domingo, 14 de outubro de 2012

Mu(n)dando…

Mudanças no mundo. Ou um mundo em mudanças. Ou as duas coisas. Ou uma “simples” crise de existencialismo e de valores. Ou uma espécie de moratória psicossocial: uma espera, mas ativa, testando várias hipóteses para definir “o” caminho. Talvez isso: adolescência, como quem desenha um compasso de espera nos compromissos que antecedem a assunção de papéis e responsabilidades inerentes à fase adulta.
“Coabitam, nesta fase [adolescência], desejos ambivalentes de crescer e de regredir, de se sentir ainda criança e já adulto, de autonomia e de dependência, de ligação ao passado e de vontade de se projectar no futuro”: será isto?! Isto… Isto é duro, afinal ser jovem não é um posto… ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto!


E, coçando as ideias e as borbulhas dos pensamentos:
Filtram-se rumores na escrita do vento
Sem voz, sem direção
Sem bússola regulada,
Sem regras, 100 limites
Sem postos nem lugares
Despidos de raios solares.

Mas… mudamos (mudemos!), como ordenam os Humanos: se não vivemos satisfeitos, pois estamos sempre a tempo de mudar e não devemos viver contrafeitos se há vida em nós a latejar! Oh, se dependesse de uma simples letra e algumas notas musicais. Combinavam-se vários Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó… et voilà!

 
Mudavam-se as palavras e a as rimas… et voilà: tempos, vontades, ser e confiança… porque “todo o mundo é composto de mudança”!
 
 
E se “o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem”, chegará o tempo da mudança de estádio de desenvolvimento e os pensamentos deixarão de manifestar a erupção das borbulhas adolescentes... antes que seja tarde demais.

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