quinta-feira, 5 de março de 2009

Formação Complementar: Gestão da Formação

«Para de diminuir as margens de incerteza em todo o processo de formação complementar no âmbito de um processo de RVC, a equipa deve estar atenta a quatro momentos críticos:

Objectivos e Fundamentação inicial.
Diversos elementos devem ser ponderados: Objectivos da acção e a sua pertinência;Destinatários (Adultos envolvidos); Adequação às necessidades; Recursos disponíveis; etc. Muitos problemas posteriores poderiam ser evitados nesta fase se fossem devidamente ponderados estes e outros elementos.

Preparação da Formação. A montagem do dispositivo de formação, implica nesta fase uma actuação em três domínios:

a) Domínio organizacional. Mobilização de recursos necessários para a realização da acção de formação* (humanos, logísticos, etc.), o que se deverá concretizar num processo negocial com a equipa e os adultos.

b) Domínio Técnico-pedagógico. Entre as tarefas essenciais destacam-se as de caracterização das competências requeridas, os métodos e técnicas que deverão ser aplicados e os mecanismos de avaliação a criar. Esta acção deverá traduzir-se na elaboração de um plano/roteiro de formação;

c) Domínio Científico. Implica a selecção dos formadores para as diferentes áreas de formação e a especificação dos seus conteúdos programáticos, o que envolve um número sempre crescente de agentes de formação.

Realização da Formação. Em termos teóricos trata-se do momento da concretização do planeado, mas em termos práticos é o momento das correcções, resolução de imprevistos, gestão de conflitos, etc.. É nesta fase que as capacidades individuais do formador são muitas vezes postas à prova. Para permitir um controlo de todo o processo, tem sido desenvolvida uma importante ferramenta: o painel de controlo de formação. Numa forma sintética são fixados um conjunto de indicadores que permitem, a cada momento, detectar os desvios e introduzir as medidas correctivas adequadas de forma a responder aos objectivos da equipa e do percurso do adulto.

Avaliação da Formação. O maior erro para um formador é neste momento, pensar que o êxito da acção de formação se circunscreve unicamente aos resultados obtidos durante a formação. Na verdade, a obtenção de excelentes resultados durante a formação não implica necessariamente depois um excelente desempenho do adulto ou a utilidade dessa formação para a continuação do processo de RVC. Pelo contrário são frequentes situações de regressão. Confrontados com situações que não conseguem superar para aplicar os conhecimentos que adquiriram na formação, muitos adultos regridem para práticas contrárias às aprendidas recorrendo a mecanismo de superação das dificuldades externas ao processo. É fundamental que equipa faça o acompanhamento pós formação do impacto da mesma podendo introduzir mecanismos de orientação, adequação e superação das dificuldades ou integração em contexto da mobilizarão/desenvolvimento de novas competências. »
Adaptado.

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