terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quando se entra na História de Vida de alguém...

«Esse mergulho na vida do grupo e em culturas às quais o pesquisador não pertence depende de que ele convença o outro da necessidade de sua presença e da importância de sua pesquisa. Para que a pesquisa se realize é necessário que o pesquisado aceite o pesquisador, disponha-se a falar sobre a sua vida, introduza o pesquisador no seu grupo e dê-lhe liberdade de observação. Esse mergulho na vida de grupos e culturas aos quais o pesquisador não pertence, exige uma aproximação baseada na simpatia, confiança, afecto, amizade, empatia, etc. Para os positivistas, essa referência a sentimentos é motivo para dúvidas a respeito do carácter científico do conhecimento produzido. Como é possível — dizem eles — fazer uma pesquisa, garantir a objectividade e a neutralidade, partindo-se de um relacionamento marcado, por exemplo, pela amizade?»

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