terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Aprendizagem ao longo da vida: inquérito à educação e formação de adultos – 2007

“O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou recentemente, num livro de cerca de 200 páginas (ISSN 1647-1946), os resultados do Inquérito à EFA, com o objectivo principal de caracterizar a população portuguesa entre os 18 e 64 anos, na sua relação com a participação em actividades de aprendizagem.Tendo por base as vertentes abordadas no Inquérito – participação dos adultos em actividades de educação e aprendizagem nos domínios formal, não formal e informal – os resultados do IEFA estruturam-se em 3 grandes domínios:
  1. caracterização dos indivíduos face à aprendizagem;
  2. impactos que a mesma tem na sua vida;
  3. transmissão intergeracional da educação.

Em 2007, 30,9% das pessoas com idade entre os 18 e os 64 anos participaram em, pelo menos, uma actividade de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desenvolveram alguma actividade de educação formal (12,0%) ou não formal (23,1%). No mesmo período, 40,8% realizaram alguma actividade de aprendizagem informal.Os resultados mostram, em geral, uma elevada participação nos diferentes tipos de educação, formação e aprendizagem dos indivíduos mais jovens, estudantes e activos, mais escolarizados, com competências no domínio das línguas e em TIC, leitores de livros e de jornais.

Na educação não formal e na aprendizagem informal, ainda que a participação seja mais expressiva nas pessoas com idade até aos 34 anos, observa-se uma distribuição menos diferenciada entre os vários grupos etários do que na educação formal. É o nível de escolaridade que se revela determinante na participação em educação, formação e aprendizagem. A evidência estatística de que os indivíduos com níveis de escolaridade mais altos apresentam proporções de participação acima da média é confirmada pela análise dos modelos de probabilidade de participação estimados.

Em 2007, aproximadamente metade da população com idade entre os 18 e os 64 anos – 48,2% - não participou em qualquer actividade de aprendizagem (48,8% homens e 47,7% mulheres). Não participaram 23,7% dos jovens entre 18 e 24 anos e 69,8% das pessoas entre 55 e 64 anos.

A educação permite aceder a profissões e a empresas com melhores remunerações. Por outro lado, quanto maior a escolaridade dos pais, maior será a escolaridade dos filhos. Confirma-se a hipótese de existir transmissão intergeracional da educação, no sentido de uma forte associação entre a educação dos pais e a dos filhos."

Fonte: aqui

Pode consultar aqui a publicação, na íntegra.

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