
«Na opinião do sociólogo Eduardo Vítor Rodrigues, "é preciso diversificar a formação e orientar os formandos a partir de um diagnóstico bem feito". De outro modo, o país fica-se pela "formação de plástico, estandardizada, desfasada. Há modas. Primeiro era contabilidade. Depois, informática. Agora, ajudante de lar".»
«(...) Eduardo Vítor Rodrigues lembra que "a formação é formidável enquanto instrumento de capacitação" e fomento de auto-estima. Recusa, porém, ilusões: "A pessoa até pode fazer formação em várias áreas. Se o mercado estiver repulsivo, como agora está, não consegue entrar".
O país tinha uma economia muito baseada em mão-de-obra intensiva, barata, desqualificada. No decurso de um violento processo de desindustrialização, apanhou a crise económica e financeira internacional. "Passou-se de uma fase em que não se acreditava na formação para uma fase em que se acha que a formação resolve tudo. Não resolve".»
In Público, 9 de Janeiro
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