quinta-feira, 28 de junho de 2007

Uma monitorização...

«Inglês no 1.º ciclo e Novas Oportunidades merecem referência positiva. Na avaliação e autonomia das escolas está por fazer quase tudo, diz o grupo de reflexão:

Os objectivos definidos pelo Governo para o sector da educação são ambiciosos e fundamentais para recuperar o "reconhecido atraso educacional da população portuguesa no quadro europeu". Mas com metade da legislatura cumprida "o ritmo de obtenção de resultados parece insuficiente para garantir o cumprimento dos objectivos anunciados". O diagnóstico é feito pelo movimento Compromisso Portugal que, dois anos volvidos sobre a eleição de José Sócrates, fez o balanço do que já foi feito e do que falta fazer nesta área.
A celebração de contratos de autonomia entre as escolas e Ministério da Educação é uma das medidas que este grupo informal e apartidário de cidadãos consideram vitais para a "transformação do sistema de ensino", mas cuja concretização está atrasada. "Até ao momento não são conhecidos os termos de nenhum contrato de autonomia", lamenta-se. Em relação ao processo de avaliação, já concluído em 24 agrupamentos escolares, os autores do relatório criticam, por exemplo, a "ausência de parâmetros quantitativos que impede o benchmark [comparação] nacional".Considera-se também urgente que se retirem consequências do processo de avaliação, de forma a premiar as melhores escolas e apoiar as com mais dificuldades. "Nada de concreto a assinalar" também na tomada de medidas que possibilitem às escolas assumir diferentes formas de organização e gestão", concluem os elementos do Compromisso Portugal. Outro dos objectivos emblemáticos do Governo prende-se com o alargamento da frequência do ensino ou formação profissional até aos 18 anos. Que também "está longe de ser cumprido" e cujo sucesso depende da capacidade de "apoiar a criação de mais oferta profissional".Balanço bastante positivo merece a iniciativa Novas Oportunidades, descrita como "bem concebida e estruturada". Os membros do Compromisso Portugal acreditam vir a ter um impacto considerável na qualificação da população e na garantia de que cada vez mais jovens recebem uma formação profissionalizante ao nível do secundário. Também a generalização do Inglês no 1.º ciclo merece referência positiva, com uma ressalva: "É importante saber se os alunos, para além do acesso a aulas de Inglês, também aprendem Inglês." Há outros objectivos cuja ausência de dados recentes impede qualquer avaliação. Como a redução das taxas de abandono e insucesso escolar. Os últimos são de 2004/2005, pelo que "impõe-se ter uma monitorização dos resultados muito mais célere e atempada".»
28.06.2007, Isabel Leiria, Publico

Sem comentários: