quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Amanhã, talvez...

Hoje, nada aconteceu. De novo. Nada de novo aconteceu. Nada.
Hoje, de novo, nada aconteceu, nada de novo.

Mas Amanhã, sim Amanhã, oh Amanhã, talvez...


Acordei às 7.00, sem despertador, a lembrar-me ainda de uns laivos de sonho solto, que logo, logo, recolheu às brumas amnésicas do bosque de Morfeu. Com determinação, empurrei os lençóis e saí da cama, gosto de chegar antes do tempo, para tomar balanço, ver o enquadramento e não perder pitada.


Olhei para o espelho. O meu sistema operativo ainda estava a reiniciar...


C:\ Terça-feira 23 de outubro. (Dia de São Receber!) :-)
........
N:\ É preciso enviar o termo de aceitação relativo ao último reembolso.
O:\ Reunião às 10.00 com uma entidade formadora, para as modulares.
.....
E:\ Aulas à tarde.
F:\ Overall Report P1& P2 do projeto reAct- reactivating teachers and learners, para concluir.
......
M:\ Planificação das atividades a desenvolver a partir de janeiro 2013.
.........................................................................................................


A mensagem de erro alertou-me para o vazio em que vivemos, em penúria de perspetivas, sedentos de orientação. Esta ensurdecedora ausência de indicações por parte da ANQEP, que de promessa em promessa, saltita de estação em estação, sem fazer caso dos ocasos a que condena algumas das entidades que tutela, mata-nos a motivação, sacrificando, assim, aquilo para que fomos talhados, em primeira instância: a criatividade e a inovação. O desânimo resultante da ausência de amparo debilita gradualmente a capacidade de realizar e conduz à desistência, ao abandono de tarefas, à diminuição da resiliência. Fica-nos a sensação de que agir para nada serve.


Mas de nada serve entrar em pânico. Porque dezembro não será o fim dos fins. Será apenas o fim do ano. 
Muita coisa pode mudar. Se o sistema não nos der resposta, podemos ser nós a responder.







2013 será um ano novo, com um alvorecer que depende de todos nós. Com Gandhi, aprendemos que  podemos ser os agentes da mudança que queremos ver no mundo.  

Sem comentários: