sábado, 26 de novembro de 2011

Sugestão de leitura


Foi recentemente publicada uma colectânea de textos de vários autores portugueses, sob o título “Ensaios pela Democracia, Justiça, Dignidade e Bem-Viver”.
Em tempos pós-neoliberais, quando as lógicas mercantis capitalistas são ainda dominantes, é um conforto encontrar uma obra que elabora e retrata alternativas teóricas e práticas ao carácter hegemónico dessa economia e das suas influências no bem-viver de todos e de cada um de nós.
Este livro com organização de Teresa Cunha, docente na Escola Superior de Educação de Coimbra, mostra-nos outros mundos de saberes que vêm à luz pela ousadia e lucidez de pesquisadoras/es que apreendem e descrevem práticas vivas, quer através de sua interpretação teórica, quer pelo universo imagético que constroem, quer pelas falas que reproduzem nos seus textos. Com elas e eles:
  • tem-se acesso a ensaios de uma democracia que se deseja;
  • objetiva-se e procura-se dar corpo a uma democracia construída dentro de uma ciência económica pós capitalista e crítica;
  • descobrem-se e fazem-se emergir formas de convivência humana suavizadas pela democracia participativa e de alta intensidade;
  • coloca-se em prática a “prática de pensar a prática”;
  • questiona-se a democracia que se tem e a que se deseja alcançar.
No conjunto dos textos, percebe-se também o sentido da compaixão: fazer o que podemos fazer, da forma que sabemos fazer, para aliviar o estado de sofrimento produzido pela desigualdade social. E, ao mesmo tempo, contribuir para (trans)formar rebeldes emancipadas/os e esclarecidas/os.

1 comentário:

Mário Ferreira disse...

As Novas Oportunidades não são um fim, mas um meio de dinamizar e incentivar a aprendizagem. Aprendi a recordar episódios ocorridos ao longo da vida.
A vida vai-se organizando para uns, ou desorganizando para outros. E, com caminhos mais ou menos tortuosos, lá entramos na fantástica história da vida, onde tudo gira em nosso torno não existe mais nada, nem mais ninguém: o mundo esta precisamente centrado no nosso umbigo.
Quando chegamos à fase do trabalho, ai chega o choque o mundo é injusto, difícil, cheio de regras, de jogos que não sabemos jogar.
Ou nós começamos a entrar no “sistema”, ou assim a vida encarregasse de nos mostrar como podemos nela navegar.
Por isso costumo dizer no dia em que não acreditar em mim e que vale a pena deixarei de ser eu.