domingo, 11 de março de 2012

A Educação de Adultos na prevenção da Exclusão Social

Na página de “O Direito de Aprender” é feita referência ao projeto EDAM (Education Against Marginalisation), o qual mostrou que depois de os adultos participarem num projecto de Educação de Adultos (aproximadamente quatro meses):
  • 44,2% dos participantes revelavam um melhor domínio de competências básicas de vida (ativação) e manifestavam um maior espírito de segurança, felicidade e controle (interiorização);
  • 37,4% participavam mais na comunidade (participação) e experimentavam mais interações sociais (conexão) do que antes do programa.
A exclusão social é uma ameaça social, levando a que muitos cidadãos, para além de pouco participarem economicamente, tenham de ser enquadrados em longos programas de reintegração no mercado de trabalho a que correspondem elevados custos.
Uma sociedade com uma alta percentagem de pessoas socialmente excluídas paga, por isso, um preço alto quer social quer economicamente. Esta situação pode ser evitada através do investimento na educação: um investimento no futuro.

Da mesma forma, a existência de cuidados com a saúde e o bem-estar de cidadãos socialmente excluídos implica um aumento crescente dos custos com os serviços de saúde.
Pessoas socialmente excluídas também não têm acesso suficiente a recursos materiais. Não criam tantas relações sociais com os vizinhos nem com a comunidade, sentem-se incapazes e pouco motivados para mudar a sua situação, não participando em atividades cívicas.
17% dos cidadãos europeus são considerados como estando em risco de pobreza extrema e dentro deste valor encontram-se grupos vulneráveis, como crianças, idosos, desempregados, minorias étnicas ou imigrantes e pessoas com deficiência que enfrentam um risco muito maior de serem excluídos (Wolff, 2010).


Exemplos de boas práticas de Educação de Adultos demonstram ter um elevado impacto na inclusão social:
  • ABC-café” (Áustria) – ajudou os imigrantes que vivem em comunidades rurais a aprender a língua e a familiarizarem-se com o sistema escolar, os regulamentos e ofertas do governo".
  • "Computador ao pequeno-almoço" (Dinamarca) – ajudou os idoso a superar a exclusão digital, aprendendo num ambiente social adaptado às suas necessidades e objetivos.
  • Base de dados para imigrantes de países terceiros" (Roménia) – contribuiu para identificar os problemas mais importantes dos imigrantes e para obterem apoio.
  • "Oficinas Profissionais" (Grécia) – consistindo num banco de dados, contém CVs, um spot de rádio e cartazes para sensibilizar e aumentar o conhecimento dos empregadores sobre os cegos para estes terem mais oportunidades de conseguir um emprego.
Investir na Educação (de Adultos) é, efetivamente, uma forma de apetrechar os cidadãos com ferramentas que os permitam combater a erosão do saber e derrubar as barreiras do obscurantismo.

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