quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sessões de Desenho de Percurso e Orient(acção)

A orientação sobre a validação de aprendizagens formais destaca duas coisas a ter em conta e que podem não ser muito claras numa primeira leitura.

1. Que existem diferentes públicos e como tal, diferentes percursos e abordagem ao processo de RVCC, respeitando os vários tipos de aprendizagem, assim como, as competências do adulto. Esta é uma nota positiva a destacar. Se por um lado, muitas vezes se refere a uniformidade dos processos como modelo de rigor (que não o é), também muitas vezes se esquece que os adultos têm, de facto, condições de acesso diferente e devem “receber” do Centro Novas Oportunidades, orientações diversificadas em função das aprendizagens de base.

2. Que deve existir um momento formal de “validação” pela equipa. Aquilo a que chamarei “sessões de desenho de percurso e orient(acção).” Estas sessões formais, que esta orientação exige e destaca, serve para a equipa (profissionais e formadores), mediante as condições comprovadas de acesso, desenhar um percurso e estratégias/metodologias à medida de cada situação (e conformidade com a aprendizagem formal, não formal e informal analisada a cada um dos adultos). É fundamental que esta sessão tenha como objectivos a diferenciação de percursos de trabalho em processo de RVC, assim como, de metodologias e abordagens a realizar. No fundo, criar orient(acções) para a equipa abordar o processo com o adulto em função dos seus adquiridos. Esta visão potencia o trabalho orientado em função das condições de entrada do adulto no processo, assim como, dos seus objectivos para este, tal como os seus objectivos para o futuro. 

É fundamental que se olhe para a orientação para a validação de aprendizagens formais como uma forma, para alguns casos, de alguns adultos, verem valorizado a aprendizagem formal que realizaram. É, no entanto, necessária essa reflexão, prudência e articulação no desenho dos percursos para e com os adultos pela equipa, não caindo numa potencial gestão administrativa do processo e implementando com rigor as metodologias de RVC caso a caso em função desse “desenho de percurso” pessoal.

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