estudos e Formação Autárquica
decorreram as II Jornadas dos Profissionais de Ciências da Educação / IV Encontro Nacional de Licenciados emCiências da Educação.
O segundo painel concentrou a atenção na Educação e Formação de Adultos em
Portugal. Na presença de especialistas na área, abordaram-se questões tão
sensíveis como pertinentes numa altura em que urge construir um quadro sólido neste
domínio de atuação.
II Jornadas dos Profissionais de CE/ IV ENALCE (Fundação CEFA, 08/12/2012)
De um lado da mesa, Sérgio
Rodrigues, presidente da ANPEFA, fez referência às limitações
financeiras que condicionam as práticas dos (ainda e atuais) Centros Novas
Oportunidades, que acolhem grande parte da oferta educativa e formativa
destinada a adultos – uma verdadeira “porta de entrada” como a ANQ, no seu tempo, postulou.
Do outro lado da mesa – separados pelo moderador,
mas em uníssono no reconhecimento que algo (necessita e) tem de mudar – o
Professor Luís Alcoforado salientou que é preciso estabilizar as políticas de
educação e formação de adultos, dado que até ao momento apenas existiram “contratos-programa”
que nunca configuraram verdadeiramente o que se deseja ser uma política
estável. Justificou, ainda, porque considera que as políticas devem seguir uma
lógica bottom-up, partindo do território, da vontade de mudança por parte da
sociedade civil, das experiências locais e das comunidades: o desenvolvimento
económico não parte apenas da educação e da qualificação, mas sim da (consciência
de) mudança das pessoas.
Tal
como um edifício assenta numa construção bem implantada e pedra a pedra assume
a sua identidade e reconhecimento, também a Educação e Formação de Adultos –
enquanto objeto e objetivo das agendas políticas centrais – deveria solidificar
as suas bases nestes princípios.
Foi
ainda defendido no Encontro que:
- Cada vez mais a política não é uma ação do Estado central, mas dos atores locais
- Cada vez mais as políticas tendem a basear-se no conhecimento especializado
- Cada vez mais os especialistas são atores locais que através dos seus conhecimentos legitimam a ação.
Mas… será que o Povo tem capacidade para uma real emancipação e é, efetivamente “quem mais ordena”?
Com o remate de cada dezembro, almejam-se mudanças e novos desígnios. O brinde no auge das doze badaladas aliado ao lema “Ano Novo, Vida Nova” anuncia essa vontade, como o renascer da Fénix. Há uma sensação de recomeço (num contínuo) aliada ao desejo de mudança, de melhoria e de crescimento. Sinónimo de mais um degrau que se subiu na escadaria monumental da existência. Acreditemos que sim… and “always look on the bright side of life”!
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