quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A relação CNO - Cursos EFA (NS): Uma visão estratégica.

«Os Centros Novas Oportunidades (CNO) pretendem dar corpo à estratégia de educação e formação anteriormente definida, promovendo as suas actividades numa lógica de trabalho em rede com as entidades que promovem e desenvolvem Cursos EFA (tanto de nível secundário como de básico), assim como outras ofertas formativas, de curta, média, ou de longa duração, promotoras do desenvolvimento de competências que concorrem para a qualificação escolar e/ou profissional dos adultos que as frequentam.
Os CNO constituem-se como a estrutura preferencial de acolhimento dos candidatos, estrutura essa que, através da realização de um trabalho de diagnóstico e triagem, define o perfil de cada um dos adultos e identifica as suas necessidades, motivações e expectativas de formação e níveis de certificação. Este procedimento deverá resultar num encaminhamento que poderá ser para um processo de RVCC – nível básico ou secundário – ou para uma oferta educativa e/ou formativa mais adequada ao adulto em causa.
Sempre que as necessidades de formação sejam significativas e se enquadrem num perfil de formando para um Curso EFA-NS, o CNO deverá encaminhar esses candidatos, após a realização do processo de reconhecimento e validação de competências (RVC), para a entidade na qual o CNO está inserido (escola, centro de formação profissional ou outros), ou para outras entidades que façam parte da rede de entidades formadoras de Cursos EFA. A entidade formadora construirá então um currículo adequado, definido de acordo com o processo de RVC realizado e com as respectivas Unidades de Competência validadas.

Previamente ao processo de RVC propriamente dito, o CNO deverá também definir o perfil do candidato quanto à área profissional que melhor se lhe adequa, em função da sua história de vida, das suas aspirações e projectos. É desejável que os processos de RVC, escolar e profissional, sejam realizados de forma integrada no mesmo CNO. No entanto, caso o Centro de origem não disponha da área profissional definida para o percurso formativo considerado mais adequado ao adulto em presença, situação possível e por vezes incontornável, o candidato deverá ser encaminhado para outro CNO, vindo assim a efectuar o processo em dois CNO distintos, trabalhando separadamente as componentes escolar e profissional.
Nestes casos, os momentos de realização dos processos de RVC escolar e profissional serão desfasados no tempo, sendo que o Portefólio Reflexivo das Aprendizagens se constitui sempre como o elo de ligação por excelência entre os CNO e as equipas pedagógicas envolvidas em ambos os processos. Como espelho e pertença do adulto, o Portefólio Reflexivo das Aprendizagens acompanha-o ao longo de todo o percurso a realizar, desde o seu início, em sede de RVC, até ao momento em que determinará a construção curricular do seu (per)Curso EFA-NS e, finalmente, até à conclusão do processo formativo.
Note-se, ainda, que a implementação dos Cursos EFA-NS surge num momento em que há já uma rede de entidades com vasta experiência na promoção e implementação desta oferta formativa para o nível básico, cujo património formativo representa uma mais-valia insubstituível. Haverá, por isso, igualmente lugar à inscrição de adultos em cursos EFA directamente nas entidades formadoras ou promotoras, as quais deverão realizar um diagnóstico inicial do candidato, a que se sucederá o (re)encaminhamento para um processo de RVCC num CNO, ou o desenvolvimento de um percurso formativo completo no âmbito de um curso EFA, à semelhança do que acontece para os cursos EFA de nível básico, mas sem a realização do RVC na entidade formadora.»
Fonte: Guia de Operacionalização - EFA Secundário - ANQ

Sem comentários: