Estou cansada
da ordem,
das regras homogeneizadas,
das veneráveis Portarias obsoletas
da hipocrisia dos discursos inovadores,
da mudança prometida em gotas de autonomia
do atraso crónico da inovação anunciada
da consternação perante a inoperância
da inoperância perante a consternação
da resistência de que se reveste o poder,
da verdade da mentira, sem que se minta de verdade,
das correntes legisladas que me impedem de avançar
dos sussurros que encorajam
das decisões que não chegam
dos buracos no terreno que piso
do tempo de espera que, de tão lento, desespera
das trincheiras que se vão construindo
da trova que passa e do vento que nada me diz
da omissão pesada
do sucesso fictício
da absurda importância da presença física, em eras de virtuosismo virtual assíncrono
da vetusta irrelevância de aprendizagens significativas, em prol de presenças percentuais
do silêncio que invade os meus ouvidos ávidos de som, de sim, de sem, de nada
Estou cansada
de querer soluções,
de criar pontes, bem sei, despudoradamente, e, aliás, quem sou eu para as querer criar?
de acreditar no homem inteligente
de olhar um pouco para além da ponta do meu nariz
de ver o que tantos não querem ver ou ler, nem ouvir, nem saber
de escrever letras aparentemente translúcidas em correios que não obtêm respostas
de ouvir palavras ocas de quem nada quer dizer
de esperar desesperadamente
de acreditar que o homem é inteligente (já o disse?)
de marcar passo no espaço lamacento da evolução e da promoção do sucesso
Faz-me falta a esperança
a ética e os valores,
a criatividade
a paixão
a confiança, ah! a confiança!
o entusiasmo
a pertinência
a ousadia
a significância
a vontade de querer ir mais além e de o poder fazer...
Faz-me falta a fé!
Faz.me falta a liberdade...
- Dis-moi, Stromae, c'est comme ça qu'on sème?
"Prends garde à toi
Si tu t’aimes
Prends garde à moi
Si je m’aime
Garde à nous. Garde à eux. garde à vous
Et puis chacun pour soi
Et c’est comme ça qu’on s’aime s’aime s’aime s’aime
Comme ça consomme somme somme somme somme..."
da ordem,
das regras homogeneizadas,
das veneráveis Portarias obsoletas
da hipocrisia dos discursos inovadores,
da mudança prometida em gotas de autonomia
do atraso crónico da inovação anunciada
da consternação perante a inoperância
da inoperância perante a consternação
da resistência de que se reveste o poder,
da verdade da mentira, sem que se minta de verdade,
das correntes legisladas que me impedem de avançar
dos sussurros que encorajam
das decisões que não chegam
dos buracos no terreno que piso
do tempo de espera que, de tão lento, desespera
das trincheiras que se vão construindo
da trova que passa e do vento que nada me diz
da omissão pesada
do sucesso fictício
da absurda importância da presença física, em eras de virtuosismo virtual assíncrono
da vetusta irrelevância de aprendizagens significativas, em prol de presenças percentuais
do silêncio que invade os meus ouvidos ávidos de som, de sim, de sem, de nada
Estou cansada
de querer soluções,
de criar pontes, bem sei, despudoradamente, e, aliás, quem sou eu para as querer criar?
de acreditar no homem inteligente
de olhar um pouco para além da ponta do meu nariz
de ver o que tantos não querem ver ou ler, nem ouvir, nem saber
de escrever letras aparentemente translúcidas em correios que não obtêm respostas
de ouvir palavras ocas de quem nada quer dizer
de esperar desesperadamente
de acreditar que o homem é inteligente (já o disse?)
de marcar passo no espaço lamacento da evolução e da promoção do sucesso
Faz-me falta a esperança
a ética e os valores,
a criatividade
a paixão
a confiança, ah! a confiança!
o entusiasmo
a pertinência
a ousadia
a significância
a vontade de querer ir mais além e de o poder fazer...
Faz-me falta a fé!
Faz.me falta a liberdade...
[Lamúria para um Projeto EF@]
- Dis-moi, Stromae, c'est comme ça qu'on sème?
"Prends garde à toi
Si tu t’aimes
Prends garde à moi
Si je m’aime
Garde à nous. Garde à eux. garde à vous
Et puis chacun pour soi
Et c’est comme ça qu’on s’aime s’aime s’aime s’aime
Comme ça consomme somme somme somme somme..."
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