segunda-feira, 18 de julho de 2011

(Des)Abafos...

A conjuntura não ajuda. Por vezes, o tempo também não. Não apenas o tempo lá fora, fora destas paredes claustrofóbicas e, simultaneamente, protectoras. Também o tempo psicológico que se gosta de dedicar às actividades que ainda vão transportando corpo e mente para uma dimensão mais serena e amena. Escasseia essa variável. Creio não ser a única pessoa que gostaria de vestir, em tantas ocasiões, um tamanho XXL de tempo (um tempo grande!)… mas precisamente porque parece que o tempo encolhe, resta (quantas vezes) um tamanho S que tem de ser moldado, cuidadosamente esticado e ajustado às circunstâncias e às condicionantes.

Quero acreditar que não serei o único ser que gosta do que faz e se orgulha do estado da arte da Educação Permanente e Formação de Adultos em Portugal, pela História que tem construído e pelo campo que tem conquistado junto dos actores sociais que lhe dão visibilidade e do público que, de alguma forma não fica indiferente e também se envolve. Afinal, todos os seres estão no barco da Aprendizagem ao Longo da Vida. Há que seguir… rumo a uma “nova oportunidade”… mas para onde?

Nesta tangente de mudanças e reestruturações das quais nos aproximamos (à deriva em alto mar e com uma bússola de leis que tantas vezes parece tão difusa), quero continuar a acreditar que a Educação de Adultos é um oásis de esperanças e de fermento intelectual e, ao mesmo tempo, a chave que abre as portas do saber para um espaço onde as pessoas são mais informadas e, por isso, com mais facilidade derrubam as barreiras do obscurantismo e do preconceito.

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