Uma sessão de júri é um momento único para todos os elementos que a compõem. A verdade é que o trabalho desenvolvido durante o processo é apresentado numa sessão que se converte, muitas vezes, num processo de orientação aos adultos para além da certificação obtida. Este é um dos desafios mais importantes para a equipa, o Avaliador Externo e para cada um dos adultos: fazer da escola e da aprendizagem uma presença contínua ao longo da vida.
Estive presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Mealhada. Tenho a destacar a motivação com que os adultos apresentam, em sessão de júri, algumas das competências que demonstram e relatam nos seus portefólios. Tendo sido uma sessão de júri para certificação de nível Básico, a conversa em torno dos caminhos a seguir para dar continuidade à qualificação de cada um dos adultos é fundamental. Esse trabalho, feito em conjunto e em prolongamento do trabalho realizado pela equipa é uma mais-valia para o ganho de consciência da importância daquele momento que represente, primeiramente, um regresso à escola e a futuras aprendizagens. Parabéns à equipa pela preparação dos adultos para a sessão de júri, com ideias simples mas originais que demonstram e ilustram as competências dos adultos.
Estive também presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Uma sessão de júri para certificação de adultos que terminavam o seu processo de RVCC para o nível básico resultou numa experiência muito interessante de reflexão conjunta sobre o que é hoje a escola e como as aprendizagens ao longo da vida são complementares aos conhecimentos adquiridos de forma mais formal. Encontrei, por mérito de uma equipa dedicada e profissional, um brilho especial no olhar de cada um dos adultos com o desejo de continuarem o seu processo de qualificação, o que, no fundo é a essência deste processo e a razão de ser do mesmo. Parabéns à equipa pelo humanismo e dedicação colocados na preparação da sessão de júri e na valorização dada a este momento.
Por último, estive presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Marques Castilho, em Águeda. Tenho a destacar uma adulta e um problema. A verdade é que, uma adulta referiu o seu imenso desejo de fazer o 12.º ano com um percurso de aprendizagem, similar ao que os alunos do regime escolar contínuo, diurno e regular, seguem. Falámos, como é claro, nos módulos. Acontece que a escolas já não os ministra. O objectivo bem definido de fazer o 12.º ano, tirar o curso de Direito e ser Juíza foi uma das abordagens mais interessantes que registei. A verdade é que é tão importante a vontade de regressar à escola como aquela apresentada de ter objectivos concretos a médio prazo. Ficam também os meus parabéns à equipa pelo trabalho realizado de dedicação individual a cada situação e no apoio dados aos adultos no seu processo.
E por fim, os meus sinceros parabéns aos adultos que terminam o seu processo de RVCC. Que este seja um passo, mais um, na consolidação de uma consciência efectiva da importância da qualificação e da aprendizagem ao longo da vida e que novos caminhos sejam, em breve, caminhados.
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