«Estive desde Outubro de 2007 até Junho de 2008, num processo de RVCC no CNO da Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa.
Começámos as sessões de reconhecimento em 26 de Outubro de 2007, éramos cerca de 20 pessoas. O grupo de 5.ª feira acabou com 9 elementos, muitos foram os que desistiram do processo na sua maioria jovens entre os 20 e os 25 anos. Dos 9 resistentes cinco já concluíram o processo e os outros provavelmente fá-lo-ão
Este processo nunca foi facilitado (…). Inicialmente foram muito contestados, porque o centro do processo de RVCC é o adulto e o que nos pediam era que trabalhássemos os indícios desocultados na nossa “história de vida” e os transformássemos em evidências em C em L e em C (Cultura, Língua e Comunicação), em C e em P (Cidadania e Profissionalidade), em S, em T e em C (Sociedade, Tecnologia e Ciência), depois que atingíssemos vários níveis de complexidade em DR1, DR2, DR3 e em DR4... tudo era tão exigente que um dos colegas dizia com frequência “o que querem é uma tese”. Hoje posso afirmar que a minha autobiografia é uma tese sobre a minha vida, a minha experiência, as minhas competências, as minhas formações e ainda sobre o mais recente processo pelo qual passei durante o RVCC o processo de auto formação e este foi indispensável para a conclusão do processo de RVCC não atingi os 88 fiquei pelos 70 créditos apenas porque já não tinha tempo e nem disposição para fazer mais, estava demasiado cansada deste longo processo. Irei faze-lo ao longo da minha vida com certeza porque este processo não tem fim...mas certo é que a exigência e os graus de dificuldade que encontrei e ultrapassei fazem-me sentir orgulhosa do meu PRA, do meu percurso no CNO da Escola Secundária Marquês de Pombal e do meu Diploma de Secundário que obtive com todo o mérito porque trabalhei muito para o conseguir, abdiquei de muitas horas em família para me dedicar ao PRA.
A todos os que estão no processo e aos que estão por ingressar nesta aventura, não esperem facilitismo, não digam quando concluírem o processo que foi fácil, não acreditem no que vos dizem sobre as facilidades dos outros CNOs... cada CNO trabalha de acordo com os instrumentos que possui e com as equipas que dispõem. O RVCC Secundário está longe de ser uma processo fácil mas é isso que se quer que não seja simples pelo contrário que seja complicado, com vários obstáculos para que cada adulto consiga através da sua experiência de vida e com auto formação ultrapassar cada um deles com afinco, trabalho e dedicação só assim este processo é credível só deste modo o nosso diploma é válido e respeitado.
Boa sorte a todos e bom trabalho!...»
(Sandra Alves)
3 comentários:
Porquê o termo "adulto" como em "Obrigado, à adulta, pela partilha e pelo seu testemunho"?
Não poderá utilizar-se aluno ou formando?
Não vejo que o dito "adulto" se refira ao professor ou ao formador, nos seus registos, como "obrigado ao adulto pelo esclarecimento das minhas dúvidas".
Boa fonte de divulgação relativa ao tema, com dicas preciosas para os "adultos" :-)
A terminologia "Adulto/a" está relacionado com o termo usado, por um lado, nas definições do público-alvo do processo, assim como, na reserva de identidade. Eu pessoalmente gosto do termo "candidato" mas noutro contexto...
Deixo um site para leitura em torno do conceito: http://www.seradulto.com/index2.htm
Bem, todos estes testemunhos estão a ser mesmo muito importantes para mim, pois vou iniciar o meu RVCC secundário no dia 3 de Setembro de 2008, acabei o RVCC 9º no dia 17 de Julho de 2008 e estou muito feliz por ter conseguido, mas um pouco apreensiva com o secundário, por esse motivo gostaria de tirar dúvidas, trocar ideias ... Bom fica aqui o meu com testemunho.
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