segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Educação: uma porta aberta para o futuro



... “a procura de formação geral entre a população adulta está a conhecer uma subida significativa em todas as regiões do mundo. Por toda a parte, no Sul como no Norte, o domínio das competências de base tornou-se um direito e um instrumento indispensável para assegurar os restantes direitos – o direito ao trabalho, à saúde, à água, à alimentação de base pela melhoria da economia de subsistência, em suma, à qualidade de vida – assim como o respeito pela dignidade humana, pela inteligência… qualquer que seja o lugar do planeta onde nos encontremos.
No Sul, enquanto 750 milhões de pessoas continuam ainda privados de qualquer formação de base, a alfabetização dos adultos tornou-se uma aspiração social de primeira linha.

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É importante que a próxima Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, CONFINTEA VI, a realizar em Dezembro no Brasil, adopte propostas visando corrigir esta marginalização da formação de base dos adultos.
No Norte, a alfabetização dos adultos é também essencial porque a economia de amanhã, quando sair desta crise prolongada, já não será a mesma. Mais de um terço da população activa dos países industriais avançados, com excepção dos países nórdicos, não dominam as competências de base. O nível e a qualidade de vida não poderão manter-se caso este estado de coisas ainda persista em 2011. Contrariamente ao que sucedia ontem, está em queda livre a percentagem de postos de trabalho que não exijam um bom domínio da comunicação escrita, regra de três, facilidade de cálculo mental, rudimentos de uma segunda língua e uma qualificação profissional de base. Tornou-se necessária uma elevação acelerada das competências básicas da população empregada ou à procura de emprego.
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A literatura internacional nesta matéria sublinha vários obstáculos que se colocam aos adultos empregados que decidem, com ou sem acordo do respectivo empregador, promover as suas competências de base. Entre outros, podemos mencionar o medo de falhar, a dificuldade de se organizarem para gerir a difícil conciliação entre trabalho-família-formação, a falta de informação ou ainda a inexistência de serviços acessíveis de aconselhamento e de orientação para poderem tomar as melhores decisões.
Contudo, se os obstáculos são bem reais, as vantagens ainda o são mais, tanto para as pessoas como para as organizações. Para as pessoas, a formação alarga o acesso aos empregos disponíveis, melhora as condições de trabalho, diminui a segregação e permite uma maior autonomia no trabalho. Para as organizações, a formação leva a um acréscimo de produtividade, uma diminuição do absenteísmo e da taxa de erros na produção, assim como a uma aquisição mais rápida de novas competências por parte do pessoal."

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