De tempos a tempos somos surpreendidos com artigos de uma qualidade imensa... (Vale a pena ler)
«Para compreender na sua fecundidade genérica o paradigma da complexidade na sua matriz cultural contemporânea, importa, creio, restituir-lhe as raízes nas nossas culturas e enriquecer-nos com a espantosa experiência cognitiva que se forma e se transforma no cadinho da aventura humana que é também aventura do conhecimento humano: “A verdadeira novidade nasce sempre no regresso às origens”, recorda-nos E. Morin. O paradigma da complexidade e as epistemologias construtivistas não surgiram no limiar dos anos 1950, qual Atena, armada da cabeça aos pés. A sua herança trimilenar, ensinável e praticável, é pelo menos tão rica (e também pelo menos tão pertinente) como aquela ainda pregnante na cultura das nossas instituições académicas que os paradigmas cartesiano-positivistas reivindicam. Uma discussão sobre os contributos de G. Vico (1668 – 1744) e de Leonardo da Vinci (1453 – 1519) poderá aqui permitir-nos esses outros olhares que enriquecem e estimulam a inteligência, quer sejam os dos técnicos, dos docentes ou dos investigadores.»
Fonte: SÍSIFO, Inteligência da Complexidade
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