Tenho pensado muito sobre os modelos de júri de validação a que tenho assistido nos últimos 4 anos. Verdade seja dita que muitos centros estão a evoluir, neste campo, quer em termos formais, quer na concretização mais efectiva dos objectivos deste momento do processo RVCC.Para mim, qualquer júri é, por definição um momento de avaliação. Ora, o júri de validação ou sessão final de validação de competências de um adulto também o deve ser. Um momento de validação, mas também de avaliação. Prevendo desde já, a introdução a curto prazo de júri para o referencial do nível secundário, penso que será necessário, em alguns casos, repensar, ou melhor, aperfeiçoar o modelo de júri de validação.
Deixo aqui uma ideia. O Avaliador Externo, tem, como é seu dever e obrigação, que consultar os dossiers/portefólios dos adultos antes da sessão de júri. É muitas vezes neste momento, e em conversa com o profissional que acompanhou o adulto, que surgem as primeiras questões a colocar ao adulto em sessão de júri. Ora, esta ideia/modelo de júri que proponho aqui, quer para o nível básico, quer para o nível secundário passa por colocar o adulto perante um problema (com uma metodologia de avaliação de competências) que esteja directamente relacionado com o seu perfil/percurso profissional/pessoal que permitam, em actividade simulada, demonstrar as competências que evidencia ao longo do seu dossier. Esta situação-problema seria construída pelos formadores e profissional e do conhecimento do avaliador externo que a colocaria ao adulto em sessão de júri. Perante a situação-problema, o adulto teria que a resolver demonstrando as competências a validar nas diferentes áreas. Seria obviamente um problema prático, assente nas capacidades e nível de competência do adulto e na sua área de trabalho.
Penso que é uma ideia/modelo que poderá ser aplicada para júris que possam permitir uma avaliação do dossier/portefólio numa visão dinâmica do que será um júri de validação.
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