terça-feira, 31 de março de 2009

Conhecimento: Dinamizar a Consolidação nos CNO

Existe, cada vez mais, uma necessidade dos Centros Novas Oportunidades consolidarem práticas e organizarem o conhecimento produzido pelos diferentes elementos da equipa, assim como, da transferência de práticas entre Centros e entre elementos das equipas. Seria bom ter em conta algumas ideias como:

« O Conhecimento apresenta características como:
• O conhecimento é "divulgável" e auto-reproduz-se (isto é, expande-se à medida que é utilizado);
• O conhecimento é passível de substituição (novos conhecimentos, que elevam a produção e a produtividade, podem induzir ao abandono de antigos paradigmas);
• O conhecimento é transportável (pode ser transmitido para qualquer lugar do mundo na velocidade da luz); e
• O conhecimento é "compartilhável" (sem prejuízos àquele que desenvolveu um conhecimento, o mesmo pode ser transferido para outras pessoas).

Processos estratégicos devem ser mapeados e trabalhados do ponto de vista da gestão do conhecimento; também as competências, devem ser mapeadas, e determinados os gaps de capacitação a serem providos. A memória organizacional deve ser registrada e documentada, além de estar sujeita a mecanismos de recuperação e socialização (bancos de dados, sistemas de gestão electrónica de documentos, mecanismos de busca e indexação); uma ontologia (descrição dos objectos do sistema, com atributos e relações) deve ser estabelecida, já que o conhecimento, como visto anteriormente, tem também o seu lado objectivo. Heurísticas, algoritmos e procedimentos precisam interligar os objectos, na forma de relacionamentos. Finalmente, devem ser estabelecidos indicadores de desempenho estratégicos, como forma de se medir a eficácia do sistema.»
Fonte: aqui.

segunda-feira, 30 de março de 2009

As vantagens do processo de RVCC.

Nas minhas visitas entre páginas dos Centros Novas Oportunidades, encontrei uma boa definição para as vantagens no ingresso e conclusão de um percurso de RVC.

  • Possibilitar a conclusão do ensino secundário, sem ter de voltar ao ponto da formação académica em que ficou;
  • aumentar o nível de qualificação;
  • melhorar a sua situação profissional;
  • facilitar a sua progressão na carreira;
  • dispor de mais saídas profissionais;
  • permitir o prosseguimento dos estudos de nível superior;
  • incentivar o interesse pela formação ao longo da vida;
  • favorecer a auto-estima, a auto-confiança e a autonomia;
  • proporcionar uma maior valorização pessoal;
  • promover o seu estatuto social.
Fonte: aqui.

Gestão do Conhecimento: Dinâmicas Locais

domingo, 29 de março de 2009

Mais um encontro? Dia 18 de Abril

O desafio foi-me lançado pelo coordenador do CNO da Escola Secundária da Anadia. Chegou sob a forma de uma pergunta: "porque não juntas os CNO com quem trabalhas e fazes um encontro?". Eis a minha resposta.

Durante este fim-de-semana enviei para todos os Centros Novas Oportunidades com que colaboro um convite para um "encontro". Por estar um pouco cansado do modelo de encontros com conferências e palestras, o desafio é outro.

No próximo dia 18 de Abril, entre as 9.30 horas e as 18.00 horas, os Centros Novas Oportunidades que aceitarem o desafio que enviei no convite irão reunir-se em Góis para um dia de partilha, troca de ideias e ainda: uma multiactividade com slide, rapel, btt, tirolesa, canoagem e tiro com arco. Para os menos aventureiros haverá espaço para uma caminhada ou simplesmente um espaço para admirar a paisagem e aproveitar o ar da serra. No intervalo um almoço para provar a gastronomia da região. As inscrições decorrem até dia 3 de Abril, via e-mail.

No entanto este encontro tem objectivos claros. Desde o team-building, ao conhecimento de práticas entre equipas e reflexão conjunta sobre a Educação e Formação de Adultos. Este encontro, sendo ao ar livre, conta com todos para ser um momento único de partilha e aprendizagem informal.

sábado, 28 de março de 2009

Encontro e Júri.

Falar hoje em Educação e Formação de Adultos é referir este movimento actual de transformação das aprendizagens ao longo da vida em processos de reconhecimento da Escola como local de integração e redescoberta de percursos de qualificação.

Por convite do Director do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado (Joane – Vila Nova de Famalicão) estive presente como moderador no Encontro “Desafios da Aprendizagem ao longo da Vida: Consolidar e (Trans) Formar para o Futuro”. Foi um encontro interessante pelas apresentações realizadas pelos oradores, mas também, pelas indicações deixadas. De referir a interessante reflexão em torno do presente e futuro da Iniciativa Novas Oportunidades e resultados da Avaliação Externa em curso, realizada pela Dra. Maria do Carmo Gomes (ANQ) ao destacar a mudança que o processo tem nos adultos que frequentam o percurso de RVC e que são de registar no desenvolvimento de competências transversais em todas as áreas. Destaco também a apresentação feita pelo Prof. Eugénio Peixoto sobre o processo de acesso ao Ensino Superior “+ de 23 anos”. A experiência da Universidade do Minho neste campo é de um trabalho de qualidade com resultados muito positivos. Estiveram também na mesa que tive a honra de moderar a Dra. Olívia Santos Silva e o Prof. Luís Alcoforado, que realizaram apresentações sobre Educação e Formação ao Longo da Vida. Tenho que destacar o que referi, no final do evento, que este foi dos primeiros encontros em que não ouvi falar na luta pela qualidade. Para mim este é um ponto muito positivo. Indica que o trabalho realizado pelos CNO é hoje um dado consolidado na qualidade como objectivo central. Gostei de lançar a ideia que agora é necessário recentrar o discurso, preocupação e estratégia no reconhecimento social do processo. Um desafio de futuro composto por muitas batalhas a travar num tempo próximo. Foi também, muito positivo encontrar pessoas que, pela distância, só consigo (re)encontrar nestes momentos.

Estive também numa Sessão de Júri do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Queria destacar a presença da equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de São Pedro do Sul, que acompanhou o dia de trabalho. Tenho que referi a abertura que a equipa do CNO da E.S. da Gafanha da Nazaré tem demonstrado na partilha de conhecimentos, práticas e recursos com outros CNO. É sempre muito positivo verificar esta abertura. Quero ainda destacar um momento de apresentação de um dos adultos que terminava o seu processo de RVC Secundário e que teve a presença do profissional RVC que o acompanhou no início do processo e que se deslocou para assistir. É de referi que observei também o regresso de adultos que já tinham terminado o seu processo e que se deslocam ao centro quer para (re)visitar a equipa, quer para procurar informação complementar para a sua qualificação. Este espírito revela um trabalho de elevada qualidade, dedicado aos adultos e à qualificação, muito para além do que é pedido a cada um dos elementos da equipa.

Deixo, como sempre, os meus sinceros parabéns aos adultos que terminaram o seu processo de RVC e que, com a vontade de regressar ao percurso de aprendizagem, procuram agora novos caminho de qualificação. Parabéns!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Nova Campanha: Novas Oportunidades

A ANQ lançou uma nova campanha de publicidade sobre a Iniciativa Novas Oportunidades, vertente adultos. O relato da Vanessa Fernandes está bem conseguido e a imagem da meta e objectivo pessoal da qualificação é uma ideia inteligente e bem estruturada. Se o papel da adesão está conseguido, o papel do esclarecimento e aposta no reconhecimento social do processo de RVC e das ofertas de formação para Adultos está ainda a começar e tem que ser uma aposta a curto prazo.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Relato: Profissional RVC

Tenho, por hábito, de tempos a tempos, colocar neste espaço relatos de adultos que terminam o seu processo de RVC. Hoje decidi colocar um relato de uma profissional, principalmente pelo seu conteúdo. Aqui fica:

"Hoje tive uma experiência marcante, para juntar a tantas outras que vou vivendo nos percursos da vida. Hoje bateu-me à porta um senhor. Estava muito sujo, de barba por fazer, primeiro pensei (no pensamento estúpido que vamos formando na rotina dos dias...) que se tivesse enganado. Mas não, era mesmo para o Centro, percebi-o assim que se sentou e me disse, com um olhar vivo e brilhante, que há muito tempo que ouvia um anúncio na rádio por "causa de se voltar à escola". O mesmo olhar que reconheço sempre em quem tem curiosidade, em quem quer aprender, sempre mais e mais, contra o fatalismo da idade ou das convenções sociais. O senhor não tem quaisquer habilitações, não sabe ler nem escrever, apenas assinar o nome numa escrita rudimentar, que fez questão de me mostrar no novíssimo Cartão do Cidadão. Pegámos nesse mesmo cartão para tentar ver o que sabia o senhor afinal. Soletrou com orgulho: P-O-R-T-U-G-A-L. Não sabe juntar as letras, por isso, apesar de as soletrar, não sabia que ali estava escrito o nome do seu país. Fiquei esmagada. Não por ser a primeira vez que contactava com uma pessoa analfabeta ou por achar que não existem (há quem diga por aí que o analfabetismo em portugal é "residual..."). Felizmente vivo no mundo real, real demais. No mundo em que há um senhor de 68 anos que me diz: "tem-me feito mais falta ler e escrever do que o pão". No mundo em que no ano passado, recentemente, não foi autorizado um curso de alfabetização para 9 (N-O-V-E) pessoas. Porque eram só N-O-V-E. Não hei-de descansar enquanto essas nove pessoas, mais o senhor Artur, mais outras que estejam "perdidas" noutras instituições tenham a OPORTUNIDADE de ter o direito fundamental de aprender a ler e a escrever. Quando lhe disse que, neste momento, não tinha resposta para lhe dar, o senhor chorou e disse "nós é que precisávamos! tem-me feito tanta falta! eu não pude mesmo estudar, com 4 anos já andava a criar cabras". Este é o Portugal real, fora dos gabinetes onde se decide a certificação e/ou a qualificação. Deixei-me estar com o senhor Artur, sem olhar para o relógio, sem pensar em sistemas informáticos que tentam controlar o nosso tempo. E naquele momento ouvi aventuras vividas em França, em Espanha, e a dureza da vida que o afastou da escola, que agora procura, com 68 anos, disposto a ir "para onde for" para aprender a ler e a escrever. "Vai aprender", respondi-lhe.»
Fonte: aqui.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Experiência e Aprendizagem: Igual?

«Os princípios de base nos quais se suportam as práticas de reconhecimento e de validação encontram-se em coerência com a perspectiva da aprendizagem experiencial dos adultos, ao valorizarem as aprendizagens resultantes de uma diversidade de contextos e de situações e ao lhes atribuírem legitimidade. No entanto, experiência e aprendizagem não são sinónimos; não são as experiências que são reconhecidas e validadas, mas sim as aprendizagens e as competências que resultam de um processo de aprendizagem experiencial; como evidenciámos, a experiência é a base e a condição para a aprendizagem, e, para que seja formadora, ela tem de ser reflectida, reconstruída, conscientizada. O resultado deste processo é a elaboração de novos saberes, de novas representações, contribuindo para a transformação identitária da pessoa e da sua relação com o mundo. O saber resulta do confronto e da transformação da experiência
Fonte: Aprendizagem de adultos: contextos e processos de desenvolvimento e reconhecimento de competências, Ana Luísa Pires.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Encontro RVCC: 3 de Abril - Gafanha da Nazaré

No dia 3 de Abril de 2009, terá lugar o encontro RVCC - Troca de Experiências. Fica, em formato de consulta, o programa do evento. Para inscrições e informações consultar o Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré.

Encontro RVCC[1] Encontro RVCC

Mudança na Realidade: Reflexão.

«Numa sociedade baseada no conhecimento, os indivíduos devem continuar a actualizar e a melhora as suas competências e qualificações e recorrer a um leque de contextos de aprendizagem tão vasto quanto possível. (…)
As lacunas (ainda) a colmatar resultam frequentemente de uma visão por demais limitada às exigências da empregabilidade ou de uma tónica exclusivamente colocada na recuperação daqueles que escaparam por entre as malhas do ensino inicial. Estes elementos justificam-se, mas não constituem em si mesmos uma estratégia de aprendizagem ao longo da vida que seja verdadeiramente integrada, coerente e acessível a todos.»
Fonte: Relatório intercalar conjunto do Conselho e da Comissão Europeia (2004)

Com a Iniciativa Novas Oportunidades num momento e ano de desenvolvimento acelerado, penso que este aviso, como outros realizados no âmbito das análises que têm sido feita pelos países da União Europeia são de ponderar. Não estaremos a centrar a resposta dada pelos Centros Novas Oportunidades exclusivamente “na recuperação daqueles que escaparam por entre as malhas do ensino inicial”? Sei que alguns irão comentar que a criação do Catálogo Nacional de Qualificação responde a essa questão. Mas eu refiro-me à questão do reconhecimento social do processo e não à articulação escola-trabalho. As parcerias entre escolas e empresas, a articulação com elementos, organizações e entidades externas, a capacidade de prospectivar e consciencializar para caminhos de qualificação são estratégias fundamentais para o valor estrutural do processo. São precisas políticas nacionais para responder ao movimento da Iniciativa Novas Oportunidades como um todo. Como uma efectiva alteração do modelo social e pessoal. Tenho a destacar que li, recentemente, um comentário que me deixou preocupado. Dizia uma adulta que tinha acabado o processo de RVC de nível Secundário que se sentia profundamente desiludida pois, apesar de ter feito um trabalho de qualidade no processo e após o mesmo, a sua situação face ao emprego (neste caso, desemprego) permanecia. Sabemos que o momento que o mercado de emprego não favorece a resolução desta situação. No entanto, o que dizer a tantos adultos que querem obter formação ou desenvolver competências depois de terminarem um determinado grau de certificação escolar e que não encontram na lei (e principalmente nas atitudes e apoios) uma possibilidade de resposta para essa mesma vontade? Penso que está na altura de pensar a nível transversal e global. É preciso que esta Iniciativa possa mudar, de facto, a forma como todos olhamos para a aprendizagem ao longo da vida. Que não seja só essa recuperação de percursos escolares ou de qualificação profissional mas, antes de tudo o resto, uma oportunidade para mudarmos a forma como o conhecimento, os saberes, a informação e formação tomam parte integrante, estruturante e efectiva na melhoria do desempenho de cada um dos adultos não só no momento actual como ao longo de um futuro incerto e imprevisível. Urge pois, pensar uma política integrada de resposta à qualificação e valorização pessoal e profissional e não nos limitarmos às conquistas (de valorizar) que foram atingidas. É altura de pensar a longo prazo. Consolidar um projecto é tão importante como o implementar e regular. Se no terreno os Centros Novas Oportunidades começam a pensar em redes de colaboração, precisamos agora, de alertar para a necessidade de políticas articuladas para a integração desta nova realidade que resulte numa efectiva valorização da aprendizagem ao longo da vida. Fica mais uma reflexão.

domingo, 22 de março de 2009

Aprendizagens: Significativa vs Mecânica

«Novak (1980) salienta que a aprendizagem significativa apresenta quatro grandes vantagens sobre a aprendizagem por memorização ou mecânica:

• Os conhecimentos adquiridos significativamente ficam retidos por um período maior de tempo.
• As informações assimiladas resultam num aumento da diferenciação das ideias que serviram de âncoras, aumentando, assim, a capacidade de uma maior facilitação da subsequente aprendizagem de materiais relacionados.
• As informações que não são recordadas (são esquecidas), após ter ocorrido a assimilação, ainda deixam um efeito residual no conceito assimilado e, na verdade, em todo o quadro de conceitos relacionados.
• As informações apreendidas significativamente podem ser aplicadas numa enorme variedade de novos problemas e contextos.»

Fonte: aqui.


sábado, 21 de março de 2009

Júris, Aprendizagens e Processos

Falar de trabalho colaborativo entre Centros Novas oportunidades, quer numa região, quer na troca de recursos e práticas a nível local é falar de qualidade. Quando essa articulação se transforma numa realidade entre diferentes agentes, como empresas ou organizações, falamos de uma efectiva transformação e reconhecimento do processo de RVC.

Estive presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades do IETC. Fazia já algum tempo que não acompanhava este centro. Penso que, por se situar numa zona geográfica diferente das que tenho acompanhado senti a diferença no que concerne ao trabalho realizado. Penso que, cabe aos Centros Novas Oportunidades, criar modelos de trabalho enquadrando-se no público-alvo que “servem” e com isso dar uma resposta de qualidade. Penso que a equipa que encontrei, dedicada e competente, deve criar mecanismos de melhoria do processo em função do público-alvo e dos seus objectivos. O desafio é grande mas a capacidade também.

Estive também presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Três adultos apresentaram o resultado do seu trabalho para certificação de nível Secundário. Tenho que destacar aqui uma situação que registei. Um adulto, com competências evidentes para o processo de RVC, devido a uma auto-estima e receio de “arriscar” mostrou um conjunto de trabalho (obras de pintura) que revelavam a sua imensa capacidade de interpretar o mundo e o que o rodeava. Um excelente trabalho realizado com uma equipa de qualidade.

Estive presente em mais uma sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. Também, três adultos, apresentaram o seu trabalho. Devo registar aqui que nesta sessão uma adulta que tinha já realizado o processo de RVC Básico se apresentou, um ano e pouco depois, para certificação do nível Secundário. Refiro, muitas vezes aos adultos que o processo de RVC Secundário nem sempre é o melhor caminho após a realização do processo de nível Básico. Não era este o caso pois a adulta revelou uma dedicação, um conjunto de competências e uma vontade de aprender que a levaram até a nova sessão de júri. Destaco também a qualidade das apresentações dos dois adultos que realizaram um bom trabalho.

Uma sessão de júri levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Mealhada. Um conjunto de adulto muito interessante apresentou o seu trabalho para certificação do Nível Básico. Tenho que destacar uma apresentação. A do Sr. Joaquim Ramos e Silva. Se a essência do processo RVC é o reconhecimento de competências adquiridas ao longo da vida o Sr. Joaquim Ramos e Silva personificava essa essência quer pela sua história de vida, quer pela forma como articula as aprendizagens em contexto com competências e reflexões pessoais. Os meus sinceros parabéns aos adultos e ao trabalho realizado pela equipa.

Um regresso levou-me a uma sessão de júri ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Arganil. Também já há algum tempo que não acompanhava esta equipa e este centro. A júri apresentaram-se três adultos para o nível Secundário. Tenho que destacar a qualidade, e acima de tudo, a autenticidade dos Portefólios que foram apresentados. Uma equipa que consolidou um trabalho de exigência centrado nessa autenticidade está no caminho de um reconhecimento do processo a nível local e da comunidade. Parabéns aos adultos pelo trabalho que apresentaram e à equipa pelo modelo de trabalho que conseguiram construir.

Por último, uma visita ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Tenho que destacar o dinamismo e a capacidade de trabalho da equipa que, nesta sessão de júri, apresentou o resultado de uma parceria entre o Centro Novas Oportunidades e uma empresa de construção civil, a Socértima, que resultou num trabalho de valorização da aprendizagem ao longo da vida de vários trabalhadores da empresa, assim como, de vários adultos que concluíram a equivalência ao nível básico. Estas parcerias abrem as portas para a qualificação e certificação profissional para muitos trabalhadores e é de valorizar o apoio dado pela empresa a esses mesmos trabalhadores que viram novas portas abrirem-se na sua caminhada para a aprendizagem ao longo da vida.

A todos os adultos e às equipas, o meu reconhecimento pessoal e profissional pela dedicação e trabalho realizado. Sinceros parabéns a todos!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Um recursos: Plano de Desenvolvimento Pessoal

Seguindo um conjunto de passos este recurso cria um Plano de Desenvolvimento Pessoal. Visite clicando na imagem.


quarta-feira, 18 de março de 2009

Competências: É possível formar?

«As competências manifestadas por essas acções não são, em si, conhecimentos; estas utilizam, integram ou mobilizam tais conhecimentos. Uma competência nunca é a implementação racional pura e simples de conhecimentos, de modelos de acção, de procedimentos. Formar em competências não pode levar a dar as costas à assimilação de conhecimentos, pois a apropriação de numerosos conhecimentos não permite sua mobilização em situações de acção. A construção de competências, pois, é inseparável da formação de esquemas de mobilização dos conhecimentos com discernimento, em tempo real, ao serviço de uma acção eficaz. Os esquemas constroem-se ao sabor de uma formação, de experiências renovadas, ao mesmo tempo redundantes e estruturantes, formação essa, tanto mais eficaz quando associado a uma postura reflexiva.
Fala-se, às vezes, em competências apenas para insistir na necessidade de expressar os objectivos de um ensino em termos de condutas ou práticas observáveis; ou seja, retoma-se a tradição da pedagogia do domínio ou das diversas formas de pedagogia por objectivos. A assimilação de uma competência a um simples objectivo de aprendizagem confunde as coisas e sugere, erradamente, que cada aquisição escolar verificável é uma competência, quando na verdade a pedagogia por objectivos é perfeitamente compatível com um ensino centrado exclusivamente nos conhecimentos.»
Fonte: aqui.

terça-feira, 17 de março de 2009

Dossiê/Portefólio: Do papel ao Digital


Fonte e mais informação pode ser consultada aqui: CONSTRUÇÃO DE UM E-PORTEFÓLIO

segunda-feira, 16 de março de 2009

O que é um Portefólio?

Importa sublinhar, antes do mais, que um Portefólio não é um mero repositório de trabalhos "organizados" numa pasta de arquivo ou numa caixa.
O Portefólio é uma colecção organizada e devidamente planeada de trabalhos, reflexões, narrativas produzidos por um adulto, ao longo de um dado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão tão alargada e pormenorizada quanto possível das diferentes componentes do seu desenvolvimento e das suas competências.
Na medida em que o Portefólio é um instrumento de avaliação, pode dizer-se que se trata de um conjunto de elementos, acompanhados de indicações e de comentários estruturados, escolhidos pelo adulto, com a finalidade de demonstrar a evidência e o desenvolvimento das competências. Ou seja, este instrumento permite ao adulto identificar os elementos significativos relativamente a progressão das suas aprendizagens ao longo da vida. Desta forma, este instrumento pode ser entendido como o reflexo do percurso do adulto, ao mesmo tempo que permite aos elementos das equipas dos Centros Novas Oportunidades ajustar as suas intervenções de forma adequada.

Antes do adulto fazer a recolha dos documentos, deve ser informado dos critérios de sucesso e objectivos (podendo criar uma planificação pessoal do PRA) que se espera encontrar no seu portefólio e da reflexão que ai deve incluir. Os critérios podem ser, por exemplo, sobre:
- a apresentação visual/gráfica dos documentos;
- a qualidade da língua/do discurso;
- a organização do portefólio;
- a pertinência dos documentos incluídos.
O Portefólio não é elaborado só para o Adulto. Ele é um instrumento comum entre o Adulto e a Equipa, por isso, deve permitir respostas concretas e saber:
- Situar-se facilmente?
- Perceber porque é que os documentos escolhidos são pertinentes?
- Tem reflexões? De que natureza? Em que medida estão ajustadas às orientações da Equipa? E à História de Vida?

Adaptados dos conceitos encontrados aqui.

Criar uma metodologia: EFA

Vou dedicar algumas reflexões e deixar algumas ideias de fundamento para a teoria que estou a desenvolver para o trabalho na Educação e Formação de Adultos. A ideia de uma teoria/metodologia designada de "Connecting the Dots" (Ligar os pontos) no que concerne à Educação e Formação de Adultos exige alguma reflexão de fundamentação inicial.

Durante alguns anos e acompanhando muitos processos de RVC, vi muitas vezes representações da história de vida, promovidas inicialmente em dinâmicas individuais, que representavam o tempo e a vida como uma linha. Ou como um gráfico. Mas e se o tempo não for linear? E se não passar de uma sequência de acontecimentos a que nós, por uma lógica personalizada, procuramos dar sentido. Lembro-me das leituras das obras de Stephen W. Hawking. Ora, tomemos então como lógico que cada um de nós, com as aprendizagens da vida, nos centramos em momentos que são, para nós, claros, objectivos, emocionalmente válidos e lógicos do ponto de vista das aprendizagens.

Tomemos ainda como ideia de base que, as aprendizagens pela experiência são realizadas num contexto concreto que promove uma competência de actuação nesse mesmo contexto que pode, ou não, ser transferível para outros contextos. Tomemos ainda como base a ideia que muitos destes adultos são, por via do regresso à escola, incluídos num novo contexto: o digital.

Desenho então, com base nestes dois fundamentos uma linha de desenvolvimento para a Educação e Formação de Adultos, tendo por base a teoria "Connecting the Dots".

Tendo por base os princípios fundamentais de um processo de Reconhecimento de Competências, o primeiro passo é “descobrir”, com o adulto, os seus marcos de aprendizagem. Este processo exige tempo, dedicação, humildade e uma imensa capacidade de observação por parte do técnico que acompanhará o adulto nessa “viagem”. Só existe, para esta fase, o caminho da entrevista orientada. Destruindo este termo técnico, o técnico e o adulto devem conversar e pensar. Sobre a história de vida do adulto, mas, acima de tudo, sobre os pontos/momentos de aprendizagem que, ao longo da vida se foram estruturando e consolidando como competências.

Aqui o papel do técnico, como do adulto, será registar esses momentos. Não no sentido de serem uma linha de tempo ou uma história de vida. A ideia é mesmo, tomando com imagens um álbum de fotografias, que o adulto construa esse conjunto de registos, independentes ou sequenciais mas de acordo com a sua própria concepção dos mesmos. Há, no entanto um papel fundamental do técnico. Acompanhar o adulto nesse registo de forma a promover uma forma de dissecar essas vivências e descobrir com o adulto os conhecimentos, aptidões e capacidades. No fundo, o que teremos, no final desta fase é uma história de vida que é um mapa. Um mapa que liga pontos entre si, da forma que o adulto os entende como válidos para si e observando em conjunto com o técnico os saberes adquiridos ao longo da vida. Fica, em imagem, o que poderia ser um desses mapas.

Desenhado este momento, cabe ao técnicos, apoiado pelos formadores, fazer uma análise desses marcos. A proposta de construção de um percurso de formação nasce nesse momento. Tal como o mapa inicial construído pelo adulto a equipa fará um segundo mapa ligando pontos que se transformam em potenciais roteiros de aprendizagem.

O momento seguinte é um processo de negociação entre os objectivos do adulto e o roteiro proposto pela equipa. Se pensarmos no actual momento e implementação do processo de RVC nos Centros Novas Oportunidades, teríamos uma etapa de RVC e outra de formação. Ambas obrigatórias. Complementares entre si. Criadas à medida do adulto e em função de objectivos de aprendizagem claros e prospectivos, ligando pontos da história de vida passada e expectativas para o futuro de acordo com as competências a mobilizar/desenvolver.

E ficam mais umas ideias…

domingo, 15 de março de 2009

Criar uma metodologia: Ideia(s)

Tentar criar uma metodologia/teoria no contexto educativo nunca tem um princípio e um fim definido. Por isso, o fundamental para mim foi encontrar a ideia fundamental.

A ideia fundamental da teoria "Connecting the Dots" está relacionada com a interligação dos conhecimentos e da mobilização dos mesmos para se transformarem em saberes em acção por via da adequação dos contextos de aptidão e estruturação racional.

Passo a explicar a lógica da teoria. Sei que muitos vão perguntar como é que é possível ligar princípios e teorias opostas em algum momento. No entanto, vou tentar explicar o que me serve de suporte à ideia de base e não a sua sustentação teórica em si mesmo.

Lembro-me, quando estudava no 12.º ano, de ter uma professora de Filosofia, creio que o seu nome era Inês, a quem todos temiam o primeiro teste. E temiam porque só tinha uma pergunta. A pergunta era: “O que é uma cadeira?”. A maioria era corrido com negativa. Era por esta via que a professora Inês nos introduzia no mundo das diferentes abordagens sobre os conceitos e correntes da Filosofia. Foi por ai que cheguei às Categorias da Razão de Kant. Eis então um ponto fundamental da teoria que apresento. O homem é um ser racional que, tendencialmente, organiza compartimentando o conhecimento em categorias que lhe reservam uma lógica de existência/inexistência, assim como de utilidade/inutilidade.

Outra componente da ideia desta teoria está relacionada com um princípio simples. Lembro-me de estar, um dia de sol e ao passar na Marginal que liga Lisboa a Cascais, olhar para o farol que se situa perto de Caxias e parar um pouco o carro para olhar para as entradas dos barcos ao largo do Bugio. Reparei que, de acordo com a sua dimensão, objectivo e destino, cada um tomava o seu caminho diferente. Liguei esta imagem à árvore da vida de Klimt. E para a teoria que estou a desenhar tirei duas ideias fundamentais. Que deve existir um caminho de formação de base comum, como o rio ou o tronco da árvore, mas que, cedo, devem entrar as orientações (farol) e as escolhas (ramos). Assim, se falarmos em ensino-aprendizagem, falamos de uma formação de base (colocaria a Língua e a Matemática) e depois, caminhos diferenciados com escolhas entre ofertas de formação, isto é, disciplinas/áreas de competência de escolha livre.

Mas regresso às influências. E lembro-me que, ultimamente tenho lido inúmeras obras de António Damásio. E eis que me podem acusar de chocar Kant ou a lógica de um método com a Emoção explicada por Damásio. Mas o que retiro de Damásio é fundamental para a estrutura de decisão e não para a essência do processo de aprendizagem em si.

“Podemos ser Hamlet durante uma semana ou Falstaff por uma noite, mas tendemos a regressar ao ponto de partida. Se tivermos o génio de Shakespeare, podemos utilizar as batalhas interiores do si para criar o elenco inteiro de personagens do teatro ocidental – ou no caso de Fernando Pessoa, para criar vários poetas diferentes, os seus heterónimos. Porém, ao fim e ao cabo, é um Shakespeare idêntico a si mesmo (e não um dos seus personagens) que se reforma tranquilamente em Stradford, e é um Pessoa idêntico a si mesmo (e não Ricardo Reis) que bebe até ao esquecimento e morre num hospital de Lisboa.” O Sentimento de Si. O Corpo, a emoção e a neurobiologia da consciência, Lisboa, Europa-América, 2000

Ora, é por esta via que, sinto que a orientação vocacional ganha um papel fundamental e que tem sido muito esquecido nas escolas e na educação, quer de adultos, quer de jovens. É esta estratégia que pode apoiar na decisão. Na escolha e na sistematização/planificação de um caminho de aprendizagens para cada aluno/adulto.

E vou terminar este ponto com outra influência. No último ano estive inscrito num Mestrado da Universidade de Aveiro. Multimédia em Educação. Inscrevi-me por via de querer saber mais sobre a Teoria da Flexibilidade Cognitiva. Encontrei, não a explicação, mas a prática. Mas, como é meu hábito, mais do que ir para “aprender”, fui para tomar parte de um movimento que está a surgir. E encontrei, em duas cadeiras, dois fundamentos que considerei extremamente importantes: o conceito/teoria de Connectivismo e o dos marcos de aprendizagem. Curiosamente, este último conceito foi-me apresentado numa das cadeiras que considerei menos interessantes. Do primeiro conceito/teoria retirei a lógica da mudança da aprendizagem colaborativa e em rede que as novas tecnologia potenciam e do segundo um modelo de avaliação sustentado nas conquistas de aprendizagens e analise formativa dessas mesmas aprendizagens.

E que desenho final posso apresentar? Imagine-se o seguinte. Um plano, de estudos/aprendizagens/desenvolvimento de competências, individual, desenhado à medida de um aluno, com uma formação de base comum, num escola onde esta formação de base era secundada por uma oferta múltipla de áreas de competência/disciplinas criadas pela equipa de docentes, quer em áreas científicas, quer em áreas diversar (Das Artes ao Desporto) e que, um aluno/adulto apoiado na sua decisão de desenho de percurso de aprendizagem em função da sua persona seguiria para cumprimento de um percurso de educação/formação. Basicamente, ligando os pontos (Connecting the Dots) entre aprendizagens.

Na educação e formação de adultos o processo seria invertido. O processo de RVC serviria de base para a (re) descoberta das aprendizagens realizadas pela/na sua História de Vida e o desenho de um plano de formação a realizar teria em conta essa mesma aprendizagem e os objectivos de qualificação desenhados. Sobre esta vertente falarei no próximo texto.

Ficam algumas ideias.

sábado, 14 de março de 2009

Um blog a visitar.

Partilho neste blog, outro, de um colega Avaliador Externo e dedicado companheiro na intervenção no campo da Educação e Formação de Adultos.

«Há mais de 20 anos que estou ligado à formação e educação de adultos, como animador cultural, professor, formador e coordenador concelhio do ensino recorrente e extra-escolar. Desde 2003 tenho também desempenhado funções de avaliador externo nos processos de RVCC. Tem sido pois uma vida dedicada à educação e formação de adultos. Desde cedo aprendi a respeitar estes homens e mulheres que, contra todas as adversidades, lutam por uma melhor valorização e qualificação escolar e profissional.» Júlio Sá.

A visitar, aqui:

Júris, Reunião e Reflexões em Rede.

Cada vez mais a articulação entre a procura de finalização de um percurso de qualificação e a orientação pós-processo se torna necessária. Esta visão, complementada com a introdução dos Planos de Desenvolvimento Pessoal pode ser uma verdadeira estratégia de desenvolvimento de uma concreta aprendizagem ao longo da vida que se inicia com o processo de RVC.

Estive presente numa sessão de júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. Seis candidatas ao Nível Secundário realizaram as suas apresentações finais do seu projecto. Tenho que destacar o excelente trabalho que a equipa tem desenvolvido e partilho aqui um instrumento utilizado, designado de “Narrativa Digital” e que resulta de uma verdadeira integração da História de Vida no contexto do processo de RVC. Parabéns à equipa pelo trabalho de mobilização de competências que realizou com cada uma destas candidatas.



Estive também presente numa sessão de Júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Fernando Namora em Condeixa. Quero destacar, neste momento, o trabalho realizado pela equipa na preparação e articulação entre áreas. Quero também deixar uma palavra especial às profissionais Dra. Maria João e Dra. Vânia, pelo excelente acompanhamento que fazem ao longo do processo, a cada um dos adultos que, de forma muito positiva apresentaram os seus projectos. Destaco também, a necessidade de consolidação das boas-práticas, a fazer, para consolidação do processo, mecanismo que todos os Centro deviam ter em consideração.

Estive, por convocatória da ANQ, num encontro para Avaliadores Externos e apresentação da plataforma que nos está destinada. É de salientar o bom trabalho que está a ser realizado neste campo. Sempre referi que, enquanto Avaliador Externo, sentia que a tutela não tinha a completa consciência do valor que podia e pode ter o nosso papel no âmbito do processo. Tenho que destacar as palavras de justificação com a implementação do processo de RVC de Nível Secundário e aposta na formação dos Técnicos de Diagnóstico e Encaminhamento que se compreendem para uma organização que, ao mesmo tempo que se estruturava, tinha que dr resposta a todas as questões com estes dois campos de actuação. Destaco agora, como foi referido, que o papel do Avaliador Externo será reforçado e a relação/comunicação entre ANQ e a equipa de Avaliadores Externos será uma realidade. Desejo que o mesmo se passe entre os Avaliadores Externos entre si, pois será uma mais-valia fundamental para a criação de redes entre Centros.

Outra visita ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Desta vez numa sessão de júri deslocada da escola e que teve lugar em Santa Catarina, perto de Vagos. Tenho que destacar a capacidade que a Dra. Marília e a equipa de formadores teve de, no período de um ano, para o nível básico, fazer um trabalho sustentado, com um concreto e correcto acompanhamento dos adultos em processo de RVC, promovendo uma efectiva tentativa de desenvolvimento de uma consciencialização da importância da aprendizagem ao longo da vida. É preciso, por vezes, fazer estes júris fora do contexto urbano para entendermos o verdadeiro afastamento da escola que muitos adultos tiveram até surgir o processo de RVC como forma de “regresso” à escola. Parabéns pelo trabalho realizado.

Por último, estive numa reunião de trabalho, “convocada” por mim, com os Centros Novas Oportunidades das escolas: Escola Secundária da Anadia; Escola Secundária da Mealhada; Escola Secundária Marques Castilho (Águeda) e Agrupamento de Escolas da Pampilhosa. Numa sexta-feira, dia 13, às 18.00 horas na Escola Secundária da Anadia. Estiveram presentes todas as equipas. Só por si, pela dedicação destas equipas, este momento teria sido um sucesso. No entanto, quero partilhar que este encontro teve como ideia a criação de uma rede entre estes Centros. A verdade é que, o facto de eu ser Avaliador Externo destes centros permitiu que, pela primeira vez, e durante cerca de duas horas, as equipas fossem trocando ideias, metodologias de trabalho, dúvidas e ideias. Deste encontro vai nascer a plataforma (Rede MAPA). Esta rede tem como objectivo a partilha de documentação, recursos, informações, ofertas formativas, soluções de resposta conjunta. Tendo sido esta uma primeira experiência que tentei com este centros, quero destacar a abertura que todos tiveram na partilha de experiências e dúvidas. Obrigado às equipas por este momento que, para mim, foi também de aprendizagem.

Por último, e como é hábito, a minha palavra de parabéns vai para cada um dos adultos que, nas sessões de júri, apresentaram as suas ideias, histórias de vida e partilharam aprendizagens. Os meus sinceros parabéns e votos de sucesso futuro.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Criar um Metodologia: Fundamentos.

Dos 5 fundamentos que defini para esta metodologia vou destacar três. 

a)  O processo de aprendizagem, assim como, do desenvolvimento de competências exige tempo. Esse tempo não é essência em si mas, fundamentalmente, um mecanismo de apropriação e consolidação de conceitos estruturantes.
b) Existe, no processo de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento de competências em contexto, uma necessária consolidação de capacidades de gestão da adaptação dos conhecimentos e saberes.
c) A comunicação e a informação surge como um instrumento integrado de Gestão do Conhecimento no processo de aprendizagem e de desenvolvimento de competências.


quinta-feira, 12 de março de 2009

Criar uma Metodologia: Introdução

Durante os últimos anos acompanhei inúmeras equipas que, nos Centros Novas Oportunidades, implementavam o processo de RVC. Fui registando ideias, conceitos, métodos de trabalho e agora, depois de quase 10 anos a pensar a questão da implementação do processo de RVC e da introdução das Competências em contexto escolar, vou, nos próximos 4/5 dias, explicar a base de uma metodologia de trabalho para a Educação e Formação de Adultos a que chamarei de "Connecting the Dots" (Ligar pontos). O que farei nestes 5 (estou a pensar serem 5) textos, será apresentar os fundamentos da metodologia. Assim, o primeiro está relacionado com os mapas conceptuais.

«Os mapas conceptuais decorrem naturalmente da teoria de aprendizagem de David Ausubel, psicólogo educacional da linha cognitivista/construtivista que destaca a aquisição de conceitos claros, estáveis e diferenciados como factor preponderante na aprendizagem subsequente."

 
Na minha formação académica fui obrigado a realizar uma cadeira de Psicologia Educacional e não sendo a minha formação de base nesta àrea mas sendo obrigatória para a formação para professor que segui e a que sempre espero estar ligado, na altura não considerei muito relevante o seu conteúdo. Lembro-me, por seu lado, de uma conversa no café, com o Prof. Carlos Barreiras, sobre estes mapas conceptuais que me despertaram a curiosidade. Foi agora, muitos anos mais tarde, ao encontrar um texto de Steve Jobs que algumas ideias fizeram sentido. A ideia de criar uma metodologia, de raiz, foi-me proposta por um aluno. Disse-me que seria interessante que as ideias que partilhava com eles sobre a forma como tentava organizar o conhecimento para partilhar com ele fosse sistematizada. Assim, o que vou fazer aqui é mesmo isso. Explicar a lógica do nascimento dessa metodologia, de onde vêm o conhecimento que a sustenta, onde fui buscar a experiência para a criar e como a organizo na prática. Foi esse aluno também que, quando lhe recomendei um vídeo, este, sobre a criatividade, me colocou nova questão de saber porque é que eu, enquanto seu professor, não fazia o que lhe estava a indicar. Por isso, aqui está. Nos próximos dias tentarei fazer nascer neste blog essa metodologia e explicarei o meu pensamento e lógica até à sua conclusão. Espero ter, ao longo desta viagem, companheiros desse lado, para comentários...

"Ensino Profissional, Referenciar o Passado e Perspectivar o Futuro"

A Associação Nacional de Ensino Profissional (ANESPO) promove, no dia 13 de Março, o Seminário Nacional "Ensino Profissional, Referenciar o Passado e Perspectivar o Futuro", que decorrerá no Auditório da Fundação Cidade de Lisboa, no Campo Grande, em Lisboa. Este seminário insere-se no âmbito das comemorações do 20 º aniversário do ensino profissional, correspondendo a uma das actividades protocoladas com a Agência Nacional para a Qualificação, I.P. 
Com esta iniciativa, a ANESPO pretende dar início a uma reflexão sobre o balanço da experiência destes últimos 20 anos e ainda sobre os desafios do futuro. De entre os convidados, destacam-se actuais e antigos governantes e representantes dos grupos parlamentares de diferentes partidos representados na Assembleia da República.
A sessão de abertura é às 10 horas e conta com as intervenções de Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, de Luís Capucha, Presidente da ANQ e, ainda, de José Luís Presa, Presidente da Direcção da ANESPO.
Às 11 horas, tem início o primeiro painel, intitulado "Referenciar o Passado: Os últimos 20 Anos", com intervenções de Eduardo Marçal Grilo, ex-Ministro da Educação e actual administrador da Fundação Gulbenkian, e de David Justino, também ex-Ministro da Educação e actual assessor do Presidente da República para as questões sociais.
No período da tarde, às 14h30, começa o segundo painel, designado "Perspectivar o Futuro do Ensino Profissional". Neste painel participam Paula Barros, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista; Pedro Duarte, do Grupo Parlamentar do Partido Social-democrata; Miguel Tiago, do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português e, ainda, representantes dos grupos parlamentares do Partido Popular e do Bloco de Esquerda, a designar.
Às 17 horas, realiza-se a sessão de encerramento, proferida por Jorge Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da Educação, e por de Manuel Pisco Lopes, Presidente da Assembleia Geral da ANESPO. 

Para mais informações e inscrições:

ANESPO - Associação Nacional de Ensino Profissional
Avenida 5 de Outubro, 176 - 1º Esq.
1050 - 063 Lisboa
Telf.: 217 818 320

terça-feira, 10 de março de 2009

Competências: 4 ideias

«1- Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação. Portanto, para constatá-la, há que considerar também os conhecimentos e valores que estão na pessoa e nem sempre podem ser observados.

2- Competências e capacidades pertencem à mesma família. A diferença entre elas é determinada pelo contexto. Uma capacidade, num determinado contexto, pode ser uma competência, por envolver outras sub-capacidades mais específicas. Por exemplo: a competência de resolução de problemas envolve diferentes capacidades — entre elas a de buscar e processar informação. Mas a capacidade de processar informações, em si, envolve capacidades mais específicas, como leitura de gráficos, cálculos etc. Logo, dependendo do contexto em que está sendo considerada, a competência pode ser uma capacidade. Ou vice-versa.

3- Para ser competentes, precisamos dominar conhecimentos. Mas também devemos saber mobilizá-los e aplicá-los de modo pertinente à situação. Tal decisão significa vontade, escolha e, portanto, valores. E essa é a dimensão ética da competência. Que também se aprende, que também é aprendida.

4- A capacidade de tomar decisões e a experiência estão estreitamente relacionadas na operação de uma competência. Tomar uma decisão, muitas vezes, implica certo grau de improvisação, mas uma improvisação orientada pela experiência. Não é por outro motivo que um piloto treina centenas de horas de voo antes de ser considerado apto a comandar um Boeing. É essa experiência que dá ao piloto condições de tomar uma decisão pertinente.

Em resumo: a competência só pode ser constituída na prática. Não é só o saber, mas o saber fazer. Aprende-se fazendo, numa situação que requeira esse fazer determinado. Esse princípio é crucial para a educação. Se quisermos desenvolver competências nos nossos alunos, teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos abstratos e fora de contexto. É preciso que eles aprendam para que serve o conhecimento, quando e como aplicá-lo. Isso é competência.»
Fonte: Competências: Ainda!

A razões do que fazemos e como fazer melhor?

Uma visão global das Competências



«Recentemente temos percebido três grandes tendências explicitas no mercado de trabalho e que se refletem na educação. A primeira se refere ao uso cada vez maior das tecnologias da informação e da comunicação, sobretudo a Internet. A facilidade na busca de informação e a interactividade que esse meio oferece tem ampliado o seu uso nas instituições de ensino. A segunda tendência é a modificação do comportamento dos indivíduos, sua relação com o mundo e com sua vida social. Palavras como colaboração, cooperação, autonomia, têm sido constantemente utilizadas nos discursos educacionais e profissionais apontando para uma mudança de actitude. A necessidade de manter-se sempre actualizado fez da busca de informação e do aprendizado constante uma realidade. A terceira e última tendência observada é o requerimento, pelo mercado de trabalho num mundo globalizado, de profissionais com novas competências e habilidades. Flexibilidade, disposição para mudanças, tomada de decisão, são hoje apontadas como competências essenciais ao exercício pleno da cidadania.»
Fonte: aqui.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Plano de Intervenção Individual: Documento(s)

Na sequência da apresentação criada para procurar operacionalizar a Orientação para a Validação de Aprendizagens Formais, criámos dois documentos de apoio e suporte ao registo das validações a realizar na reunião formal por parte das equipas. Os documentos apresentados servem como registo final e fundamentação das decisões tomadas. Assim, partilhamos o Plano e Intervenção Individual para o RVCC Básico e Plano de Intervenção Individual para o RVCC Secundário. Ambos os documentos estão disponíveis para download e podem/devem ser melhorados, adequados e adaptados.

Destaco a ideia que, apesar da existência destes planos e de outros instrumentos, o fundamental é o contacto com o adulto e a articulação entre a História de Vida e as Competências adquiridas. Assim, a formalização da validação ou não, deve ser um momento e não uma essência em si mesma destacando as estratégias de articulação das áreas de competência-chave pelos formadores e do trabalho em contexto com o adulto pelos/as profissionais.

Aviso: Que não se esqueça o processo de RVC

Penso que é o momento de fazer esta reflexão e publicar uma posição que tenho tido publicamente e que penso ser útil esclarecer. Tenho assistido, nos últimos anos mas principalmente no final do ano passado e início do presente, a um fenómeno que achei curioso inicialmente e começo a achar preocupante neste momento. Durante muitos anos ouvia falar, aos adultos e às equipas, no processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). Hoje, este conceito foi substituído por outro… As Novas Oportunidades. O que se ouve é algo como: “Eu vim para as Novas Oportunidades.” ou “ Estou a completar o 9.º ano pelas Novas Oportunidades.”. Não nego a importância de uma “imagem de marca”. Não nego também que foi, devido a um estratégico uso da publicidade e marketing que a Iniciativa Novas Oportunidades teve/tem o sucesso que actualmente se verifica. Mas não posso deixar de alertar que, em alguns casos, o conceito essencial em que esta iniciativa assenta se está a perder. Isto é, a essência do processo de RVC, assente numa metodologia de Balanço de Competências está na base dos percursos de qualificação que os Centros Novas Oportunidades oferecem aos adultos e não qualquer outra coisa que, entre orientações técnicas, metas, desvios metodológicos introduzidos pela organização demasiado formal do processo e outras influências que tais tendem a deformar de tal forma a lógica essencial do processo que os próprios adultos deixam de falar de Reconhecimento de Competências e passam a falar em Certificação e Novas Oportunidades. Temos que, enquanto profissionais de rigor e da Educação, pensar prospectivamente e começar a procurar usar conceitos para o futuro como a ideia da Aprendizagem ao Longo da Vida e das Competências como “Saberes em Acção”. É por isso que, quando digo que é preciso pensar sempre “fora” do conceito “Novas Oportunidades”, falo nesta capacidade que podemos ter, equipas, tutela e avaliadores de efectivamente não fixar a qualificação/certificação adquirida num projecto/iniciativa que é determinado por um momento social e/ou político e desenharmos um projecto que teve este ponto de partida mas que terá o seu futuro numa estratégia sustentada de resposta no âmbito da Aprendizagem ao Longo da Vida como mecanismo continuo e continuado de valorização das aprendizagens e da educação/formação de adultos em Portugal. Fica uma reflexão em jeito de aviso…

domingo, 8 de março de 2009

Operacionalizar a Orientação sobre Aprendizagens Formais

Tenho acompanhado as várias equipas dos Centros Novas Oportunidades com que trabalho na implementação da Orientação sobre Aprendizagens Formais. Tenho encontrado equipas que desejam realizar um trabalho sério e adequado ao contexto de implementação da validação destas aprendizagens formais no âmbito do processo RVC. Deixo uma apresentação que pode ajudar na operacionalização e organização do trabalho. Em breve publicarei um modelo de Plano de Intervenção Individual.



sábado, 7 de março de 2009

Júris, Sessão de trabalho, Encontros, etc...

O processo de reconhecimento de competências assenta no princípio das competências vistas como “saberes em acção”. Esta visão leva a que, o processo de construção de um portefólio assente na reflexão sobre a forma como o conhecimento se transforma em saber-fazer, assim como, a reflexão em torno da mobilização de novas competências pode melhorar esse mesmo saber-fazer nos diferentes contextos de actuação do adulto.

Fiz, uma visita, ao Agrupamento de Escolas de Maceira, no âmbito de um convite que a Dra. Isabel Santos, formadora de CLC e LC me colocou, para ir conhecer os formandos do curso EFA Básico. Encontrei, como já esperava, um conjunto de pessoas dedicada, interessada e acima de tudo, para quem a aprendizagem se mostrou como algo de muito importante e relevante na sua vida. Foi com agrado que soube que estão a preparar actividades integradas na comemoração do 25 de Abril e que, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, irão visitar as turmas de CEF e outras, lendo textos seleccionados. Parabéns pelo trabalho realizado e pelo dinamismo!

Estive também no Encontro EFA- NS, promovido pelo Centro Novas Oportunidades da Gafanha da Nazaré. Tenho que destacar o dinamismo da Dra. Isabel Campos que coordena uma equipa excepcional e que realizaram um dos melhores encontros sobre Cursos EFA e RVCC em que estive presente. Quer pelas ideias partilhadas, quer pela informalidade do debate, quer pela inovação e reflexão em torno de práticas e partilha de recursos de apoio. Parabéns pela organização e pelo trabalho realizado.

Estive também, num primeiro encontro com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal. Foi uma primeira reunião para conhecer a equipa e trocar ideias sobre a metodologia de trabalho. Tenho, neste campo, uma atitude sempre prudente, uma vez que, considero fundamental, na função de avaliador externo e quando este trabalha com mais do que um CNO numa mesma região, que dar a conhecer e eticamente cumprir princípios de auto-regulação da sua própria actividade. Uma vez que colaboro há alguns anos com outro CNO na mesma região devo ter em conta que um e outro conhecem a minha actividade. Por outro lado, encontrei uma equipa jovem e que me pareceu estar à procura de um apoio para melhoria do processo e um centro com muito boas condições logísticas e de organização. Espero poder ajudar e em breve conhecer mais da actividade desenvolvida.

Fui ainda, visitar a Dra. Patrícia Amado por me encontrar em Pombal ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. Encontrei um conjunto de adultas que preparavam a sua apresentação para a sessão de júri. É sempre muito interessante para mim estas visitas, mesmo que por um tempo curto, como o foi, para conhecer as dinâmicas do processo.

E mais um júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Como falei já deste CNO em textos anteriores vou partilhar uma reflexão de uma adulta em sessão de júri. Dizia ela que, ao contactar o médico por causa de uma doença do seu filho, soube explicar a causa de uma doença, assim como, as suas consequências porque, para o processo de RVCC tinha elaborado uma pesquisa orientada integrada no seu PRA. Dizia a adulta que, pela primeira vez se tinha sentido capaz e importante por saber estar à altura daquela conversa. São estes pequenos registos que demonstram que um processo tem qualidade quando é feito com rigor, reconhecimento e dedicação.

Estive também presente numa sessão de trabalho com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Mealhada. Estes momentos de reflexão conjuntos com as equipas são fundamentais para entender e poder transferir entre entidades algumas boas práticas, assim como, registar algumas das dificuldades no terreno que as equipas vão tendo ao longo do tempo de acordo com as orientações, práticas e implementação do processo de RVCC. Destaco, desta sessão de trabalho, a dedicação que esta equipa sempre demonstrou para procurar realizar um trabalho de excelência, reformulando práticas e estratégias e melhorando as metodologias de trabalho. Parabéns pela capacidade de inovação e (re)construção sempre tendo em vista a melhoria contínua do processo.

Outra sessão de trabalho levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Marques Castilho. O assunto de debate estava relacionado com a orientação técnica para o reconhecimento das aprendizagens formais. Tenho sempre uma posição que procura ser clara em relação à função do Avaliador Externo. A minha função não é de orientar as práticas dos Centros Novas Oportunidades. É de assegurar que o que se encontra a ser promovido pela ANQ como entidade tutelar e as práticas são similares e adequadas. O trabalho realizado por esta equipa em torno da orientação resulta da leitura que alguns centros fizeram e que precisa ser desmistificada. A validação de aprendizagens formais não pode, num contexto de RVC, ser imediata nem directa. Penso que a equipa, após reflexão, encontrou um caminho de trabalho e seguirá com o objectivo de realizar um trabalho, como o vinha a fazer, de rigor, qualidade e adequação.

Por último, uma sessão de júri levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Tenho que destacar a evolução muito positiva nas práticas de organização do processo de RVC que verifiquei neste centro. Sendo um centro recente tem demonstrado uma atitude, práticas e metodologias de trabalho com os adultos e em função do reconhecimento de competências muito positivo. O trabalho apresentado pelas cinco adultas presentes a júri foi muito original e muito bem integrado nas histórias de vida apresentadas. Fica o meu reconhecimento pessoal e profissional pelo trabalho dedicado de uma equipa com uma boa apropriação do processo. Parabéns também às adultas que terminaram o seu processo de equivalência ao nível básico (9.º ano) pelas excelentes apresentações realizadas naquele dia.