terça-feira, 7 de abril de 2009

Auto-Formação: A Competência-Chave do Século XXI

«O desfase permanente entre educação e trabalho que de maneira inevitável gera o modelo anterior de detecção e tratamento das necessidades formativas, incrementado hoje pelo ritmo em que se produzem as mudanças tecnológicas e a facilidade para aplicar a todos os componentes do processo produtivo essas tecnologias de forma que a dessincronização entre formação e trabalho faz-se visível já nos mesmos inícios da vida laboral de um trabalhador, convida a pensar num novo modelo de diagnóstico das exigência formativas, um novo tipo de distintivos, características, qualificações do trabalhador, mais de acordo com a nova natureza dos processos de produção e, sobretudo, formas diferentes de aquisição e fomento dessas características. Três problemas ou objectivos à formação do nosso tempo – necessidades formativas, modo de diagnosticá-las e maneira de adquiri-las e certificá-las – que lentamente estão a conduzir a um novo modelo de formação; vamos por partes.

a) Modos de geração e aquisição de competências: mais além do inventário.
a.1) Um enfoque inter-relacional como matriz geradora de competências.
a.2) Modos de aquisição e desenvolvimento de competências:

Algumas características dessas competências, por exemplo, o predomínio da componente informativa numa sociedade que assim se tipifica, pode gerar a impressão que o cenário ou a forma mais idónea de aquisição e fomento dessas capacidades e habilidades é individual, quando é precisamente o contrário: são formas sociais de ensino, aprendizagem e acção as que facilitam a aquisição e desenvolvimento dessas competências no indivíduo. Este tipo de conteúdos, se assim se pode chamar, é mais facilmente assimilado pelo sujeito quando a tarefa se realiza em grupo e, sobretudo, quando a tarefa realizada em grupo exige da colaboração e cooperação de todos os membros do grupo; é como se neste nível de competências fosse primordial o princípio pedagógico geral de que a aprendizagem é um processo que se desenvolve no indivíduo mas que exige “a presença” dos outros; perante os modelos de formação e de trabalho predominantemente individualistas e isolados, o enfoque das competências exige inevitavelmente a consideração do outro, de o outro e dos outros.»

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