terça-feira, 4 de maio de 2010

Como podemos melhorar?...

«Os adultos reconhecem a importância da sua participação nos programas de educação de adultos e valorizam a Iniciativa Novas Oportunidades mas confessam que os impactes reduzidos no emprego e na própria empregabilidade constituem uma decepção. É nessa base que preconizam ligações mais estruturadas da Iniciativa ao mundo do trabalho. Esta avaliação diz respeito quer à frequência de acções estruturadas, como os Cursos EFA – Educação e Formação de Adultos, quer à participação em processos de reconhecimento e validação de competências (RVC) que, de uma forma geral, são acompanhados por acções formativas de curta duração. Estamos a considerar, para efeitos desta avaliação, o campo da participação formal, naquela que é estruturada pela lógica do diploma e da certificação, sabendo-se que neste domínio existem abordagens e modalidades flexíveis que incorporam alguma informalidade. Mas a participação em espaços mais informais de educação e formação de adultos não é aqui tida em conta.

Duas conclusões:

“É nos ganhos do Eu que quase tudo se joga no que concerne a consequências da passagem pela Iniciativa Novas Oportunidades”;

“Dois terços dos sujeitos que frequentaram a Iniciativa Novas Oportunidades dizem não ter recebido reconhecimento no local de trabalho”.

Estas duas afirmações, presentes no Relatório de Avaliação Externa realizada em 2009 por uma equipa multidisciplinar coordenada por Roberto Carneiro (ex-Ministro da Educação), ilustram bem as questões fundamentais que estão em jogo quando falamos da avaliação dos sistemas pelos próprios adultos.
Sabendo-se que existem elementos extremamente positivos e que a medição de impacte revela alterações substanciais nas próprias vidas dos participantes, quer no plano afectivo quer ainda no reconhecimento social, importa aprofundar as pistas que indiciam potencialidades de melhoria e ouvir os adultos sobre os campos de progressão do sistema.»

Carlos Ribeiro, InfoNet

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