sábado, 7 de março de 2009

Júris, Sessão de trabalho, Encontros, etc...

O processo de reconhecimento de competências assenta no princípio das competências vistas como “saberes em acção”. Esta visão leva a que, o processo de construção de um portefólio assente na reflexão sobre a forma como o conhecimento se transforma em saber-fazer, assim como, a reflexão em torno da mobilização de novas competências pode melhorar esse mesmo saber-fazer nos diferentes contextos de actuação do adulto.

Fiz, uma visita, ao Agrupamento de Escolas de Maceira, no âmbito de um convite que a Dra. Isabel Santos, formadora de CLC e LC me colocou, para ir conhecer os formandos do curso EFA Básico. Encontrei, como já esperava, um conjunto de pessoas dedicada, interessada e acima de tudo, para quem a aprendizagem se mostrou como algo de muito importante e relevante na sua vida. Foi com agrado que soube que estão a preparar actividades integradas na comemoração do 25 de Abril e que, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, irão visitar as turmas de CEF e outras, lendo textos seleccionados. Parabéns pelo trabalho realizado e pelo dinamismo!

Estive também no Encontro EFA- NS, promovido pelo Centro Novas Oportunidades da Gafanha da Nazaré. Tenho que destacar o dinamismo da Dra. Isabel Campos que coordena uma equipa excepcional e que realizaram um dos melhores encontros sobre Cursos EFA e RVCC em que estive presente. Quer pelas ideias partilhadas, quer pela informalidade do debate, quer pela inovação e reflexão em torno de práticas e partilha de recursos de apoio. Parabéns pela organização e pelo trabalho realizado.

Estive também, num primeiro encontro com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal. Foi uma primeira reunião para conhecer a equipa e trocar ideias sobre a metodologia de trabalho. Tenho, neste campo, uma atitude sempre prudente, uma vez que, considero fundamental, na função de avaliador externo e quando este trabalha com mais do que um CNO numa mesma região, que dar a conhecer e eticamente cumprir princípios de auto-regulação da sua própria actividade. Uma vez que colaboro há alguns anos com outro CNO na mesma região devo ter em conta que um e outro conhecem a minha actividade. Por outro lado, encontrei uma equipa jovem e que me pareceu estar à procura de um apoio para melhoria do processo e um centro com muito boas condições logísticas e de organização. Espero poder ajudar e em breve conhecer mais da actividade desenvolvida.

Fui ainda, visitar a Dra. Patrícia Amado por me encontrar em Pombal ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. Encontrei um conjunto de adultas que preparavam a sua apresentação para a sessão de júri. É sempre muito interessante para mim estas visitas, mesmo que por um tempo curto, como o foi, para conhecer as dinâmicas do processo.

E mais um júri no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Como falei já deste CNO em textos anteriores vou partilhar uma reflexão de uma adulta em sessão de júri. Dizia ela que, ao contactar o médico por causa de uma doença do seu filho, soube explicar a causa de uma doença, assim como, as suas consequências porque, para o processo de RVCC tinha elaborado uma pesquisa orientada integrada no seu PRA. Dizia a adulta que, pela primeira vez se tinha sentido capaz e importante por saber estar à altura daquela conversa. São estes pequenos registos que demonstram que um processo tem qualidade quando é feito com rigor, reconhecimento e dedicação.

Estive também presente numa sessão de trabalho com a equipa do Centro Novas Oportunidades da Mealhada. Estes momentos de reflexão conjuntos com as equipas são fundamentais para entender e poder transferir entre entidades algumas boas práticas, assim como, registar algumas das dificuldades no terreno que as equipas vão tendo ao longo do tempo de acordo com as orientações, práticas e implementação do processo de RVCC. Destaco, desta sessão de trabalho, a dedicação que esta equipa sempre demonstrou para procurar realizar um trabalho de excelência, reformulando práticas e estratégias e melhorando as metodologias de trabalho. Parabéns pela capacidade de inovação e (re)construção sempre tendo em vista a melhoria contínua do processo.

Outra sessão de trabalho levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Marques Castilho. O assunto de debate estava relacionado com a orientação técnica para o reconhecimento das aprendizagens formais. Tenho sempre uma posição que procura ser clara em relação à função do Avaliador Externo. A minha função não é de orientar as práticas dos Centros Novas Oportunidades. É de assegurar que o que se encontra a ser promovido pela ANQ como entidade tutelar e as práticas são similares e adequadas. O trabalho realizado por esta equipa em torno da orientação resulta da leitura que alguns centros fizeram e que precisa ser desmistificada. A validação de aprendizagens formais não pode, num contexto de RVC, ser imediata nem directa. Penso que a equipa, após reflexão, encontrou um caminho de trabalho e seguirá com o objectivo de realizar um trabalho, como o vinha a fazer, de rigor, qualidade e adequação.

Por último, uma sessão de júri levou-me ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Anadia. Tenho que destacar a evolução muito positiva nas práticas de organização do processo de RVC que verifiquei neste centro. Sendo um centro recente tem demonstrado uma atitude, práticas e metodologias de trabalho com os adultos e em função do reconhecimento de competências muito positivo. O trabalho apresentado pelas cinco adultas presentes a júri foi muito original e muito bem integrado nas histórias de vida apresentadas. Fica o meu reconhecimento pessoal e profissional pelo trabalho dedicado de uma equipa com uma boa apropriação do processo. Parabéns também às adultas que terminaram o seu processo de equivalência ao nível básico (9.º ano) pelas excelentes apresentações realizadas naquele dia.

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