
a) A construção de um dossier pessoal/portefólio para um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências não deve assentar no princípio de “armazenamento” de documentos ou registos. Deve existir uma lógica organizativa, centrada nas histórias de vida retiradas de uma narrativa auto-reflexiva do percurso de vida do adulto. E os instrumentos de mediação não são “fichas de trabalho” para “preenchimento”. São estratégias e metodologias de trabalho a implementar com o adulto e para reflexão do mesmo com a equipa.
b) A desvalorização da exigência a colocar num processo de RVCC (exigência vista como rigor e não como dificuldade) não deve ser estratégia para promoção de um Centro Novas Oportunidades. Muitas vezes digo que os adultos devem ter orgulho no Portefólio que constroem e devem ter esse orgulho não só a nível pessoal como (podendo como o fazem) a nível da comunidade de relações pessoais, profissionais e sociais.
c) As competências, principalmente ao nível de um reconhecimento de competências para o processo RVC de nível Secundário não se podem centrar em “enxertias” de pesquisas feitas na internet ou por outros meios. Não podem ser realizadas propostas de validação centradas na demonstração de conhecimento que, muitas vezes, nem sequer existem verdadeiramente. As consultas e explorações com apoio podem e devem existir por via de várias formas de trabalho orientado pela equipa, no entanto, do que estamos a falar é de competências. Não podemos esquecer isso sob pena de deixar cair a essência do processo de RVC.
Ficam estas reflexões de quem está atento e observa com preocupação estas realidades que deviam ser monitorizadas.
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