segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

INO: o lado positivo


Numa altura em que se (re)define o campo da Iniciativa Novas Oportunidades, imprimindo-lhe uma nova pontuação… regida por dúvidas, pautada por reticências (o que virá?...) e vestida com alguns pontos e muitas vírgulas, urge olhar para os contributos significativos com que o Programa revestiu o tecido social do País.
É precisamente o que sublinha o Conselho Nacional de Educação (CNE) ao considerar que o Programa deu um «forte contributo» no aumento da qualificação dos portugueses, mas precisa de avaliação externa e estabilidade nas equipas.
Na apresentação do estudo “Estado da Educação 2011”, a presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, frisou que aquele organismo «não avaliou» o programa, mas do acompanhamento que fez dele concluiu que «certamente os portugueses têm mais qualificações» do que há dez anos.
No entanto «os níveis de escolarização e qualificação dos portugueses são ainda muito baixos» se comparados com as médias dos outros países da União Europeia, reconhece o Conselho.
«Considero que há uma dívida da democracia e do país para com as pessoas que abandonaram a escola», afirmou Ana Maria Bettencourt, salientando que a existência de programas como as Novas Oportunidades motivaram uma «reconciliação com a escola» de adultos que não tinham concluído os estudos por insucesso ou pobreza.
Mas são precisos «mais dados sobre a qualidade dos processos» de formação, defende o Conselho, salientando que «na última década mudaram muito e precisam de ser avaliados e estabilizados».
As equipas pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades também precisam de ter estabilidade, recomenda o CNE, apontando ainda a necessidade destes centros colaborarem com outras entidades da área da formação e educação.
Ana Maria Bettencourt indicou também que as empresas devem começar a reconhecer mais «o valor acrescentado» da formação, ajudando também os seus trabalhadores a aumentar as suas qualificações.
«É preciso avançar na certificação profissional, aí estamos muito atrasados», indicou. Nas suas recomendações deste ano, o CNE reitera a necessidade de as políticas de educação terem «continuidade» e não estarem sempre a mudar, de haver um «plano para o desenvolvimento educativo» que defina onde se quer estar e o que se quer fazer.
Fonte: aqui

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