Tenho assistido a um debate emergente sobre a dificuldade de aceitação das certificações parciais. Há, de facto, um trabalho urgente a ser realizado.
Se por um lado as equipas fazem sempre um acto de reflexão ao pensarem que ainda podiam fazer algo mais para apoiar os adultos na tentativa de uma certificação total, a verdade é que, a dedicação que colocam no seu trabalho leva, muitas vezes, a que esse apoio vá muito além do que lhes é pedido e já reflicta esse verdadeiro e constante apoio dado aos candidatos.
Por outro lado, a não compreensão por parte dos adultos face à proposta de uma validação parcial assenta, muitas das vezes, numa premissa completamente errada. A ideia é simples e precisa ser desconstruída. È a concepção simples de que, ir para uma certificação parcial, é sinónimo de não ter competências ou “falhar” novamente. Se uma equipa de um Centro Novas Oportunidades reflectir com o adulto acerca das inúmeras hipóteses de percursos de qualificação que existem neste momento e estas forem pensadas em função do tempo, da oportunidade e da pertinência para o adulto, a consolidação da ideia de vários percursos para um mesmo fim pode ganhar força e minimizar o conceito inicial que muitos adultos produzem e que já referimos.
Reforçamos ainda a ideia de que urge consolidar as redes de cooperação entre Centros Novas Oportunidades. Com a criação de clusters que o processo de implementação da auto-avaliação dos centros está a promover, estes devem ver neste factor uma oportunidade para co-relação entre si. A verdade é que os adultos ainda jogam com o conceito “é mais fácil naquele centro” mas a verdade é que, se existir uma rede de cooperação entre centros por proximidade (geográfica ou de interesse) este factor é diminuído no seu efeito junto do público-alvo.
Fica mais uma reflexão.
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