domingo, 17 de maio de 2009

Sobre os Júris Parciais: Uma reflexão urgente.

Tenho assistido e estado presente em várias Sessões de Júri para processos de validação/certificação parcial. Tenho que destacar alguns cuidados que devem ser fundamentais para assegura que a posição do adulto está, nestes casos, sempre devidamente assegurada e devidamente respeitada na sua correcta intervenção para a construção de um percurso de qualificação pós processo.

Deixo três ideias fundamentais:

a) Os adultos ao terminarem o processo de RVCC entraram num percurso de qualificação. A certificação emitida é de um certificado de qualificações. A escolaridade inicial transforma-se num percurso novo, pelo que, as equipas devem ter em consideração este factor quando propõe o adulto, por exemplo, com um nível secundário (ex. 11.º ano) para certificação com um número de créditos reduzido. Para melhor entender é preciso reler uma das perguntas/respostas frequentes emitadas pelas ANQ: «Quando um adulto termina um processo RVCC não tendo validado todas as competências da componente de base, é-lhe passado um PPQ (Plano Pessoal de Qualificação) onde estão inscritas as UC/UFCD que ele terá que frequentar num percurso EFA para obter a qualificação total. Por exemplo: um adulto que, num processo RVCC, consegue validar 16 das 22 UC da componente de base (32 competências = 2*16), necessita de ser encaminhado para um percurso EFA para poder validar as restantes 6 UC. Nesse caso, o adulto terá de percorrer as outras 6 UC/UFCD (24 competências) em formação (300 horas), mas só necessita de validar 12 das 24 competências. Isso dar-lhe-ia 32+12 = 44 competências, ou seja o mínimo para a certificação.»

b) Os adultos precisam de um conjunto válido e útil de informação, por exemplo, sobre o funcionamento dos Cursos EFA. Muitas vezes a orientação pós-processo passa pela integração num percurso flexível de um Curso EFA e para ajudar/informar o adulto a equipa deve tornar o mais claro possível o que espera e como será feita essa integração por forma a permitir uma visão global e clara das alterações e da estruturação do novo percurso de qualificação.

c) A elaboração de um documento, o chamado Plano Pessoal de Qualificação, que para além do certificado ou dos dados do SIGO permita uma leitura complementar, para a equipa dos Cursos EFA, sobre o perfil, competências, saberes (capacidades e aptidões) do adulto, assim como, uma leitura transversal das competências validadas em processo de RVCC.

Estas reflexões, para além de serem alertas, são pontos de reflexão para as equipas e para os Avaliadores sobre como estruturar o melhor percurso e tomar a melhor decisão caso a caso.

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