segunda-feira, 5 de março de 2007

O "papel" do Técnico de RVCC

«A actividade de um técnico de RVCC (Profissional de RVCC e Formador das áreas de competência-chave) exige amplos conhecimentos de cultura geral, uma formação sólida na área para a qual desempenham funções e um conhecimento global, transversal e assertivo de todo o processo RVCC. Exige, ainda, uma certa apetência para o relacionamento humano e um conhecimento global das vivências dos adultos com os quais trabalham. Por outro lado, torna-se essencial a aplicação de correctas atitudes e métodos pedagógicos que visem a competente e eficaz dinamização de todo o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências. Toda a actividade do técnico de RVCC processa-se através da comunicação que estabelece com os seus adultos, constituindo-se uma interacção simbiótica entre técnico – processo rvcc - adulto, em que ambos são partes activas. Torna-se, por isso, necessário reflectir sobre o acto de comunicar, sobre as implicações da comunicação interpessoal, sobre as atitudes que o técnico pode adoptar e os efeitos que estas podem produzir nos seus adultos, sobre os diferentes métodos e técnicas que tem ao seu dispor. Cada técnico tem o seu estilo de comunicar, mas tem que saber adaptar-se e lidar com as múltiplas situações concretas com que se depara no seu dia a dia, nunca esquecendo que cada adulto é um adulto, assim como, cada história de vida é uma história diferente, vivida por actores diferentes em contextos diferentes. A educação e formação ao longo da vida constituem um programa de grandes dimensões que visa articular as necessidades e a motivação individuais de cada cidadão, nomeadamente num Centro de RVCC, o adulto que procura um processo de rvcc tem, à partida, um objectivo que despoletou a necessidade de aumentar a sua escolaridade, originando uma motivação acentuada para a frequência do mesmo. Pelas características específicas e inovadoras deste processo é exigido aos técnicos que trabalham directamente com os Adultos que desenvolvam o espírito de cooperação e inter-ajuda, a capacidade de comunicar eficazmente, o relacionamento e adequação às características do público-alvo, e a habilidade de motivar e valorizar, sobretudo com o intuito de auxiliar o adulto a elaborar um bom portefólio.»
Renata Veríssimo. Encontro EFA
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