sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Na tomada de posse da nova direcção da ANQ...

«O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social salientou hoje que o programa de requalificação Novas Oportunidades está a ter uma boa adesão, pois já envolveu 10 por cento da população activa, num total de 500 mil cidadãos.

"O programa Novas Oportunidades está a contar com uma grande mobilização da população activa, pois em tão curto tempo já envolveu 10 por cento da população activa portuguesa", disse José António Vieira da Silva na tomada de posse dos novos dirigentes da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).

Segundo o ministro, este envolvimento têm ainda uma grande margem de crescimento, o que representa um desafio para o Governo.

"Mais de 500 mil cidadãos do nosso país responderam ao apelo do Governo, com elevadas expectativas, o que representa um desafio para todos nós, pois temos de dar uma resposta rápida e de qualidade a estas expectativas", disse Vieira da Silva.

No final da cerimónia o ministro do Trabalho disse aos jornalistas que o programa Novas Oportunidades está a ter "um impacto muito positivo" e que as pessoas que têm sido envolvidas na requalificação fazem uma avaliação muito positiva dos resultados obtidos - tanto os trabalhadores requalificados como como os seus empregadores.

Para ter uma noção mais precisa dos resultados deste programa na vida das pessoas que a ele aderiram o Governo encomendou um estudo à Universidade Católica e espera ter dados preliminares no início de 2009.

O programa de requalificação Novas Oportunidades, apresentado em Setembro de 2005 pelo primeiro-ministro, é tutelado pelo Ministério do Trabalho e pelo Ministério da Educação.

A ministra da Educação aproveitou a cerimónia de posse dos novos dirigentes da ANQ para salientar a "difícil missão", mas "muito interessante" que é a gestão da área da requalificação por dois ministérios.

Maria de Lurdes Rodrigues considerou que a responsabilidade da formação e da educação não é só do Governo e lembrou alguns números para ilustrar a dimensão do desafio da requalificação.

"Cerca de 3,5 milhões de adultos não completaram o ensino secundário e 50 por cento dos jovens abandonam a escola sem completarem a escolaridade mínima obrigatória", afirmou a ministra.

"Meio caminho está feito, agora é preciso continuar", defendeu Maria de Lurdes Rodrigues, referindo a importância das Novas Oportunidades e da ANQ.

O novo presidente da ANQ, Luís Capucha, salientou a importância da missão da Agência tendo em conta que a qualificação da população portuguesa "é a prioridade política para o desenvolvimento do país".

Segundo dados do Ministério da Educação, só 20 por cento da população adulta portuguesas (entre os 25 e os 64 anos) completou o ensino secundário.

Nos países da OCDE esta percentagem ronda os 70 por cento.

Dos cerca de 5 milhões de portugueses que integram a população activa, metade tem menos que a escolaridade obrigatória.

Portugal tem mais de 485 mil jovens a trabalhar sem o ensino secundário completo e mais de metade destes (mais de 266 mil) não concluíram a escolaridade obrigatória.»

Fonte: LUSA

1 comentário:

Mafalda Branco disse...

Desejo as maiores felicidades à nova Direcção da ANQ! Este é sem dúvida um momento histórico em que temos a "oportunidade" de participar, no entanto, é necessário não perder de vista a credibilização do processo, que não se consegue (apenas) com a concretização de metas, mas também, e sobretudo, com a divulgação de boas práticas e de casos de sucesso. Penso que é necessário dar uma nova visibilidade à Iniciativa, já todos a conhecem, é preciso agora que a compreendam e que se vejam resultados concretos, principalmente na vida das pessoas que concluem os processos e desejam continuar a investir na sua qualificação... Se isso não acontecer ficaremos sempre muito atrás dos outros países, não nos números, mas na relevância que é dada à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
Mafalda Branco