sábado, 18 de abril de 2009

O Desafio de fazer o Processo de RVCC Secundário

Eis que vou iniciar um desafio que espero que venha a ser importante e interessante para todos. Enviei um pedido de autorização e um desafio à ANQ e a um Centro Novas Oportunidades para me aceitar como adulto que irá passar por todas as etapas que uma qualquer pessoa que deseje concluir o Ensino Secundário terá que passar até concluir o processo de RVCC. Do Diagnóstico à criação de um Portefólio, até à sessão de júri, desejo seguir todos esses passos. Durante o tempo em que estiver em processo irei publicar, diária ou semanalmente, neste blog, os sentimentos, dúvidas, perspectivas e actividades de um adulto em processo de RVCC. Esta experiência terá em conta várias adaptações naturais pelo facto da minha condição pessoal e profissional e função que tenho desenvolvido como Avaliador Externo. No entanto, espero que este “estudo de caso” do lado do adulto, sirva para todos (da tutela aos profissionais e a todos os adultos que frequentam o processo) possam reflectir de forma sustentada e prospectiva sobre a forma como está a ser implementado o processo e como, para cada um dos adultos que frequentam esta via de qualificação, conseguem e se integram neste processo. Estou apenas à espera das respostas das autorizações e decisões para iniciar o meu processo … em breve darei as primeiras notícias…

8 comentários:

Nuno Filipe disse...

A ideia parece me interessante..mas penso que não será a forma mais correcta de o fazer. Como avaliador externo tem um conhecimento do processo diferente dos adultos. Já adquiriu através das diversas sessões de juri conhecimentos que lhe permitem ter um avontade perante a criação do portefolio.
Porque não escolher 1 ou 2 adultos com histórias de vida diferentes e usá-los como "cobaias"??

JL disse...

Caro Nuno,

Pensei no factor de conhecer o processo. Por isso falei nas naturais adaptações. O que se pretende fazer, de facto, é um estudo de caso, num modelo tipo "reportagem" para análise do que pode ser, com as necessárias reflexões de quem, de facto, já parte com algumas vantagens de conhecer o processo, mas sem qualquer experiência das vivências do mesmo do ponto de vista do adulto. Não se trata de fazer um retrato do processo em si, mas sim, das formas de integração pessoal no mesmo.

Quando à ideia que me deixa, poderá ser um desafio interessante para daqui a algum tempo.

Abraço e obrigado pelo comentário.
JL

Nuno Filipe disse...

Sim, compreendo a sua ideia, mas a sua capacidade de integração será sempre diferente da de um adulto!
Mas Força! Fico à espera dos resultados:)

JL disse...

Caro Nuno e Leitores deste Blog.

Por reflexão pessoal e após ponderação este projecto ficará adiado.

Até breve,
João Lima

Joana Costa disse...

Caro Dr. João Lima,

Embora tenha optado por nao publicar a minha opinião em relação a este assunto fiquei muito satisfeita em saber que tomou uma decisão que me pareceu muito sensata.

Joana Costa

JL disse...

Cara Joana,

Penso que não devo ter recebido a sua mensagem. Só não publico nestes espaço os comentários que são anónimos, como já expliquei em vários contextos não considero que o deva fazer por respeito, principalmente a quem se identifica. Se quiser pode reenviar que publicarei. Não tenho por hábito "censurar" opiniões contrárias às minhas pelo que até tenho muito gosto em as ter neste espaço. Sinceramente deve ter sido por algum motivo técnico e não por não ter desejado publicar :)

Votos de bom trabalho!
João Lima

jaona Costa disse...

Caro João Lima,

Como deve imaginar não guardei a mensagem que lhe enviei.
Todavia, a minha opinião em relação ao projecto era de discordância.

Penso que, por um lado, e enquanto actor activo,neste processo, o que iria obter no final do mesmo era conjunto de dados deturpados, condicionados e consequentemente enviesados. Por outro lado, fiquei expectante quanto à resposta da ANQ, mas pelos vistos, e com muita sensatez, decidiu "adiar" este projecto.

A análise que devemos fazer do processo de rvcc merece muita cautela e uma intervenção estruturada por forma a não tornarmos esta oferta formativa, tal como tem vindo acontecer, alvo de chacota na praça pública. Obviamente que percebei o seu fim último, mas temos de pensar muito bem até onde devemos ou podemos ir.

Espero que interprete esta opinião sem ressentimento, mas como sendo a opinião de alguém que se encontra teórica e academicamente ligada à temática há 8 anos.

Continuarei a acompanhar o seu espaço.

Cumprimentos

Joana Costa
CNO da Escola Profissional Cior, Vila Nova de Famalicão

JL disse...

Joana,

Gostei da sua reflexão. Vai no sentido da minha e na numa parte da razão que me levou a não avançar com este projecto.

Sou uma pessoa ligada à investigação científica em ciências sociais e humanas e não são estudos de caso (num modelo de microhistória) que podem desviar a atenção do trabalho de qualidade ou não que tem sido feito no âmbito dos CNO. Mas considero que será mais interessante avançar com outro projecto que tenho em mãos e por isso dou prioridade ao mesmo.

Gostei também que esta ideia tenha levantada tantas reflexões. É bom sinal quando se mexem as águas e existe vida para além do dia-a-dia e das metas :)

Obrigado pela sua visita e pelo comentário.

Votos de bom trabalho.
João Lima