terça-feira, 10 de junho de 2008

O PPQ e o PDP: Duas tentativas...

Ao longo do tempo como Avaliador Externo tenho reparado na importância das indicações dadas em Júri de Certificação no que diz respeito à continuação do processo de Qualificação dos adultos. A existência e futuro reforço que o papel do Técnico Superior já trouxe aos CNO promove em si mesmo a importância da implementação do Plano Pessoal de Qualificação e Plano de Desenvolvimento Pessoal. Decidi, por isso, arriscar e deixar aqui dois exemplos criados por mim e uma apresentação que resume a sua importância. Espero comentários, partilhas e ideias!

Quanto à apresentação aqui fica (está disponível para download):

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Quando ao Plano Pessoal de Qualificação (PPQ), fica um exemplo que criei e que resulta da necessidade de formalizar as linhas de orientação de um processo de qualificação valorizando os objectivos pessoais, profissionais, escolares e formativos dos adultos e na articulação entre RVCC/EFA/Formação Profissional (está disponível para download).


Quanto ao Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), fica também um exemplo que criei com vista e centrado na efectiva consciencialização do adulto no seu processo de qualificação e na valorização da aprendizagem ao longo da vida (está disponível para download).

1 comentário:

Mafalda Branco disse...

Olá João!
Tardou, mas não podia deixar de refectir acerca desta questão, tão importante para o percurso do adulto e para a própria credibilização do processo.

Relativamente ao PPQ, acho-o fundamental para o encaminhamento dos adultos para outras ofertas educativas/ formativas. Será, certamente, um elemento facilitador para as equipas dos EFA, no sentido de ajudar ao posicionamento do adulto, tal como o João refere.

Achei muito interessantes os 5 princípios que sugere, com os quais concordo. Aliás, a própria metodologia de balanço de competências já os promove, isto se for implementada, claro está...

Há outro aspecto que também considero importante e sobre o qual os técnicos deviam reflectir, que é todo o processo de negociação/ reflexão que é importante realizar com o adulto. Nós não somos "donos" do seu destino e, embora os devamos orientar e aconselhar, temos que ter sempre em conta as suas necessidades e as suas expectativas. Depois há o outro extremo, que é deixar o adulto quase ao "abandono", sem lhe dar qualquer orientação ou apoio na (re)definição do seu percurso... Como em tudo na vida, o ideal é o equilíbrio (tão difícil de alcançar...): a nossa relação com o adulto deve ser horizontal e não vertical, ou seja, estamos ao mesmo nível e vamos negociando, conversando, reflectindo juntos, isto na minha opinião e pensando no nosso trabalho como "facilitadores". Estamos a trabalhar com adultos e não com crianças ou jovens...

A respeito do desenvolvimento do PDP, nós propomos aos adultos que façam uma "Análise das minhas potencialidades" (a famosa análise SWAT). De facto, esta actividade tem-se revelado de grande importância, até porque não é feita só no final, mas é proposta durante o processo e o adulto pode-a ir acrescentando à medida que vai ganhando consciência das suas competências e do que ainda precisa de melhorar.

Desta pequena e breve reflexão fica-me uma ideia central: a qualificação é um processo, não é um momento. Cabe-nos a nós, técnicos, passar da teoria à prática! Como ouvia há poucos dias a um elemento da ANQ: a qualidade do trabalho e a credibilização deste processo dependem, sobretudo, das equipas que estão no terreno...