sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Os números de 2007 das Novas Oportunidades

"A adesão dos adultos ao desafio lançado pela Iniciativa Novas Oportunidades registou, em 2007, um aumento muito significativo, sendo de assinalar que 82 por cento dos adultos abrangidos se inscreveram nos centros Novas Oportunidades neste último ano.

É de salientar que, entre os adultos que se inscreveram nos Centros Novas Oportunidades, se verificou uma procura muito acentuada da qualificação de nível secundário.

No ano em que o sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) foi alargado ao nível secundário de educação, foram 143 mil os adultos que se inscreveram num Centro Novas Oportunidades, com o objectivo de obter uma certificação equivalente ao 12.º ano.

A estes 143 mil adultos acrescem 130 500, sem o 9.º ano de escolaridade, que se inscreveram num Centro Novas Oportunidades, para obterem uma certificação de nível básico.

À totalidade dos 273 610 inscritos em 2007 juntam-se os mais de 50 mil que se inscreveram nos dois anos anteriores.

Contando com os cerca de 29 mil inscritos em Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), actualmente são 352 563 os adultos abrangidos pela iniciativa Novas Oportunidades.

O número de adultos certificados através dos Centros Novas Oportunidades e dos Cursos EFA cresceu significativamente nos dois últimos anos, sendo que este período representa cerca de 60 por cento dos adultos que já alcançaram uma certificação através destas vias de educação e formação desde 2001.

Para tal, contribuiu decisivamente a expansão e a consolidação da rede de Centros Novas Oportunidades, a reestruturação e a expansão dos Cursos EFA, bem como a gestão desconcentrada desta oferta, de Norte a Sul do País.

Do total de adultos inscritos em 2007 na Iniciativa Novas Oportunidades, verifica-se que o género feminino regista uma adesão superior ao género masculino.

As faixas etárias mais representadas são as dos 35-44 anos, ao nível do ensino básico, e as dos 25-34 anos, ao nível do ensino secundário.

A maioria dos inscritos encontra-se empregada, registando uma maior adesão na região Norte do País.

Relativamente aos jovens, a aposta na diversificação da oferta de nível secundário permitiu inverter a tendência de perda de alunos neste nível de ensino, reduzindo a taxa de retenção e de saída precoce do sistema de ensino.

Estão matriculados em cursos de dupla certificação de nível secundário 120 764 jovens.

A expansão da população estudantil no ensino secundário deve-se, em larga medida, ao aumento dos matriculados em cursos profissionais nas escolas secundárias públicas, que passaram de 44 466 alunos, no ano lectivo de 2006/2007, para 62 996, no ano lectivo de 2007/2008.

A percentagem de jovens matriculados nas vias profissionalizantes de nível secundário representa já 40 por cento do total de inscritos neste nível de ensino.

Esta percentagem tem vindo a aproximar-se, gradualmente, dos valores registados nos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, nos quais cerca de 50 por cento dos jovens optam por estas vias de ensino, meta definida na iniciativa Novas Oportunidades para 2010.

No nível básico, estão matriculados em cursos de dupla certificação 44 129 jovens, o que representa um aumento substancial desde 2005.

Este crescimento deve-se à forte aposta nos Cursos de Educação e Formação (onde estão inscritos mais de 41 mil jovens), por parte das escolas públicas, dos centros de formação profissional e de entidades privadas, designadamente, de escolas profissionais.

A aposta nesta modalidade tem constituído uma opção fundamental no combate ao abandono escolar precoce, sendo muito significativo o número de jovens que, para além de concluírem por esta via o ensino básico, escolhem prosseguir estudos para o ensino secundário, optando por uma outra via de qualificação disponível.

A prioridade dada ao alargamento do ensino profissional às escolas secundárias públicas permitiu que fossem constituídas 1019 novas turmas (1.º ano), comparativamente com 615 no ano lectivo de 2006/2007 e 85 em 2005/2006.

Actualmente, 73 por cento das escolas secundárias públicas integram na sua oferta cursos profissionais, o que representa uma aproximação da meta definida para 2010, que é de 100 por cento."

Fonte: IGFSE

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