terça-feira, 13 de outubro de 2009

Novas Oportunidades & Oportunidades Novas: as duas faces da realidade social

«Há quem veja as “Novas Oportunidades” como uma corrida apressada contra a falta de qualificação dos portugueses. Quem valorize o impacto comportamental ao nível da auto-estima. E quem acredite no seu potencial de qualificação.
O programa tem vários eixos de intervenção, mas é ao nível da educação de adultos que os seus efeitos estão a agitar o panorama escolar português. Em Julho, foi divulgado o primeiro estudo de avaliação externa, realizado pela Universidade Católica Portuguesa, e os resultados não surpreenderam.
Apesar da forte adesão, desde 2006, já 900 mil portugueses estiveram inscritos e estima-se que mensalmente se façam 20 mil novas inscrições, o mercado de trabalho ainda não reagiu a esta onda de certificação.
As empresas não estão a reagir em termos de progressão de carreira e revisão de salários a quem vê os seus conhecimentos certificados, aponta o estudo “Percepções sobre a Iniciativa Novas Oportunidades” coordenado por Roberto Carneiro. “Moda, excessiva intencionalidade política”, são fragilidades apontadas que, segundo os avaliadores, poderão comprometer o valor do programa enquanto “marca pública”, lê-se nas conclusões do estudo. Mas quem procura completar a sua escolaridade através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências continua a trazer mais expectativas do que as de colmatar anos perdidos de aulas. Com os olhos postos na crise de emprego e na necessidade de formação como resposta ao despedimento, a maioria dos adultos espera que o diploma abra as portas do mercado de trabalho.»
Fonte: aqui

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